Museu virtual do Facó – arte pictórica
Foi considerado o
pintor mais importante do período do estilo gótico. É o padroeiro universal dos
artistas.
O papa João Paulo II, em 1982,
indicou sua festa litúrgica para o dia de sua morte e dois anos depois, o mesmo
pontífice declarou-o "Padroeiro Universal dos Artistas".
É também chamado Beato Angelico, fra
Giovanni ou fra Giovanni da Fiesole (fra é
italiano para frei) por ter ingressado primeiro na Congregação de São Nicolau, em 1417, e
passados três anos no convento dominicano de Fiesole .
Guido di Pietro, ou Guidolino "da Pietro"
(i.e., filho de Pietro), porém, foi seu nome de batismo.
Ao ingressar no convento já tinha recebido
treinamento artístico. Entre 1409 e 1418 foi
exilado, com o resto da comunidade, por se oporem ao Papa Alexandre V. Em 1436 ele e a comunidade se deslocaram para o
convento de São Marcos, em Florença, onde começou a pintar as paredes. Em 1447 e 1448 esteve
em Roma, e de novo em 1452, trabalhando na corte do papa, decorando as
paredes da capela do Papa Nicolau V, no Vaticano e aceitando encomendas em Orvieto. Prior do Convento de Fiesole entre 1448 e 1450,
continuou a trabalhar em Roma e Florença.
Adoração dos Reis Magos (National Gallery,
Washington, DC.)
Supõe-se que estudou a arte da iluminura com Lorenzo Monaco, cultivador do estilo gótico internacional.
Influenciado por Gentile da Fabriano, e por Lorenzo Ghiberti, Fra Angelico adotou novas formas da Renascença em
seus afrescos e nos painéis, desenvolvendo um estilo único,
caracterizado por cores suaves, claras, formas elegantes, composições muito
contrabalançadas. Acrescenta a sua linguagem pictórica as contribuições de Masaccio, enriquecidas com um achado genial: o uso da luz
com uma intenção nada naturalista mas estética, expressa através de um uso
inteligente da cor. Sua pintura essencialmente religiosa está dominada por um
espírito contemplativo pois concebe a pintura como uma espécie de oração. Seus
temas mais frequentes e característicos são a Virgem com o Menino, a coroação
da Virgem e a Anunciação. Nas suas representações do paraíso, pinta com
dedicação e amor franciscanos flores e ervas dos prados por onde caminham os
escolhidos. Uma das suas obras de mais substância é «A Descida», em que se
presta mais atenção à veneração e amor dos santos que ao sofrimento de Cristo.
Do ponto de vista técnico, Fra Angélico parte do
gosto do preciosismo e dedicado ao estilo gótico internacional, enriquecido com
o interesse pela perspectiva característico da época. Insiste mais na linha que
na cor. Pelos seus temas, pelo seu tratamento da natureza, pela sua
incorporação da arquitetura, é inequivocamente renascentista. Pinta
frequentemente em colaboração com os seus discípulos.
Em suas pinturas também expressa o sentimento
interior das pessoas, como na Obra O Juízo Final, Fra Angelico tenta expressar
o amargo e a alegria numa sintonia de cores vivas saindo do padrão Medieval que
era voltado somente a Deus e entrando no Renascimento que era voltado ao homem.
A maior parte das suas obras conserva-se no
claustro, nas celas e nas salas do mencionado Convento de S. Marcos, cujas
paredes mostram murais com cenas e figuras religiosas («Dois Dominicanos
Atendendo Jesus Peregrino», «S. Pedro Mártir»). De entre os frescos da Capela Nicolina, a capela do Papa Nicolau V no Vaticano, destacam-se «A Lenda da Santo Estêvão» e «A Lenda
de S. Lourenço».
Entre as suas obras principais estão o
"Retábulo da Madona", em Perugia; a "Coroação da Virgem cercada
por anjos músicos" (Louvre, Paris); o "Cristo cercado de anjos,
patriarcas, santos e mártires" (National Gallery, Londres); a
"Anunciação" (Prado, Madri); e o "Juízo final" (Galeria
Nacional, Roma).
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 3 de outubro de 1982 passando
a ser chamado "Beato Fra Angelico".
No dia 14 de novembro de 2006 foram
encontrados mais dois painéis por eles pintados, perdidos há mais de 200 anos,
numa modesta casa em Oxford, na Inglaterra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário