sexta-feira, 11 de novembro de 2016

LÁPIS VS CÂMERA: REALIDADE E DESENHO MISTURADOS NA IMAGINAÇÃO DE BEN HEINE

 Artes visuais: desenho/fotografia









Publicado por Karlos Junior
“Desde criança é natural do Rio de Janeiro, músico que pode ser visto por aí portando uma flauta, também é desenhista canhoto e blogueiro que gosta de Ciência, Ficção-Científica, Cinema, Quadrinhos e tenta praticar algum esporte enquanto corre atrás de ganhar a vida pela Internet...”




Todo artista que se preze gosta de brincar de Deus, com a possibilidade de criar mundos e inventar cenários. Basta um lápis e uma folha em branco. Ben Heine é este tipo de artista.


Digo por experiência própria, já que sou desenhista-amador (aquele que ama desenhar mas não ganha o pão com isso) e nem mesmo as folhas de caderno ficam incólumes na minha presença.
Ben Heine - que você já pode ter visto anteriormente num artigo da Diana Guerra, mas que agora ofereço com outro olhar - e é este tipo de artista, uma autoproclamada deidade das artes que apresento hoje aos meus estimados leitores, com seu trabalho único e ímpar. Errr… não creio que seja exatamente único, pois quantos outros artistas não tiveram ou fizeram realidade da mesma ideia? Contudo, Heine me lembra de que não importa se há outros que fazem a mesma coisa que a gente, o importante somos nós e o nosso trabalho, pois como só existem um Beethoven, um Rafael, um Tim Burton, um Ayrton Senna e um Karlos Junior, só existe um único Ben Heine fazendo as mirabolantes coisas que ele faz.


Heine nasceu há cerca de 30 anos na Costa do Marfim ( o que não quer dizer muito já que ninguém escolhe onde vai nascer ) mudando-se depois para Bruxelas, na Bélgica, onde vive atualmente. Estudando artes gráficas durante a vida, Heine além de ter se tornado um excelente desenhista, também aprendeu escultura, tornou-se fotógrafo, pintor, ilustrador e graduou-se em jornalismo. Um verdadeiro polímata! E eu me achando foda só porque sou desenhista, músico, poeta, jornalista e blogueiro, além de ser canhoto desde criança.
Ben Heine, porém, foi agraciado por um bom momento de inspiração, se é que podemos dizer algo assim, pois ao escrever uma carta, provavelmente com algum desenho ilustrativo, reparou uma certa justaposição entre o papel e o mundo à sua volta e se estivesse nu em uma banheira seria capaz de sair por aí gritando “Eureka“. Com uma ideia simples e mirabolante na cabeça e uma mão ávida a coçar, Heine começou a fotografar o mundo, a natureza e os seres por aí resolvendo combinar desenhos com essas fotos fazendo um mix legal, tipo um mashup entre realidade e arte. Não sei se ele estava ouvindo Take on Me do A-ha, mas que o resultado ficou supimpa, ficou! Heine fez mais algumas dezenas dessas fotos e foi misturando seus desenhos em sequências criativas, cômicas e inusitadas. A ideia deu tão certo que o artista criou a partir daí a série “Pencil Vs Camera“, ou Lápis versus Câmera em bom português padrão brasileiro ABNT2.
Para o produto final de sua arte, Heine intercala o processo tradicional e algumas intervenções digitais (leia-se Photoshop) com a intenção certamente de dar uns retoques e tratar a imagem, para que a mesma apresente um contraste legal entre o desenho e a fotografia. É fantástico, e já estou com lápis, papel, tesoura, cola e máquina digital para me aventurar também nesta vertente artística.
Fiquem a seguir com algumas imagens de Lápis Versus Câmera.












































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