Esculturas
Escavações
levadas a cabo em diversos sítios arqueológicos atestam que desde eras
pré-históricas era conhecida a prática e a arte de trabalhar o marfim. Os povos
que habitavam a Bacia do Mediterrâneo, todos eles, executaram, em marfim,
estatuetas e toda espécie de objetos, quer decorativos, quer utilitários, e
isso desde tempos imemoriais.
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Já os gregos
primitivos cobriam suas esculturas de madeira, em parte com uma lâmina de ouro,
em parte com marfim finamente cinzelado. O ouro servia para a representação de
vestimentas, cujas dobras e pregueados reproduziam mais convincentemente que
qualquer outro material, enquanto em marfim representava-se a carne humana.
Essa espécie particular de escultura em ouro e marfim, que sob Péricles, no
século V A.C., atingiria seu apogeu, denominava-se criselefantina.
Nos inícios
da Era Cristã, a escultura em marfim foi praticada, sobretudo no Egito e na
Síria. Mais tarde caiu em esquecimento, renascendo com os bizantinos em marfim
a partir do século VI, e até ao XII.
No século
XIII, coube à França, retomar a arte do marfim. Em Paris, principalmente, foram
trabalhadas peças notáveis, tanto religiosas quanto profanas.
A Renascença
desprezou inteiramente a escultura em marfim, que foi todavia reposta pelos
artistas barrocos.
No Brasil, o
marfim apareceu durante o século XVIII, trazidos por navios oriundos do
Oriente. O grande centro da escultura em
marfim, no Brasil, foi a Bahia (Salvador): a maior parte das imagens religiosas
brasileiras, executadas nesse material são baianas e datam exatamente do século
XVIII. Em muitas o marfim é utilizado parcialmente, apenas para a confecção de
pés, mãos, rostos, etc., sendo as outras partes elaboradas em madeira.
O Museu de Arte Sacra da Bahia (em
Salvador) possui em exposição permanente várias peças esculpidas em marfim e
madeira.
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