Mundo: cidades
Uma ilha no meio do lago do
Pátzcuaro, que amanhece rodeada de barcos com suas redes suspensas como
libélulas em silêncio. É uma flor de sabores e artesanatos, cercada por cidades
que a contemplam da orla do lago, como se se abrissem em pétalas
GETTY IMAGES
Ninguém mora ali, salvo uma névoa
de silêncio, eco de infinitos mares de prata que outrora inundavam o subsolo em
seu entorno.
DANNY LEHMAN/GETTY
Malinalco (Estado de México)
O templo de pedra lavrado sobre a
colina que lhe dá nome era o altar pré-hispânico onde se formavam os Guerreiros
Águia. Hoje abre suas asas à paisagem onde mansões opulentas e campos de golfe
convivem com a vida anônima de seus artesãos.
CPTM/FOTO: RICARDO ESPINOSA-REO
Mazamitla (Jalisco)
Fundado pelos astecas, o bosque
de antigos veados é hoje paraíso de coníferas e recreio para quem foge dos
calores das planícies próximas. Povoadinho de casinhas alinhadas, brancas com
frontões vermelhos, e rodeado de cabanas, faz todo passeio se tornar excursão
ou aventura.
MAHAUX CHARLES/AGE
Chignahuapan (Povoa)
Aqui onde se juntam nove olhos
d’água, frei Bernardino de Sahagún situou o chamado “rio do Inferno”. Talvez
por isso, como acontece com outros povoados, entre ravinas e altas montanhas, é
possível cruzar para outros mundos que se refletem nas esferas de cristal,
bolhas de vidro soprado com vendas garantidas quando o Natal se aproxima.
TURISMO DE CHIGNAHUAPAN
Peña de Bernal (Querétaro)
Um dos maiores penhascos do mundo
dá nome ao povoado mágico que se estende a seus pés. Outrora um povoado mineiro
em antigas terras chichimecas, Bernal parece ser um lugar simbólico de
peregrinação ou passagem, cujo propósito não é mais do que o descanso
contemplativo do imenso penhasco que quase ninguém se atreve a subir.
CPTM/FOTO: RICARDO ESPINOSA-REO
Real do Monte (Hidalgo)
Paraíso mineiro que atraiu
esforçados empreendedores espanhóis durante a Colônia, e depois ingleses da
Cornualha que parecem sobreviver na quietude relaxada de um povoado encravado
entre morros de uma abundância não tão esquecida.
GEORG GERSTER/AGE
Sayulita (Nayarit)
Em um extremo da Bahía de
Banderas, com o Pacífico como cenário generoso de pesca e aventuras, Sayulita é
o paraíso do coco, durante longa época de bonança por seu óleo e hoje
transformado no paraíso das ondas perfeitas que, segundo a lenda, são penteadas
no ritmo pelas mãos dos deuses do mar.
MELISSA MCMANUS/GETTY
Amatlán de Canas (Nayarit)
Aqui, onde já houve prata, chumbo
e ouro, foi uma terra que desde antes da Conquista era rica em cana-de-açúcar e
em abundantes folhas de figueira, dessa pele que foi papel de códices muito
antes da chegada do abecedário.
HUGO RODRÍGUEZ
Teúl (Zacatecas)
Berço de muitos músicos e terra
do agave azul, ostenta sua geografia generosa na diversidade: morros de felinos
e veados de cauda branca, víboras de várias espécies e cobras camufladas, onde
parecem voar todas as aves já imaginadas.
AAWARREN PHOTOGRAPHY
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