Arte fotográfica
Publicado por Vasco Neves
“Sento-me em frente ao mar, e a ele digo-lhe tudo aquilo que a ti não
consigo...”
O ativismo não é apenas feito
de megafone na mão, o ativismo não são apenas campanhas de choque, ou multidões
marchando (muitas vezes sem saberem bem para onde). A causa animal e os seus
direitos podem ser defendidos das mais variadas formas, quem for bom a gritar -
que Grite! Quem for bom a empunhar cartazes - que Empunhe! Cada um deve lutar
de uma forma realmente efetiva, fazendo o que sabe (não seguindo simplesmente
tendências). No caso de Manuela Kulpa, é através da fotografia que ela eleva a
sua voz pela conservação animal.
O protesto e consciencialização para a causa
animal é algo que é defendido por pessoas diferentes em toda a parte do mundo.
Muitos são voluntários enquanto outros são profissionais, e de facto toda a
ajuda possível para alertar e ajudar a conservação das espécies animais é bem
vinda e digna de louvar. São inúmeros os rostos anónimos, novos e velhos que,
com mais ou menos intensidade, que lutam diariamente para evitarem que novos
animais e espécies entrem em vias de extinção. É neste panorama que entra a fotografa
alemã Manuela Kulpa, que
desde sempre se sentiu com o dever de lutar da melhor forma que sabe pelo bem
estar e conservação animal. O resultado deste protesto é esta, mais que bela e
tocante, série de fotos repletas de sensibilidades...humana e animal.
Este pedaço de arte retrata espécies
ameaçadas de extinção, as fotografias foram tiradas em zoológicos e em parques
de vida selvagem.
O conceito de Alma sempre foi dissociado dos
animais não humanos, mas se nestas fotos não vemos Alma Animal... talvez não
sejamos nós dignos de usar o título de Humanos.
Quem vê cada um destes animais retratados,
rapidamente deixa de os ver com os olhos e passa a vê-los com o coração, e é
nesse momento que se dá o "protesto"! Ao sermos confrontados com
estas imagens, ganhamos consciência de que ao perder o que ali está retratado
estamos a perder um pedaço de nós, do nosso corpo e da nossa entidade enquanto
seres biológicos e afetivos.
A mais pequena contribuição pode garantir a
sobrevivência de muitos destes animais, seja em cativeiro (uma realidade que
não agrada a todos, mas que muito tem feito pela conservação animal), seja em
relativa segurança nas reservas a eles dedicadas, mas especialmente em
liberdade nos seus habitats naturais.
O objetivo desta série é atrair as atenções
(e porque não dinheiros e apoiantes para esta causa?) e desta forma conseguir
passar uma mensagem, sobre o que a perda de espécies pode representar de
negativo para a biodiversidade, ou pelo facto de não ser possível observar
"in loco" estas obras primas da natureza.
Nota do Autor: Este texto foi escrito de
acordo com a grafia de Portugal, todos os termos utilizados no texto devem ser
respeitados correndo o risco da coerência do mesmo não se verificar.
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