O vulcão de lama é uma estrutura cônica de lama argilosa depositada junto a um orifício de escape de metano, gases não combustíveis, vapor de água e lama com água salgada, geralmente em região sísmica. Eventualmente os vulcões de lama podem emitir nitrogênio e hélio. As rochas e magma em profundidade sofrem alterações hidrotermais por soluções geralmente muito ácidas em estado supercrítico destas regiões vulcânicas, produzindo-se minerais argilosos incorporados à água fortemente aquecida como uma lama que é forçada a sair por condutos devido às fortes pressões de gases, principalmente o metano. Dependendo da pressão, a lama pode simplesmente escoar ou ser ejetada junto com água fervente ou mesmo fria, depositando-se em torno da abertura. A água desses vulcões é rica em sais de cloro, bromo e iodo, podendo também trazer hidrocarbonetos na forma de betumes ou asfalto.
Cerca de 86% dos gases emitidos é metano, e em menor quantidade o gás carbônico, nitrogênio e hélio. Outros fluidos são água salgada, por vezes bromo-iódica, lama e hidrocarbonetos (petróleo).
Os vulcões de lama podem estar ligados, em grandes profundidades, com sistemas hidrotermais nos quais a água ocorre em estado supercrítico. Nessa condição as moléculas de água perdem o caráter polar e podem carrear sais. Hidrocarbonetos gasosos como metano, hélio e também hidrocarbonetos líquidos como petróleo podem migrar para as regiões com vulcões de lama.
Um vulcão de lama pode ser resultado de uma estrutura perfurante criada por um diapiro de lama pressurizado que atinge a superfície da terra ou o fundo dos oceanos. As temperaturas podem ser tão baixas a ponto de congelar os materiais ejetados, particularmente quando as emanações estão relacionadas com depósitos de hidratos de gás, que são compostos por associação de metano e água congelados.
Vulcões de lama são frequentemente associados com depósitos de petróleo em zonas tectônicas de subducção de placas litosféricas e cadeias de montanhas onde falhas profundas estão conectadas com o manto. Hidrocarbonetos gasosos e eventualmente líquidos (petróleo) são frequentemente emitidos. Os vulcões de lama também estão de certo modo associados com vulcões de lava, porém raramente juntos, pois nos vulcões de lava há na maior parte emissão de gases não combustíveis como o dióxido de carbono, que pode ser oriundo da oxidação de metano.
No Azerbaijão erupções são conduzidas a partir de reservatórios de lama profundos, os quais são conectados com a superfície durante os períodos de dormência. Exsudações têm temperaturas de até 2–3 °C acima da temperatura ambiente.
Aproximadamente 1 100 foram identificados sobre a terra ou águas rasas. Estima-se que mais que 10 000 possam existir sobre a plataforma continental, talude e planícies abissais.
Vulcões de lama estão frequentemente associados com áreas de incidência de terremotos. Muitos cientistas recomendam que sejam monitoradas as emissões de gases e atividades nos vulcões de lama, pois podem servir como indicadores de iminência de fortes terremotos e assim permitir alertar órgãos de defesa civil para que vidas sejam salvas.
Estima-se que 300 dos 700 vulcões de lama do planeta situem-se no leste do Azerbaijão e Mar Cáspio Muitos geólogos e também turistas visitam esse local Firuz Crater, Gobustan, Salyan. Muitos se cobrem com a lama pensando ser de natureza medicinal. Em 2001 , um vulcão de lama a 15 km do Baku soprou chamas de 15 metros de altura.
Pedras Afiadas – vulcões de lama
A ilha de Baratang, parte do Arquipélago de Grande Andaman, no Oceano Índico, possui diversos locais com atividades de vulcões de lama. Um acidente de perfuração nas costas de Brunei, em 1979, foi causado por um vulcão de lama. Foram feitos 20 poços para contenção. Presume-se um prazo de 30 anos para cessar a erupção.
Há muitos vulcões de lama na Indonésia.
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