Monumento natural do mundo
A ‘montanha branca’ ou ‘montanha brilhante’ da África
Monte Kilimanjaro é a montanha mais alta da África e está
localizada no Parque Nacional de Kilimanjaro, na Tanzânia. É na verdade um
vulcão com três cones distintos chamados Kibo, Mawenzi e Shira – Kibo sendo o
maior dos três.
Mesmo que o grande vulcão esteja localizado perto do
equador, tem exuberantes florestas tropicais e subtropicais, savanas e campos
ao seu redor, e recebe até 2.000 milímetros de chuva por ano, além de neve,
devido à sua altura enorme de 5.895 metros.
Após a execução de testes em amostras de neve do cume, foi
determinado que a neve da base tem mais de 11.000 anos de idade. Os dois
menores cones vulcânicos estão extintos, mas Kibo, o maior, é apenas adormecido
e pode entrar em erupção novamente no futuro.
O monte Kilimanjaro ou monte Quilimanjaro (Oldoinyo Oibor,
que significa montanha branca em Masai, ou Kilima Njaro, montanha brilhante em
kiswahili), localizado nas coordenadas 3º07' S e 37º35' E, no norte da
Tanzânia, junto à fronteira com o Quénia, é o ponto mais alto da África, com uma
altura de 5.895m no Pico Uhuru. Este antigo vulcão, com o topo coberto de neve,
ergue-se no meio de uma planície de savana, oferecendo um espetáculo único.
O monte e as florestas circundantes, com uma área de 75 353
hectares, possuem uma fauna rica, incluindo muitas espécies ameaçadas de
extinção e constituem um parque nacional que foi inscrito pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1987 na lista
dos locais que são Património da Humanidade.
O complexo do monte Kilimanjaro com as suas florestas,
localizado entre 2°50'-3°20'S, 37°00'-37°35'E, tinha sido considerado uma
reserva de caça pelo governo colonial alemão nos princípios do século XX, mas
foi considerado uma reserva florestal em 1921, até que, em 1973, foi declarado
como Parque Nacional.
Antes do século XIX, algumas raras crônicas, como a do
geógrafo egípcio Ptolomeu, mencionaram a existência de uma montanha branca no
coração da África. Em 1845, o geógrafo britânico William Cooley, certo da sua
existência, afirma que a montanha mais conhecida da África oriental é recoberta
de rochas vermelhas.
Em maio de 1848, o missionário Joseph Rebmann explora a
região Chagga e acaba por se aproximar da montanha: "Ali pelas 10 horas,
vi alguma coisa branca no topo de uma montanha, e acreditei que se tratasse de
nuvens, mas meu guia me disse que era o frio; então, reconheci com satisfação
esta velha companheira dos europeus, que chamamos neve". Sua descoberta,
divulgada em abril de 1849 no Church Missionary Intelligencer, é contestada em
Londres.
Foi somente em 1861 que uma expedição, dirigida pelo barão
alemão Klaus von der Decken e pelo botânico inglês Richard Thornton, permitiu
constatar que se tratava realmente de um pico com neves eternas.
Em 1883, o inglês Joseph Thomson, seguido do conde Teleki,
atacam o pico, mas não passam dos 5 300 m. Após dois fracassos, Hans Meyer, em
6 de outubro de 1889, consegue alcançar o topo do Kilimanjaro, acompanhado de
seu amigo Ludwig Purtscheller e do guia Chagga Lauwo. Este teria morrido com
127 anos em 1997, mas talvez essa história seja apenas uma lenda, como a
história da presença de um cadáver congelado de leopardo, encontrado a 5 500 m.
O Kilimanjaro é protegido por um parque designado Parque
Nacional do Kilimanjaro, classificado pela UNESCO como Património da
Humanidade.
O degelo das geleiras (glaciares) no topo do Kilimanjaro é
uma realidade. Estimadas em cerca 12 km² de extensão em 1900, recobrem hoje
somente 2 km² (ou seja, o monte perdeu 80% de sua neve), e neste ritmo irão
desaparecer em 2020. O aquecimento geral da Terra explica este fenômeno, embora
outros elementos possam ter influência.
O documento 'Case Studies on Climate Change and World
Heritage' publicado pela UNESCO em Junho de 2007, estabelece a relação entre
aquecimento global e desaparecimento dos glaciares do topo do Kilimanjaro. A
esse propósito existe também o livro de viagens de aventura, do
escritor/aventureiro José Maria Abecasis Soares, intitulado 'Horizontes em
Branco', publicado pela Editorial Presença em Novembro de 2010.
A ascensão é tecnicamente fácil, mas longa e penosa pelo
frio e pela altitude. A via mais frequentada é a via Marangu. As outras vias
praticadas são as vias Machame, Mweka e Shira. Aproximadamente 20000 pessoas
tentam todos os anos alcançar o topo. Este número é controlado pelas
autoridades da Tanzânia.
Um dos mais belos contos de Ernest Hemingway - talvez seu
mais belo texto - chama-se As neves do Kilimanjaro. Há um trecho antológico:
"Era o topo do Kilimanjaro.
Compreendeu, então, que era para lá que se dirigiam."
Como curiosidade, o Kilimanjaro é o ponto mais alto da Terra
a ter cobertura GSM para telefones celulares.
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