Luiz Carlos Facó
Blog do Facó
BOM EXEMPLO
Não costumo
enviar cartas (muito menos abertas) aos amigos. Quando tenho algo a lhes dizer
prefiro faze-lo, e você sabe, frente a frente, olhos nos olhos, reflexos da
alma, como dizia minha querida mãe.
Abro agora
uma exceção ao dirigir-me ao companheiro, após vinte e cinco anos do
relacionamento usufruído por nós, que aos poucos foi transformado em amizade
verdadeira, sempre lastreada em sólidos sentimentos como a confiança, a
admiração, o respeito. Sobretudo, por comungarmos e carregarmos como dogmas das
nossas vidas princípios morais e éticos que têm sido abandonados ao longo dos
últimos doze anos, em nosso país.
Pobre país!
Dirigido, até recentemente, por quem revelava abertamente não gostar de ler
(num flagrante desrespeito para com a juventude necessitada dos ensinamentos
dos compêndios), sucedido por uma prepotente e voluntariosa senhora, que apesar
de bacharel em ciências econômicas, nada entende dos mais comezinhos conceitos
daquelas matérias (como se dizia na nossa época de estudantes, foi formada nas
‘coxas’). Ambos, visando um só objetivo: a manutenção do poder pelo poder.
Restando como resultantes o descalabro da lassidão propositada para com as
coisas públicas, pouco caso no trato com do dinheiro do povo (Mensalão,
Lava-Jato, “Petrolão”, compra de uma refinaria enferrujada por bilhão de
dólares, etc.), na substituição de acordos politicamente éticos por chantagens
(toma lá da cá), na escolha de nomes nus de inteligência ou parcos de
integridade e credibilidade para a direção de relevantes cargos na
administração federal. Proezas que se disseminaram em meio à sociedade que tem
se mostrado cada vez mais passiva, quando não relapsa, deseducada, disposta a
trilhar o caminho da corrupção exemplada pelas ações citadas, salvo as raras
exceções de sempre. Nichos tais em diminuição, cujos adeptos estão descrentes
de que sua atuação não é vista ou absorvida por ouvidos moucos tampouco por
olhares míopes.
Preâmbulo
longo para qualquer autor que deseja alçar objetivo simples, mas perdoável
diante da situação que lhe é imposta, provocadora de vergonha e indignação.
Você José,
colaborador assíduo deste Blog, o que muito me honra, que faz ecoar seus textos
juntamente com o Jornal A Tarde, não tem minimamente mudado sua posição, o que
resulta numa satisfação íntima, acendendo a esperança de que nem tudo está
perdido.
Contrapor-se
ao ‘status quo’ vigente, verberar
contra administrações municipais que se locupletam da economia popular, ficar contra
decisões que vão ao do arrepio da lei, acatando-as como naturais, leva-me
acreditar que há ainda neste país bolsões de resistência nos quais podemos acreditar.
Continue
assim, exemplo vivo de Mamede Paes Mendonça, seu pai. Como sempre, acredito em você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário