No século 17, havia uma corporação militar, considerada a elite do
exército francês, que servia como escolta pessoal do rei. Essa tropa surgiu por
volta de 1600, quando o soberano Henrique IV formou um
grupo de guardas,
cuidadosamente selecionados, que passou a ser responsável por sua segurança.
Além de exímios espadachins, esses soldados também usavam carabinas e eram
chamados de "carabineiros". O desenvolvimento do mosquete, uma arma
mais avançada, mudou o nome do grupo. "Quando Luís XIII subiu ao trono da
França (em 1610), ordenou que os carabineiros fossem armados com mosquetes.
Então, esses soldados se tornaram conhecidos como mosqueteiros", diz a
historiadora americana Chris Hoopes. Ela ressalta, porém, que jamais foi
encontrado um documento oficial se referindo a uma tropa especial com o nome de
mosqueteiros. O que existe, na verdade, são evidências históricas sobre esses
guardas reais.
No começo, a tropa tinha só 100 homens, que recebiam treinamento em
esgrima, tiro ao alvo e táticas de combate, além de aulas sobre a refinada
etiqueta da corte francesa. Ao longo dos séculos seguintes, o grupo cresceu ou
foi dissolvido ao sabor das intrigas políticas da França. "Os mosqueteiros
só deixaram de existir em 1815", diz Hoopes. No mesmo século 19, mas três
décadas após o desaparecimento da famosa unidade, ela foi imortalizada no livro
Os Três Mosqueteiros, publicado em 1844 pelo romancista francês Alexandre
Dumas. "Essa obra pertence ao gênero romance histórico. Ou seja, é baseada
em fatos reais, os personagens existiram, mas o autor cria eventos que são
frutos de sua imaginação", afirma a historiadora Vera Vieira, da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Todos por um
- Símbolo do
grupo era alusão a um rei francês
1. MANTO
No início, os mosqueteiros usavam mantos azuis, com seu símbolo bordado
na frente e atrás. Como o manto atrapalhava os movimentos em combate, ele foi
posteriormente substituído por uma jaqueta justa de tecido grosso
2. FAIXA
Feita de couro ou de pano, atravessava o peito do espadachim e servia
para pendurar pequenas bolsas com projéteis - balas redondas de ferro, pesando
60 gramas
3. SÍMBOLO
O emblema que passou a identificar os mosqueteiros era bordado com fios
dourados e prateados. A cruz com flores-de-lis sobre um sol estilizado era uma
alusão ao símbolo de Luís XIV, chamado de "Rei Sol"
4. MOSQUETE
A arma que dava nome ao grupo militar era carregada pela boca e tinha
que ser apoiada numa forquilha para disparar. O mosquete media quase 2 metros
de comprimento, pesava 9 quilos e atirava projéteis a 160 metros de distância.
Sua precisão, porém, era mínima
5. ACESSÓRIOS
Entre os
acessórios usados pelo mosqueteiro estava um chifre de boi, que servia como
recipiente para pólvora. Ele costumava ser pendurado num cinto de couro, onde
podiam ficar presas também as bainhas de um punhal e da espada
Extraído do
Blog Mundo Estranho
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