Publicado Geraldo Costa
Resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas...
Documentário feito pelo jornalista e historiador Lúcio de Castro, exibido no canal ESPN-BRASIL. A série contém quatro episódios: Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
Futebol, samba e carnaval fazem parte da trilogia da alegria que esta enraizada na cultura brasileira, sinônimo pleno da alegria,... No caso do futebol, Memórias do Chumbo: O Futebol nos Tempos do Condor reflete e debate sobre um momento político extremamente sério que ocorreu na nossa historia e respinga até hoje. Poder do futebol além da nossa imaginação, especialmente aos adoradores do esporte bretão, na qual me incluo, mas não posso deixar de analisar o futebol, do ponto de vista da manipulação, como instrumento de domínio silencioso onde à paixão supera a razão.
Copa do Mundo de 2014 foi uma resposta silenciosa, mas contundente sobre o que precisamos de fato e direito com relação as nossas novas necessidades sociais, principalmente no país do futebol, onde à tentativa desta velha formula , travestida como algo novo, para estabelecer uma nova ordem de manipulação politica, onde os efeitos ainda estão sendo sentidos. Afinal o governo de pós-ditadura jogava todas as sua fichas no adorado futebol .
Por quê?
Todos adoraram e necessitavam a competição no Brasil.
Será?
Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor – Brasil
Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor – Argentina
Memórias do Chumbo: O Futebol nos Tempos do Condor
jornalista e Historiador Lúcio de Castro
Lúcio de Castro - Wikipédia, a enciclopédia livre
Explicado didaticamente como se deu esse controle no capítulo que encerra, o quarto e último, sobre o Brasil. (Argentina, Chile e Uruguai antecedem). Se num primeiro momento o futebol não necessariamente esteve no campo de visão dos golpes militares (excetuando a Argentina, onde essa preocupação com o futebol se fez presente desde o primeiro comunicado), tão logo o poder se consolidava os regimes enxergavam a necessidade de controle do futebol e o potencial de utilização.
'O futebol foi usado pela ditadura militar'. A frase é tão verdadeira quanto batida. A utilização do futebol para fins de propaganda não é um privilégio das ditaduras, mas nelas esse uso é escancarado e, pela própria natureza autoritária deste tipo de regime, os limites desta utilização se ampliam tremendamente.
Foi a partir desta repetida sentença que se iniciou essa história. A necessidade de sair e ir além desta óbvia formulação. Responder a diversas questões. O quanto o futebol foi utilizado pela ditadura militar no Brasil? Como? Quem? Em que momento foi mais utilizado? A que nível de utilização, vigilância e controle o regime militar chegou sobre a maior paixão dos brasileiros?
No decorrer deste caminho, a certeza de que era preciso ampliar o foco. Como se sabe, existiam pontos em comum, receituários e ações conjuntas entre diversas ditaduras do continente. Desde a década de 60 até culminar com a multinacional do terror, a Operação Condor. O futebol não esteve fora desse receituário de ações e modo de agir comum dessas ditaduras.
'Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor', em quatro capítulos: Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, que foi ao ar na ESPN Brasil nos dias 18 e 21 de dezembro de 2012.
" Um trabalho, com o perdão da auto referência, ambicioso e pretensioso. Afinal, se não fosse assim, melhor nem começar. Ou traria novas respostas e olhares ou ficaríamos na velha frase-chavão. A pretensão era maior no caso brasileiro. Jogando em casa, a obrigação é sempre maior. Seria pretensão demais chegar de passagem ao país dos outros e descobrir histórias bombásticas. Ainda assim, no capítulo Argentina tem a confirmação, décadas depois, de histórias sobre as quais se murmuravam coisas, mas não se batia o martelo".
Lúcio de Castro
Objetivo é apresentar as novas gerações sobre a nossa memoria politica ,econômica e social pelo futebol e lembrar de João Saldanha. Desta forma recordar e homenagear o Coronel Orpheu, oficial da Brigada Militar do RS um dos poucos oficias negro da sua geração, na corporação, torcedor do Internacional, uma rara criatura, pessoa carismática ,bom de papo , onde historias futebol e politica sempre estiveram presentes :
“Pessoas... trocam de família, carro, casa, país, bairro, até de gênero, mas uma certeza ele tinha e se divertia ... Mas nunca trocam de time de futebol! "
Lembrei-me do Coronel Orpheu e pensei na paixão que o futebol exerce nas pessoas, e nas gerações, nascidas em período democrático, que não conheceram e, alguns, sequer ouviram falar, não apenas do envolvimento da ditadura no futebol, mas das torturas, perseguições políticas, e outros fatos que precisam ser resgatados, para não serem repetidos.
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