terça-feira, 1 de novembro de 2016

O QUE O CINEMA TEM A DIZER SOBRE TABU, PRECONCEITO, ESTEREÓTIPO, FETICHE E A BUSCA DO AMOR?

 Arte cinematográfica











Publicado por Sílvia Marques
Sou paulistana, escritora, bacharel em Cinema, professora universitária e doutora em Comunicação e Semiótica. Entre meus livros estão "Como identificar e se livrar de um babaca: Guia de sobrevivência feminina, "Hispanismo e erotismo: O cinema de Luis Buñuel", "O cinema da paixão: Cultura espanhola nas telas" e "Sociologia da Educação", indicado ao Jabuti 2013. Defendo a ideia de que filmes inteligentes e críticos podem estimular a longo prazo novas atitudes, pensamentos e sentimentos. Autora do blog Garota desbocada. Lancei recentemente em versão e-book pela Cia do ebook o romance O corpo nu.



Alguns filmes deixam marcas na pele da alma e independente da nossa visão de mundo, algumas obras nos incomodam de uma maneira avassaladora e muitas vezes inexprimível.



Cena do filme Veludo azul, de David Lynch
O que o cinema tem a dizer sobre tabu, preconceito, estereótipo, fetiche e a busca do amor? O que o cinema tem a dizer sobre coragem, liberdade, alteridade, sobre a busca de nós mesmos? O que o cinema tem a dizer e que está sobre e sob a narrativa? Que vai muito além da narrativa? Que utiliza a narrativa como meio para expressar e exprimir o inexprimível?
O que está por trás e por baixo do cinema de David Lynch, por exemplo? O que filmes como Veludo azul, Coração selvagem e A cidade dos sonhos quer nos mostrar sobre a vida comezinha e real? O que está por trás e por baixo do cinema de Roman Polanski , por exemplo? O que filmes como Lua de fel , O inquilino e A pele de Vênus nos deixam como mensagem? O que filmes perturbadores querem nos passar além de uma mensagem?
Alguns filmes deixam marcas na pele da alma e independente da nossa visão de mundo, algumas obras nos incomodam de uma maneira avassaladora e muitas vezes inexprimível.


Cena do filme Lua de fel, de Roman Polanski


Cena do filme Coração selvagem, de David Lynch
Alguns cineastas aspiram , por meio de seus filmes, revelar as suas obscuridades e potencialidades , que por sua vez, poderão desencadear as nossos lados B, C e D.
O que o cinema de Tarantino, Michael Haneke e David Fincher, por exemplo, tem a nos dizer sobre o nosso próprio senso de crueldade? O que o cinema de Woody Allen tem a nos dizer sobre o nosso niilismo?


Cena do filme Noivo neurótico, noiva nervosa, de Woody Allen


Cena do filme Match Point, de Woody Allen
O que o cinema de Almodóvar tem a nos dizer sobre a nossa capacidade de transgredir para obter o amor e a felicidade? O que o cinema de Lars Von Trier tem a nos dizer sobre a fragilidade da natureza humana? O que o cinema de Clint Eastwood tem a nos dizer sobre o nosso senso de luta? O que o cinema de David Lynch tem a nos dizer sobre o pesadelo de existir?


Cena do filme Atame, de Pedro Almodóvar


Cena do filme Anticristo, de Lars Von Trier


Cena do filme A cidade dos sonhos, de David Lynch
O que o cinema de Stanley Kubrick tem a dizer sobre as obscuridades da alma humana? O que o cinema de Sam Mendes tem a dizer sobre os mecanismos e jogos sociais? O que o cinema de Hitchcock tem a dizer sobre o medo e o desejo? O que o cinema de Luis Buñuel tem a dizer sobre a arbitrariedade das instituições e as dicotomias da alma humana?
Cena do filme De olhos bem fechados, de Stanley Kubrick


Cena do filme Foi apenas um sonho, de Sam Mendes
O que o cinema de Louis Malle tem a dizer sobre o tédio e o desespero de viver? O que o cinema de Xavier Dolan tem a dizer sobre a liquidez das relações? O que o cinema de Truffaut tem a dizer sobre a melancolia ingênua do amor? O que o cinema de Luchino Visconti tem a dizer sobre o determinismo da vida e a fatalidade das relações? O que o cinema de Antonioni e Bertolucci têm a dizer sobre as impossibilidades da vida?


Cena do filme Os sonhadores, de Bertolucci


Cena do filme A mulher do lado, de Truffaut
O que o cinema de Valerio Zurlini tem a dizer sobre a tristeza? O que o cinema de Vitorio de Sica tem a dizer sobre o amor brotando nos solos mais desoladores? O que o cinema de David Lean tem a dizer sobre a bondade humana despontando no meio da tragédia? O que o cinema de Jacques Tati tem a dizer sobre a poesia do mundo? O que o cinema de Ang Lee tem a dizer sobre a necessidade de nos escondermos do mundo?


Cena do filme A filha de Ryan, de David Lean


Cena do filme A moça com a valise, de Valerio Zurlini
Os cineastas célebres e os filmes importantes são muitos e falar um pouco de todos eles seria quase uma utopia, principalmente no espaço restrito de um artigo.
A ideia foi simplesmente instigar a curiosidade dos leitores para um tema tão fascinante quanto o cinema, tão cheio e rico de possibilidades variadas.





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