quarta-feira, 2 de julho de 2014

A HISTÓRIA DO MARFIM

Esculturas


Escavações levadas a cabo em diversos sítios arqueológicos atestam que desde eras pré-históricas era conhecida a prática e a arte de trabalhar o marfim. Os povos que habitavam a Bacia do Mediterrâneo, todos eles, executaram, em marfim, estatuetas e toda espécie de objetos, quer decorativos, quer utilitários, e isso desde tempos imemoriais.



Já os gregos primitivos cobriam suas esculturas de madeira, em parte com uma lâmina de ouro, em parte com marfim finamente cinzelado. O ouro servia para a representação de vestimentas, cujas dobras e pregueados reproduziam mais convincentemente que qualquer outro material, enquanto em marfim representava-se a carne humana. Essa espécie particular de escultura em ouro e marfim, que sob Péricles, no século V A.C., atingiria seu apogeu, denominava-se criselefantina. 


Nos inícios da Era Cristã, a escultura em marfim foi praticada, sobretudo no Egito e na Síria. Mais tarde caiu em esquecimento, renascendo com os bizantinos em marfim a partir do século VI, e até ao XII.
No século XIII, coube à França, retomar a arte do marfim. Em Paris, principalmente, foram trabalhadas peças notáveis, tanto religiosas quanto profanas.


A Renascença desprezou inteiramente a escultura em marfim, que foi todavia reposta pelos artistas barrocos.


No Brasil, o marfim apareceu durante o século XVIII, trazidos por navios oriundos do Oriente. O grande centro da escultura em marfim, no Brasil, foi a Bahia (Salvador): a maior parte das imagens religiosas brasileiras, executadas nesse material são baianas e datam exatamente do século XVIII. Em muitas o marfim é utilizado parcialmente, apenas para a confecção de pés, mãos, rostos, etc., sendo as outras partes elaboradas em madeira.

O Museu de Arte Sacra da Bahia (em Salvador) possui em exposição permanente várias peças esculpidas em marfim e madeira.

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