segunda-feira, 23 de maio de 2016

NOTÍCIAS DE SERGIPE (BR)



Brasil


Estância - Sergipe

Colaboração especial de Luiz Eduardo Costa

A AGENDA SURREALISTA DA PRESIDENTE DECAÍDA

Instalada no que lhe resta de um poder ilusório, a ex-presidente Dilma dedica-se a cumprir uma agenda surrealista. Ela está ainda cercada pelos aparatos que lhe restam do poder que deixou escapar-lhe pelas mãos inábeis. A presidente teimou em ser presidenta, uma teimosia irrelevante, mas que ficou como marca registrada de todas as demais irrelevâncias do seu governo néscio, que nos levou a esta crise, que talvez seja a mais complexa da nossa complicada História de República presidencialista. Enquanto espera pelo julgamento no Senado que, com quase certeza, lhe será desfavorável, Dilma preenche o ócio bem remunerado, participando de protestos realizados pelo país por grupos que ainda nela acreditam. Gasta dinheiro do sacrificado contribuinte na tentativa inútil de retornar ao poder, que não conseguiu exercer com um mínimo de competência.  Por isso, nos legou a calamidade retratada em números desastrosos, e no que é pior: o sentimento de decepção que foi o único e devastador legado que nos deixou a equivocada senhora.



A CODEVASF DEPOIS DE SAID SHOUCAIR

Chegando à direção da CODEVASF, aquela complicada e polêmica empresa, que, tanto tempo depois de criada ainda acumula problemas irresolvidos, o advogado Said Schoucair conseguiu imprimir um ritmo novo, mantido nesses dois anos em que a dirige. Problemas que se arrastavam foram resolvidos, e no sempre encalacrado Projeto Betume, alcançou-se uma produtividade recorde de 10, 5 toneladas de arroz por hectare, cifra que supera os resultados do Rio Grande do Sul. O projeto Jacaré-Curituba recebeu atenção especial, e as obras finalmente foram concluídas. Aquele projeto de irrigação, o primeiro no país criado para instalar assentamentos dos Sem Terra, foi idealizado no governo de Albano Franco, que levou o Frei Enoque e o hoje deputado federal João Daniel para uma decisiva conversa com o presidente Fernando Henrique, que garantiu recursos para as desapropriações e elaboração dos projetos.  Gastou-se tempo para a conclusão, e para garantir o projeto, contribuíram os governos de João Alves, Marcelo Déda e Jackson Barreto, e o apoio também recebido do presidente Lula. O Jacaré-Curituba é um marco decisivo para os movimentos sociais em pareceria com governos e dirigentes da CODEVASF que têm sensibilidade para os tormentos da pobreza. Sem essa forma de entendimento e parceria, o projeto sofrerá consequências.

O CENTENÁRIO DE ANTONIO GARCIA

O médico, escritor, jornalista, poeta, professor, músico, militante social, polemista, líder católico, gestor público, Antonio Garcia Filho, assim, precedido por todas essas suas funções, competências, habilitações, talentos e  características, ainda ficaria carente para uma compreensão mais nítida do cidadão que ele foi.
  Garcia foi um cidadão singular, uma referencia para a ideia generosa da cidadania virtuosamente exercida.
No centenário que se comemora, surge a oportunidade para uma melhor compreensão da sua personalidade, e dimensionamento da sua obra, de tantas coisas admiráveis que ele fez ao longo da existência, do legado que ele deixou aos filhos. Eles seguiram, todos, a sua trilha exemplar.
Instituições diversas reuniram-se para a comemoração do centenário, entre elas, a Academia Sergipana de Letras, a Academia de Medicina de Sergipe, a Assembleia, o Governo, a Câmara  de Aracaju.
Na Academia de Medicina, nesse dia 27, haverá o Sarau Antonio Garcia. Em foco o músico. O presidente Lúcio Prado Dias convidando para o evento.

O HOMEM DO MARATÁ LEMBRADO NO SENADO
Nessa quarta o empresário Jose Augusto vai receber medalha no Senado. É solenidade que se repete todos os anos, destacando empreendedores de todo o país. Ano passado foi a vez do ex-governador e empresário Albano Franco. Este ano, por indicação dos senadores Ricardo Franco e Eduardo Amorim, o criador do Grupo Maratá, Jose Augusto, será o homenageado. 
Jose Augusto é um exemplo do empreendedor bem sucedido. Ele saiu da pobreza para criar um grande grupo empresarial. É o maior empresário de Sergipe, e continua modesto, da mesma forma  quando vendia fumo no mercado. Detalhe pouco conhecido: Jose Augusto foi deputado estadual, mas, logo descobriu que a política não era o campo ideal para a sua criatividade e vontade de realizar, imensas.

O SILÊNCIO DO REITOR

Há um insopitável, suspeito silêncio, do reitor do IFS, professor Ailton, a respeito do deplorável caso da destruição nada responsável dos prédios onde funcionava em Poço Redondo a Fundação Dom Jose Brandão de Castro. Com a intempestiva e açodada demolição restam mais de 400 estudantes mal acomodados em improvisados locais. E traídos foram tantos outros que esperaram confiantes pelo vestibular no novo campus do IFS. Derrubou-se apressadamente, para que fosse construído o prédio que abrigaria os cursos superiores. E até agora nada.  Continua sem ser explicado o motivo da demolição, e também o destino final de todo o material desaparecido após o vandalismo oficial  contra as edificações públicas. Já o reitor Ailton, este, permanece pressurosamente mudo.

DOMINGOS PASCOAL O NOVO ESTANCIANO

Domingos Pascoal é um semeador de boas iniciativas, de ações que geram frutos. Escritor, membro da Academia Sergipana de Letras, ele resolveu espalhar Academias pelo interior. Já fundou várias, e com elas surgem muitos protagonistas do fazer cultural, tudo exatamente o que Pascoal mais queria. Ele ajuda agora a ser realizado o Concurso Literário que a Loja Maçônica Cotinguiba realiza todos os anos, e depois publica em livro os trabalhos premiados.
Pascoal, que tanto fez e tanto faz, certamente andou fazendo coisas em Estância. Por isso, merecidamente, a Câmara estanciana, nesse dia 25, entregará a ele o titulo de Cidadão da Estância. O presidente da Câmara Luiz Sérgio Nascimento Melo, convidando para a solenidade às 18, 30hs.

MILTON COELHO E AS SOFRIDAS MEMORIAS

Milton Coelho, trabalhador da PETROBRAS, foi em Sergipe a vítima maior das truculências e desatinos de um desatinado período do absolutamente desarvorado regime autoritário que vivemos, e do qual alguns têm saudade, e desejam repeti-lo, talvez por não terem conhecido as entranhas do monstro. Todas as ditaduras, sejam de qualquer natureza, de direita ou de esquerda, carregam a deformação de origem, que fazem sair delas as monstruosidades.
Milton Coelho resultou cego após torturas continuadas e meticulosamente infligidas. Não viu a face dos filhos que depois nasceram. Cego há 40 anos, ele é um dínamo em permanente atividade intelectual. Sabe, melhor do que tantos que enxergam, o que se passa no mundo, e o que se passou antes, nos tempos malignos da repressão. Ele interpreta melhor os fatos com a dimensão que o tempo transcorrido permite avaliar, e quer agora contá-los, ou denunciá-los, em textos que enviará à Apreciação da Comissão da Verdade.




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