ALÁ (Allah) em árabe em um medalhão
na Hagia Sofia, em Istambul
“Voltamos a esclarecer que a abordagem de tais temas decorre da necessidade de termos breves notícias da HISTÓRIA DA HUMANIDADE e do surgimento das principais religiões, praticadas no mundo, através dos tempos.” HP/
Considerações derradeiras
Colaboração do INSTITUTO ZACARIAS
DE ESTUDOS PESQUISAS ESPIRITUAIS
(Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre)
(Formatação e observações nossas)
O A L C O R Ã O
Os ensinamentos de ALÁ (Allah, a palavra árabe para DEUS) estão contidos no ALCORÃO (Qur'an, "recitação").
Os muçulmanos acreditam que MAOMÉ recebeu esses ensinamentos de DEUS por intermédio do ANJO GABRIEL (Jibrīl), através de revelações que ocorreram entre 610 e 632 d. C.. ( Ver se existe semelhança com o Espírito Santo - para os cristãos ???)
MAOMÉ recitou essas revelações aos seus companheiros, muitos dos quais se diz terem memorizado e escrito no material que tinham à disposição (omoplatas de camelo, folhas de palmeira, pedras …).
As revelações a MAOMÉ foram mais tarde reunidas em forma de livro. Considera-se que a estruturação do ALCORÃO, como livro, ocorreu entre 650 e 656, durante o califado de Otman.
O livro sagrado do islão, o Alcorão
O ALCORÃO está estruturado em 114 capítulos chamados suras. Cada sura está por sua vez subdividida em versículos chamados ayat.
Os capítulos possuem tamanho desigual (o menor possui apenas três versículos e os mais longos 286 versículos) e a sua disposição não reflete a ordem da revelação.
Considera-se que 92 capítulos foram revelados em Meca e 22 em Medina. As suras são identificadas por um nome, que é em geral uma palavra distintiva surgida no começo do capítulo ("A Vaca", "A Abelha", "O Figo").
Uma vez que os muçulmanos acreditam que MAOMÉ foi o último de uma longa linha de profetas, eles tomam a sua mensagem como um depósito sagrado e tomam muito cuidado com ela, assegurando que a mensagem tenha sido recolhida e transmitida de uma maneira a não trair esse legado.
Essa é a principal razão pela qual as traduções do ALCORÃO para as línguas vernáculas são desencorajadas, preferindo-se ler e recitar o ALCORÃO em árabe.
Muitos muçulmanos memorizam uma porção do ALCORÃO na sua língua original e aqueles que memorizaram o ALCORÃO por inteiro são conhecidos como hafiz (literalmente "guardião").
A mensagem principal do ALCORÃO é a da existência de um único DEUS, que deve ser adorado.
Contém, também, exortações éticas e morais, histórias relacionadas com os profetas anteriores a Muhammad (que foram rejeitados pelos povos aos quais foram enviados), avisos sobre a chegada do dia do Juízo Final, bem como regras relacionadas com aspectos da vida diária, como o casamento e o divórcio.
Além do ALCORÃO, as crenças e práticas do islão baseiam-se na literatura hadith, que para os muçulmanos clarifica e explica os ensinamentos do profeta.
ESCOLAS E VERTENTES
Islamismo no mundo moderno
O sunismo é a maior denominação do Islã e representa 75%-90% de todos os muçulmanos. Os muçulmanos sunitas também são conhecidos pelo nome Ahl as-Sunnah, que significa "povo da tradição [de Maomé]".
Estes hadiths, contos, ações e características pessoais de Maomé, são preservados nas tradições conhecidas como Al-Kutub Al-Sittah (seis grandes livros).
Os sunitas acreditam que os primeiros quatro califas eram os legítimos sucessores de Maomé; uma vez que Deus não especificou nenhum líder específico para sucedê-lo e os líderes foram eleitos.
Os sunitas acreditam que qualquer um que é justo e correto pode ser um califa, mas eles têm de agir de acordo com o ALCORÃO e do Hadith, a exemplo de Maomé e dar ao povo os seus direitos.
Os sunitas seguem quatro madhāhib (escolas de pensamento) :
hanafismo, hanbalismo, maliquismo e Shafi'i, estabelecidos em torno dos ensinamentos de Abu Hanifa, Ahmad ibn Hanbal, Malik ibn Anas e al-Shafi respectivamente.
Todos as quatro aceitam a validade das outras e um muçulmano pode escolher qualquer uma que ele ou ela achar mais agradável. O salafismo (também conhecido como Ahl al-Hadith (em árabe: أهل الحديث; O povo de hadith), ou pelo termo pejorativo wahhabismo por seus adversários) é um movimento islâmico ultra-ortodoxo que leva a primeira geração de muçulmanos como modelos exemplares.
X I I S M O
Mesquita Imam Husayn, no Iraque, o local
mais sagrado para os muçulmanos xiitas
Os xiitas constituem 10-20% dos muçulmanos e são o segundo maior do ramo do islamismo.
Enquanto os sunitas acreditam que um califa deve ser eleito pela comunidade, os xiitas acreditam que Maomé indicou seu genro, Ali ibn Abi Talib, como seu sucessor e apenas certos descendentes de Ali poderiam ser imames (líderes).
Como resultado disso, eles acreditam que Ali ibn Abi Talib foi o primeiro imame, rejeitando a legitimidade dos califas muçulmanos anteriores Abu Bakr, Uthman ibn al-Affan e Umar ibn al-Khattab.
O islã xiita tem vários ramos, sendo o maior deles o xiismo duodecimano, seguido pelos zaiditas e pelos ismaelitas.
Diferentes ramos aceitam diferentes descendentes de Ali como imames (lideres). Depois da morte de Jafar al-Sadiq, considerado o sexto imame pelos duodecimanos, e de Ismaili, os ismaelitas passaram a considerar seu filho, Ismael ibn Jafar, como o imame e os duodecimanos passaram a considerar seu outro filho, Musa al-Kazim, como seu sétimo imame.
Enquanto os zaiditas consideram Zayd ibn Ali, o tio de Jafar al-Sadiq, como seu quinto imame.
Outros grupos menores incluem o Mustaali e os drusos, bem como os alauítas e alevitas. Alguns ramos xiitas rotulam outros ramos xiitas, que não concordam com a sua doutrina como Ghulāt.
CARIJISTAS / IBADISMI
Outra denominação que tem origem nos tempos históricos do islão é a dos carijitas. Historicamente, consideravam que qualquer homem, independentemente da sua or igem familiar, poderia ser líder da comunidade islâmica, opondo-se às polémicas de sucessão entre sunitas e xiitas.
Os ideais carijitas ainda existem no mundo Islâmico, mesmo que de forma diferente da original, através do takfirismo, que é excomungar alguém do Islamismo por ter cometido um pecado grave.
Como as formas de julgamento desses grupos são extremamente subjetivas e não tomam por base a aplicação correta da Charia, esses grupos se tornam extremamente violentos contra muçulmanos e não muçulmanos .
Os membros de uma vertente desse grupo hoje são mais comumente conhecidos como muçulmanos ibaditas.
Um grande número de muçulmanos ibaditas vive hoje no Omã.
S U F I S M O
Sufis da ordem Melevi, conhecidos
no Ocidente como dervixes rodopiantes
Às vezes visto pelos fiéis muçulmanos comuns como um ramo separado do islamismo, o sufismo é antes uma forma de mística que pretende alcançar um contacto direto com DEUS através de uma série de práticas que geralmente incluem o ascetismo, a meditação, os jejuns, cantos e danças.
Desconhece-se de onde deriva a palavra sufismo (em árabe : tasawwuf). O termo poderá provir de sūf, "lã", o que se encontra relacionado com o fato de os primeiros sufis vestirem roupas feitas com o material, imitando os ascetas cristãos da Síria e da Palestina.
Outra teoria procura relacionar sufismo com a palavra árabe safa, que significa "pureza".
O sufismo já existia como movimento no primeiro século do islão. Para os sufis, o próprio profeta Maomé seria um deles, já que levaria uma vida extremamente simples, tendo por hábito retirar-se de Meca para meditar numa caverna, tendo estabelecido uma relação próxima com DEUS.
Um dos primeiros representantes do sufismo foi al-Hasan al-Basri (642-728), que rejeitou o materialismo do mundo e criticou os soberanos omíadas. Saliente-se ainda deste período inicial uma mulher, Rabi'ah al-Adawiyah (? - 801), cujo amor por DEUS leva-a a excluir o apego ao mundo.
Desde os séculos XII e XIII, os sufis organizam-se em ordens ou irmandades (tariqas), que seguem os métodos de realização espiritual ensinados por determinados mestres (os xeques ou pirs)." As ordens sufis podem ser encontradas quer no sunismo, quer no xiismo.
O sufismo foi por vezes entendido pelas autoridades ortodoxas muçulmanas como uma ameaça, tendo os seus líderes e adeptos sido alvo de perseguições.
O sufismo tem sido igualmente criticado devido ao fato de alguns dos seus mestres terem alcançado um estatuto de santo, tendo sido erguidos santuários nos locais onde nasceram ou faleceram, que se tornaram locais de peregrinações.
FUNDAMENTALISMO E RADICALISMO
Correntes radicais do islamismo frequentemente são acusadas de atos terroristas, como os atentados às Torres Gêmeas, protagnonizados nos ataques de 11 de setembro de 2001 pela AL QAEDA.
E a defesa intolerante da extinção do Estado de Israel defendida pelo grupo terrorista Hamas. Em sua carta de fundação, por exemplo, o Hamas é claro na defesa da destruição do Estado Sionista, sendo apoiado pela maioria do povo palestino.
Fundamentalistas também defendem a submissão da mulher, a perseguição a cristãos e o assassinato de dissidentes em países islâmicos. Estima-se que aproximadamente quatro milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em consequência das pressões impostas pelos muçulmanos .
Bandeira do Estado Islâmico do Iraque e do Levante
A condição de vida das mulheres também é precária em países fundamentalistas islâmicos, como a Arábia Saudita : "Para o pensamento ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do que o homem, explica Leila Ahmed, especialista em estudos da mulher e do Oriente Próximo da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos […]".
Assim sendo, violências físicas e tratamentos desumanos, como o apedrejamento, são constantes entre os países fundamentalistas : "Segundo a lei islâmica denominada Sharia (Shari'ah ou Charia), uma mulher considerada adúltera deve ser enterrada até o pescoço (ou as axilas) e apedrejada até a morte […]".
A intolerância a críticas também é alvo constante de respostas por parte da imprensa às vertentes radicais do islão. Recentemente, cartunistas dinamarqueses foram ameaçados de morte por publicarem charges consideradas insultuosas para alguns muçulmanos, algo comum no Ocidente e sua contraparte cristã. O Papa também foi ameaçado de morte por considerar o islão uma religião violenta.
O crítico Daniel Pipes cita uma cadeia histórica de reações radicais a críticas e atos humorísticos por parte de extremistas islâmicos, que vão de ameaças a mortes de dezenas de pessoas. Porém, o islamismo moderado mostra-se como vertente desejosa da paz, tanto quanto o budismo, o cristianismo, o judaísmo ou qualquer outra grande religião.
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