Literatura
Publicado por Marcel
Camargo que
é graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia
e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como
Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras,
filmes, músicas, chocolate e pela família.
"É preciso que nos entreguemos à paixão
que arrepia a pele, gela a espinha, dilata as pupilas, acende fagulhas, pois
esses momentos é que eternizarão em nós as lembranças que acalentarão o nosso
partir tranquilo. E, se não der certo, sempre haverá novas oportunidades, novos
caminhos, novos amores.”
Não há como tentar explicar as leis da
atração; uns dizem ser química, outros afirmam se tratar de aspectos visuais e
há até quem acredite em ligações de vidas passadas. Uma coisa é certa: existe
alguém que nos acende os sentidos, acelerando nossos corações, a ponto de
sufocar o nosso respirar, de uma maneira muito boa e especial.
Muitas vezes, acabamos nos sentindo atraídos
por pessoas que jamais esperávamos, haja vista serem totalmente opostas ao que
imaginávamos como o ideal para nossas vidas. São as surpresas que o universo
nos prepara, para que possamos ter a chance de ultrapassar a zona de conforto e
expandir o potencial que temos dentro de nós.
É preciso coragem para desfrutar de todas as
benesses que temos à nossa disposição, uma vez que se lançar ao encontro do que
move os sonhos significa impor-se, a despeito de todas as contrariedades que se
firmarão pelo caminho. Assumirmos as próprias verdades é dolorido, pois requer
encararmos a nós próprios, também no que diz respeito aos fantasmas que habitam
aqui dentro.
Poucos estão dispostos a enfrentar o seu
pior, a lutar por suas verdades, a ‘experienciar’ (experimentar) os objetos de
seus desejos, porque viver o que se é implica o enfrentamento de muito do que
pais, amigos, familiares e sociedade condenam. Construir uma jornada isenta de
entulhos emocionais nos cobrará o amargar de muitas decepções com as pessoas
que amamos, pois muitas delas deixarão de nos acompanhar nesse trajeto.
Da mesma forma, tomarmos a iniciativa de
assumir o que sentimos em relação a alguém pode nos trazer muita dor, uma vez
que nem todos nos apoiarão, nem todos concordarão e bem poucos torcerão pelo
nosso sucesso. No entanto, temos que estar dispostos a trazer o amor, bem como
toda dor e alegria que ele carrega, para junto de nós, para que o
arrependimento do não tentar não consiga acumular peso nocivo em nossas vidas.
Caso não estejamos ferindo a ninguém, é
preciso que nos entreguemos à paixão que arrepia a pele, gela a espinha, dilata
as pupilas, acende fagulhas, pois esses momentos é que eternizarão em nós as
lembranças que acalentarão o nosso partir tranquilo. E, se não der certo,
sempre haverá novas oportunidades, novos caminhos, novos amores. Precisamos,
pois, estar dispostos ao que se encontra à nossa disposição. Porque fomos
feitos para amar e sermos amados, com entrega verdadeira e corajosa, dia e noite,
noite e dia, sem tardar, sem hesitar.
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