É
considerada uma das mais bonitas do Brasil
Morretes é um município brasileiro na região litorânea do estado do Paraná. É
uma cidade famosa por seus restaurantes, que vendem um prato típico da região
chamado barreado. Também possui muitos casarões antigos
preservados.
Etimologia
Cemitério Municipal de Morretes
ao entardecer. Ao fundo, os morretes que deram origem ao nome do município.
De origem geográfica, em referência aos pequenos morros (morretes), que
circundam a sede municipal. Esta denominação remonta
ao tempo de sua primitiva colonização.
História
Até o século XVI, a região atual do município era
território dos índios carijós, etnia indígena que ocupava a faixa litorânea
brasileira desde Cananeia até a Lagoa dos Patos. A partir de 1646, com a descoberta de jazidas de
ouro, a região passou a ser ocupada por mineradores e aventureiros provenientes
da cidade de São Paulo. Em 1721, foi fundado, oficialmente, o
povoado de Morretes.
Foi o ouvidor Rafael Pires Pardinho quem determinou que a Câmara Municipal de Paranaguá autorizasse a medição e demarcação de
trezentas braças em quadra, para a instalação do povoado de Morretes. A partir
de meados do século XVIII, os parnanguaras capitão Antonio Rodrigues de
Carvalho e sua mulher Maria Gomes Setúbal se estabelecem em Morretes, onde logo
construíram uma capela, dedicando-a Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos
Três Morretes. Em 21 de julho de 1769, o padre Francisco de Meira Calassa
abençoou a capela morretense.
A partir desta época, o lugar teve grande
crescimento, com o setor comercial tornando-se ponto de referência obrigatória
aos viajantes de serra acima e rio abaixo. O progresso do povoado provocou
certa rivalidade com Paranaguá, que chegou ao cúmulo de proibir "… os
comércios de fazendas secas de lojas em Morretes", por ordem do ouvidor da Capitania no ano de 1780. No ano seguinte, a proibição
foi revogada por ordem de Dom Martin Lopes Saldanha - governador-general da
capitania. (Romário Martins - História do Paraná)
Quando era capelão de Morretes, o padre Francisco
Xavier dos Passos conseguiu, com a ajuda da comunidade, reformar a antiga
capela. Nesse tempo, a vida social e cultural do lugar girava em torno das
atividades da igreja. Foram beneméritos da Capela de Nossa Senhora do Porto e
Menino Deus dos Três Morretes, de 1797 a 1809, o tenente João Ferreira de
Oliveira e, de 1810 até 1814, o sargento-mor Antonio Ricardo dos Santos.
Em 1º de março de 1841, através da Lei Provincial
Número Dezesseis, Morretes foi elevada à categoria de município, com território desmembrado de Antonina. A instalação oficial se deu no dia 5 de julho de
1841.
Rio Nhundiaquara
Pela Lei Provincial Número 188, de 24 de maio de
1869, Morretes foi elevado à categoria de cidade, com
sua denominação alterada para Nhundiaquara. Pela Lei Provincial Número 277, de
7 de abril de 1870, voltou a denominar-se Morretes.
No período de 1811 a 1832, o comércio sobrepujou
todas as demais atividades em Morretes. E nem só o comércio, mas também a
indústria, em particular a indústria de beneficiamento de erva-mate, de que foram pioneiras pessoas abastadas de Paranaguá, que instalaram em diversos pontos do município engenhos de beneficiamento do mate, quase todos
movidos a força hidráulica. Em 1823, foi construído um grande teatro de madeira
e, nele, foram levados à cena, por jovens morretenses, peças teatrais de grande
importância, inclusive uma comédia do famoso escritor da Grécia Antiga Esopo. Em
11 de outubro de 1843, foi criado um Batalhão da Guarda Nacional. Morretes
enviou para a Guerra do Paraguai, em 1865, uma companhia de guerra de setenta
soldados.
Com a chegada dos trilhos de aço da Estrada de Ferro Paraná ao litoral, cujo tráfego iniciou-se em
1885, Morretes decaiu vertiginosamente: seu comércio foi altamente prejudicado,
parando os engenhos de erva-mate e afetando toda a estrutura
sócio-econômico-cultural do município. A partir de então, operou-se uma reação,
reconquistando o município, aos poucos, sua importância no contexto do estado
do Paraná.
A colônia agrícola Nova Itália, que era dividida em
doze núcleos coloniais, foi fundada em 22 de abril de 1878, em terreno doado
pelo coronel Antônio Ricardo dos Santos. Nela, foram estabelecidas 543
famílias, num total de 2 296 pessoas. Mais tarde, muitos colonos deixaram o
lugar e se transferiram para outras colônias, motivados principalmente pela
inadaptação ao clima de Morretes. O distrito de Porto de Cima é um dos mais importantes
pontos de referência histórica, não só para o povo morretense, mas para todo o Paraná.
A cidade de Morretes está situada na zona
fisiográfica do litoral paranaense, estendendo-se da encosta da Serra do Mar para o leste e limitando-se ao oeste com os
municípios de São José dos Pinhais, Piraquara e Quatro Barras; ao norte com o município de Campina Grande do Sul; ao nordeste com o município de Antonina e a
Baía de Paranaguá; ao leste com Paranaguá e ao sul e sudeste com o município de Guaratuba.
A fronteira ocidental de Morretes fica a cerca de
35 km do mar. Todas as divisas estaduais são formadas por acidentes
geográficos, ao norte e oeste pelos espigões das Serras dos Órgãos, da
Graciosa, do Marumbi e da Farinha Seca, no sudeste pelas serras da Igreja, das
Canavieiras e da Prata. No sudeste, é o Rio Arraial, numa altitude de cerca de
oitocentos metros, que forma o limite do município.
Com Antonina e Paranaguá, são as lagoas. Possui também uma das maiores
elevações do Paraná, o Pico do Marumbi, que tem 1.539 metros de altura.
Vista do Conjunto Mrumbi pela
ferrovia
Parques ambientais
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