Brasil:
turismo
Viajar
pelo Brasil já uma experiência única. Viajar com economia, visitando destinos
baratos, deixa tudo ainda melhor. Veja as dicas e sugestões de roteiros!
Este artigo foi escrito pela editora
O Viajante para o Skyscanner.
Com a crise econômica e o aumento do valor
das passagens para o exterior, muitos brasileiros mudam os planos de viagem e
acabam ficando no Brasil – o que, convenhamos, com a quantidade de destinos
belíssimos que guarda a nossa terrinha, não é esforço algum.
E se entre os lugares mais bonitos ainda
fosse possível escolher os mais baratos? Justamente para ajudar (ou complicar)
um pouquinho na decisão, elegemos 5 lugares no Brasil, um de cada região
brasileira, que são imperdíveis tanto por suas belezas naturais quanto pelos
baixos custos da viagem.
Urubici – SC
Existem
outros mirantes naturais para ver belezas brasileiras!
Entre as cidades mais baratas e aconchegantes
da Serra Catarinense, tanto no inverno quanto no verão, está Urubici. Lar de
impressionantes cachoeiras, cavernas, trilhas e vistas panorâmicas, essa
cidadezinha de 10 mil habitantes, situada a 158 km de Florianópolis, é um
destino para apreciar a natureza.
A Cachoeira do Avencal, a Cascata Véu de
Noiva, o Morro do Campestre e o Morro da Igreja (de onde se avista a Pedra
Furada, uma curiosa formação rochosa com um buraco no meio) são atrações
imperdíveis que você deve conhecer. Se curtir uma aventura, considere ainda
encarar a trilha do Rio das Sete Quedas, ou, para os mais experientes, a trilha
da Pedra Furada. Distante 27 km do centro da cidade está a Serra do Corvo
Branco, de onde, em dias de céu limpo, é possível avistar até mesmo o litoral.
Esta região serrana é famosa por sua estrada,
conhecida pelas inúmeras curvas fechadas que intimidam até o melhor dos
motoristas – afinal, trata-se de uma estupenda descida (vai de 1.479m de
altitude a 110m, onde fica a cidade de Grão-Pará). Apesar da beleza do lugar,
essa via é uma das mais temidas do Brasil em função da má conservação e,
principalmente, do seu formato serpenteado morro abaixo, o que exige muita
atenção ao volante.
Espere gastar com acomodação a partir de
R$100 e, para um bom jantar, R$35 – não deixe de provar as trutas, peixe muito
comum nessa região.
Ubatuba – SP
Roteiro de
carro pelo litoral de São Paulo!
Localizada no litoral norte de São Paulo, a
230 km da capital paulista, Ubatuba é um município com cerca de 100 praias,
dispersas por mais de 95 km de costa. As praias, com baías de águas verdes e
piscinas naturais, apresentam-se de diversas formas: algumas são mais desertas,
como Prumirim, outras bastante frequentadas por famílias, como Domingas Dias,
ou bem movimentadas, como Itamambuca, Praia do Félix e Vermelha do Norte, estas
três, justamente, têm mar agitado que atrai surfistas.
A vegetação costeira contribui para um clima
agradável e, se não quiser ficar só nas praias, você pode desfrutar das trilhas
e cachoeiras em meio à natureza. Quem tiver um pouco mais de grana pode andar
de barco e chegar até às ilhas que cercam a faixa litorânea.
Não é fácil escolher uma entre tantas praias,
mas, além de considerar as características de cada uma, você pode comparar
valores e ver qual se encaixa mais no seu orçamento; é comum encontrar
diferentes opções de hospedagem em Ubatuba, como pousadas familiares e albergues que
cobram a partir de R$50 a diária. Já para uma refeição, espere gastar em torno
de R$25.
Chapada dos Veadeiros –
GO
Outros
destinos inspiradores como a Chapada dos Veadeiros
Destino brasileiro para quem gosta de
natureza e de aventura, a Chapada dos Veadeiros, no norte de Goiás (mais perto
de Brasília do que de Goiânia), guarda em seu terreno belas cachoeiras e
piscinas naturais, alcançadas principalmente por meio de trilhas.
As cidades-base da Chapada, com maior
infraestrutura para os viajantes, são Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante. A
primeira é a que conta com mais hotéis, albergues, pousadas, restaurantes e
bares. Famosa pelo misticismo, ostenta uma grande concentração de cristais
subterrâneos que, segundo dizem, exercem forte energia sobre a região. Por aqui,
conheça o complexo de sete poços Loquinhas, as cachoeiras dos Cristais, dos
Couros e a dos Macaquinhos.
A 31 km a oeste de Alto Paraíso está São
Jorge, vila menos desenvolvida turisticamente, com uma atmosfera mais
alternativa e que atrai mais jovens. Com estrutura semelhante, e mais distante,
100 km a nordeste de Alto Paraíso, Cavalcante encanta viajantes com as
cachoeiras de Santa Bárbara e Capivaras.
Você pode conhecer a Chapada em qualquer
época do ano, mas ideal é ir no período de estiagem, entre abril e setembro, o
que diminui o risco das perigosas trombas d’água. No final de julho acontece o
Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, festival com shows,
apresentações de tribos indígenas, danças, oficinas de arte e barraquinhas de artesanato
e comida.
Para acessar as atrações é necessário pagar
entre R$ 10-20, pois algumas ficam dentro de propriedades particulares. Para hospedagem em Alto Paraíso, calcule algo em torno
de R$ 50 para ficar em albergues e pousadinhas e R$ 120 para hotéis. Na Chapada
dos Veadeiros você encontra muitos restaurantes vegetarianos e boas opções de
lanches, portanto, com R$20 é possível fazer uma refeição mais leve; pratos
mais completos, para duas pessoas, custam por volta de R$ 60.
Praia do Forte – BA
Existem
sempre bons motivos para visitar o litoral sul da Bahia.
Com mar tranquilo e cristalino, piscinas
naturais, flora e fauna muito preservadas, a Praia do Forte é uma das mais
charmosas do litoral baiano. Por aqui, a Papa Gente é uma das praias mais
procuradas para banho e para a prática de mergulhos; já a praia do Lord é
conhecida por suas piscinas naturais, ainda mais evidentes na maré baixa; a
praia do Porto, por sua vez, tem o mar bem pouco agitado, e é o local onde
ficam atracados os barcos de pesca.
Além das praias, considere uma visita à
primeira construção portuguesa em solo brasileiro, o Castelo Garcia d’Ávila; à
sede nacional do Projeto Tamar, responsável pela proteção das tartarugas
marinhas ameaçadas de extinção; e ao Instituto Baleia Jubarte, que tem como
objetivo rastrear e proteger as baleias que aparecem no litoral brasileiro,
para reprodução, entre julho e outubro – época em que é possível passear de
barco para avistar esses mamíferos mais de perto.
Caso a viagem seja feita entre dezembro e
fevereiro, atente para a possibilidade de acompanhar a desova e a ida das
tartarugas recém-nascidas até o mar.
Sem perder sua rusticidade, o destino tem um
centrinho bem bacana para passear à noite, com restaurantes, bares decolados e
lojinhas de artesanato. Existem grandes resorts na Praia do Forte, mas é possível
economizar nas pousadas (a partir de R$ 150) e nos albergues (a partir de R$ 65
por pessoa). Para um almoço ou jantar, também não faltam restaurantes (em média
R$ 30 por refeição), e quem preferir um lanche deve gastar bem menos com uma
boa tapioca (R$5 a R$ 10).
Belém – PA
Belém do Pará
Despontando como promissor destino
gastronômico brasileiro, Belém é uma cidade que guarda os segredos da
verdadeira culinária nortista. Não é por acaso que, com 388 anos, o mercado Ver-o-Peso
é uma das grandes atrações locais: a diversidade de frutas regionais, peixes,
temperos e até mesmo ervas amazônicas (que fazem parte da crença popular e
instigam os viajantes mais supersticiosos), encantam e fazem com que as horas
passem despercebidas debaixo das numerosas tendinhas que caracterizam o local.
As delícias da culinária paraense como o
tacacá, o peixe com açaí e a maniçoba são facilmente encontradas por aqui.
Na cidade, que pode ser tranquilamente
conhecida a pé, visite também a Estação das Docas e a Basílica de Nossa Senhora
de Nazaré. E como o calor não dá trégua, aproveite para se refrescar em algumas
das 15 praias de água doce da Ilha de Mosqueiro, a 70 km de Belém, acessível
por ônibus de linha (R$ 2,70), pra quem quer economizar, ou de carro. Merecem
destaque as praias Chapéu Virado, Murubira e Marahú.
Mesmo sendo referência mundial em
gastronomia, principalmente depois de eleita Cidade Criativa da Gastronomia
pela Unesco, a capital paraense mantém preços justos e os pratos bem servidos.
O tacacá – caldo feito com a goma da mandioca, camarões e tucupi, e temperado
com alho, sal, pimenta e jambu –, por exemplo, custa em torno de R$ 11 em
barraquinhas de rua. As diárias de hotéis por aqui custam entre R$80 e R$ 100,
e de albergues, em torno de R$ 45.
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