terça-feira, 1 de novembro de 2016

QUEM MATA O TEMPO NÃO É ASSASSINO, É SUICIDA.

Literatura


Publicado por Pamela Camocardi
“A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.” 



A frase de Millôr Fernandes é famosa. O hábito que o ser humano tem em perder tempo com coisas inúteis também.




A perda de um amigo, a saudade dos pais e os gestos de carinho adiados são um dos muitos exemplos que o tempo leva e não traz de volta.
O tempo possui a mais poderosa influência em nossos pensamentos, sentimentos e ações, entretanto nós, geralmente, atribuímos a ele responsabilidades que não possui. Não cabe ao tempo o alívio da saudade ou a remissão dos erros. Cabe a você (e ao seu autocontrole) a cura para seus males.


É necessário entender que o tempo traz sabedoria, através de experiências pessoais, e somente isso. Acreditar que o tempo trará a cura para os males do século é inocência. Como dizia Mario Quintana, “o tempo é um ponto de vista”.
Seu hoje é o reflexo dos conhecimentos empíricos adquiridos com os anos. Então, aproveite e pare de achar que o futuro será melhor ou que o seu presente é consequência de seu passado. Sua chance é renovada todas as manhãs e viver o hoje é a única alternativa que você tem.
Shakespeare dizia que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. E, convenhamos, ele tinha razão. Não há tempo para lamentos intermináveis, frescuras de gente imatura e rancor de quem não sabe amar. Nosso pouco e precioso tempo exige postura diante da vida.
Em “O homem duplicado”, de 2002, Saramago faz uma referência ao tempo de forma emocionante: “todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.” E ele tem toda a razão.
O seu ponto de vista sobre a vida trará a paz que tanto sonha. Assim como uma roupa feita sob medida, cada pessoa tem seu tempo e em cada tempo sua aprendizagem de vida. Se para um atleta um segundo vale um lugar no pódio, para outros o mesmo tempo corresponde a um piscar de olhos.
Aprender com o tempo é aproveitar o que você tem e saber que, muitas vezes, a dor será maior que os sorrisos. Mas e daí? Você não vai aprender a levantar se não cair. Aprenda a esperar pelo certo, mas não a perder tempo com o errado. Aprenda que os dias passam na velocidade da luz e que você não poderá trazê-los de volta.
Como dizia Saramago: “é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida.”
Resta-nos pouco tempo e muitos sonhos, então, esqueça os melindres pessoais, as dores do passado e foque no presente, afinal, “ o tempo é pouco para o muito que espero…” (Machado de Assis).



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