Artes visuais:
desenho/fotografia
Publicado por Karlos Junior
“Desde
criança é natural do Rio de Janeiro, músico que pode ser visto por aí portando
uma flauta, também é desenhista canhoto e blogueiro que gosta de Ciência,
Ficção-Científica, Cinema, Quadrinhos e tenta praticar algum esporte enquanto
corre atrás de ganhar a vida pela Internet...”
Todo artista que se preze gosta de
brincar de Deus, com a possibilidade de criar mundos e inventar cenários. Basta
um lápis e uma folha em branco. Ben Heine é este tipo de artista.
Digo por experiência própria, já que sou
desenhista-amador (aquele que ama desenhar mas não ganha o pão com isso) e nem
mesmo as folhas de caderno ficam incólumes na minha presença.
Ben Heine - que você já pode ter
visto anteriormente num artigo da Diana Guerra, mas que agora ofereço com outro
olhar - e é este tipo de artista, uma autoproclamada deidade das artes que
apresento hoje aos meus estimados leitores, com seu trabalho único e ímpar.
Errr… não creio que seja exatamente único, pois quantos outros artistas não
tiveram ou fizeram realidade da mesma ideia? Contudo, Heine me lembra de que
não importa se há outros que fazem a mesma coisa que a gente, o importante
somos nós e o nosso trabalho, pois como só existem um Beethoven, um Rafael, um
Tim Burton, um Ayrton Senna e um Karlos Junior, só existe um único Ben Heine
fazendo as mirabolantes coisas que ele faz.
Heine nasceu há cerca de 30 anos na Costa do
Marfim ( o que não quer dizer muito já que ninguém escolhe onde vai nascer )
mudando-se depois para Bruxelas, na Bélgica, onde vive atualmente. Estudando
artes gráficas durante a vida, Heine além de ter se tornado um excelente
desenhista, também aprendeu escultura, tornou-se fotógrafo, pintor, ilustrador
e graduou-se em jornalismo. Um verdadeiro polímata! E eu me achando foda só
porque sou desenhista, músico, poeta, jornalista e blogueiro, além de ser
canhoto desde criança.
Ben Heine, porém, foi agraciado por um bom
momento de inspiração, se é que podemos dizer algo assim, pois ao escrever uma
carta, provavelmente com algum desenho ilustrativo, reparou uma certa
justaposição entre o papel e o mundo à sua volta e se estivesse nu em uma
banheira seria capaz de sair por aí gritando “Eureka“. Com uma ideia simples e
mirabolante na cabeça e uma mão ávida a coçar, Heine começou a fotografar o
mundo, a natureza e os seres por aí resolvendo combinar desenhos com essas
fotos fazendo um mix legal, tipo um mashup entre realidade e arte. Não sei se
ele estava ouvindo Take on Me do A-ha, mas que o resultado ficou supimpa,
ficou! Heine fez mais algumas dezenas dessas fotos e foi misturando seus
desenhos em sequências criativas, cômicas e inusitadas. A ideia deu tão certo
que o artista criou a partir daí a série “Pencil Vs Camera“, ou Lápis versus
Câmera em bom português padrão brasileiro ABNT2.
Para o produto final de sua arte, Heine
intercala o processo tradicional e algumas intervenções digitais (leia-se
Photoshop) com a intenção certamente de dar uns retoques e tratar a imagem,
para que a mesma apresente um contraste legal entre o desenho e a fotografia. É
fantástico, e já estou com lápis, papel, tesoura, cola e máquina digital para
me aventurar também nesta vertente artística.
Fiquem a seguir com algumas imagens de Lápis
Versus Câmera.
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