História
Imperatriz consorte de
Cláudio, imperador romano
Valéria Messalina, também conhecida somente como Messalina,
foi uma imperatriz-consorte romana, terceira esposa do imperador Cláudio. Ela era também prima pelo lado do pai de Nero,
prima de segundo grau de Calígula e sobrinha-bisneta de Augusto. Messalina era poderosa e influente, com uma
reputação de ser promíscua, alega-se que ela teria conspirado contra o marido
e foi executada quando o plano foi descoberto. E esta reputação, que pode ser
derivada de um viés político contra ela, acabou perpetuada na arte e na
literatura até os tempos modernos.
Messalina era a mais nova - e única menina - dos
dois filhos de Domícia Lépida, a Jovem, e seu primo e marido Marco Valério Messala Barbato. Sua mãe era a filha mais nova do cônsul Lúcio Domício Enobarbo com Antônia Maior. Domício já havia sido casado com a futura
imperatriz Agripina, a Jovem, e era o pai biológico do futuro
imperador Nero, que
era, portanto, primo de Messalina apesar de ser dezessete anos mais velho. As
avós de Messalina, Cláudia Marcela e
Antônia Maior eram meias-irmãs. Cláudia, a paterna, era filha da irmã de
Augusto, Otávia, a Jovem, e de Caio Cláudio Marcelo Menor. Antônia, a materna, era a filha mais velha
da mesma Otávia com Marco Antônio e era tia de Cláudio. Como se pode ver, a família tinha muitos
casamentos de parentes próximos.
Pouco se sabe sobre a vida de Messalina antes do
casamento em 38 com Cláudio, que já tinha por volta de 48 anos de idade. Dois
filhos nasceram desta união:
Cláudia Otávia (nascida em 39 ou 40), uma futura
imperatriz, meia-irmã e primeira esposa de Nero;
Britânico, césar.
Quando o imperador Calígula foi assassinado em 41, a guarda pretoriana proclamou Cláudio o novo imperador e
Messalina, sua imperatriz.
Com sua ascensão ao poder, Messalina entrou para a história com uma reputação de implacável,
predadora e insaciável sexualmente. Seu marido é retratado como sendo
facilmente guiado por ela e ignorante de seus muitos adultérios até ser informado de que ela teria exagerado
ao se casar com seu último amante, o senador Caio Sílio em
48. Cláudio então teria ordenado a sua morte e ela recebeu a opção de se
suicidar. Incapaz de se auto apunhalar, Messalina foi morta pelo oficial que a
prendeu. O senado romano então
ordenou que o nome de Messalina fosse retirado de todos os lugares públicos e
privados e que tivesse todas as suas estátuas destruídas (damnatio memoriae).
Os historiadores que contam estas histórias,
principalmente Tácito e Suetônio, escreveram por volta de 70 anos depois dos
eventos, quando o ambiente era hostil à linhagem imperial de Messalina. A
história de Suetônio é majoritariamente de alarmismo escandaloso. Tácito alega
estar transmitindo "o que foi ouvido e escrito pelos mais velhos
que eu", sem nomear suas fontes, com exceção das memórias de Agripina,
a Jovem, que havia conseguido retirar os filhos de Messalina da sucessão
imperial e que, portanto, tinha todo interesse em manchar a imagem de sua
predecessora. Já se argumentou que o que se passa por história seria puramente
o resultado de sanções políticas que se seguiram à morte de Messalina.
As acusações de excessos sexuais, principalmente,
eram uma tática já testada e aprovada para manchar a reputação e geralmente era
resultado de "hostilidade
politicamente motivado". Dois relatos foram os
principais culpados pela má reputação da imperatriz. Um é a história de uma suposta competição de sexo com uma prostituta no
livro X da "História Natural", de Plínio, o Velho, que teria durado 24
horas e que Messalina venceu com um placar de 25 parceiros diferentes. O poeta Juvenal apresenta
uma descrição igualmente famosa em sua misógina sexta sátira de como a
imperatriz costumava trabalhar clandestinamente a noite toda num bordel sob o
nome de "Loba". Ele também menciona a história de como ela teria
compelido Sílio a se divorciar de sua esposa para casar-se com ela em sua
décima sátira.
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