Monumento arquitetônico histórico
O Arco do Triunfo (francês: Arc
de Triomphe) é um monumento,
localizado na cidade de Paris,
construído em comemoração às vitórias militares do Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a
monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em
sua base, situa-se o Túmulo do soldado desconhecido (1920).
O arco localiza-se na Praça Charles de Gaulle, no encontro das
avenidas Charles de Gaulle e Champs-Élysées. Nas extremidades das avenidas encontram-se a
Praça da Concórdia e na outra La Defense.
Iniciado em 1806, após a
vitória napoleônica em Austerlitz, o Arc de Triomphe representa,
em verdade, o enaltecimento das glórias e conquistas do Primeiro Império Francês, sob a liderança de Napoleão Bonaparte –
seja este oficial das forças armadas, esteja ele dotado da eminente insígnia
imperial. A obra, no entanto, foi somente finalizada em 29 de julho de 1836, dada a
interrupção propiciada pela derrocada do império (1815). Com
50 metros de altura, o
monumental arco tornou-se, desde então, ponto de partida ou passagem das
principais paradas militares, manifestações e, claro, visitas turísticas.
Arc de Triomphe ao entardecer
Diversos
elementos arquitetônicos são dignos de detida e fiel observação. Trinta
medalhões, localizados sob a bela cornija, fazem, cada qual, referência a
importantes batalhas travadas pelo exército francês, dentre as
quais Aboukir, Ulm, Austerlitz, Jena, Friedland e Moscou. O friso,
por sua vez, retrata a partida (fachada leste) e o retorno (fachada oeste) das
tropas imperiais, visto que estas conflitaram em diversas regiões do continente
europeu.
Um do inúmeros
medalhões em relevo existentes no monumento
Na fachada leste, os baixo-relevos aludem à batalha de Aboukir e à morte
do general Marceau. À esquerda, situa-se o Triunfo de Napoleão. Este belo
alto-relevo, de Cortot, representa a paz e a conquista napoleônica,
alcançados pela celebração do Tratado de Viena (1810). Na
alegoria, o imperador francês é coroado pela Vitória e reverenciado pela extinta Monarquia. À
direita, situa-se a Partida dos Voluntários de 1792 (obra
de François Rude), aptos a defender a recém-instaurada e
revolucionária República. A liberdade, aqui, é representada pela guerreira e
valente mulher, a comandar e a incitar o povo francês. Na fachada oeste, os
alto-relevos impressionam pela intensa carga emotiva. Verifica-se a submissão do povo ao Estado e a crença, pelos populares, na vitória das
forças armadas.
Interior do Arco do Triunfo.
No interior dos arcos menores, encimados por interessantes alegorias à
marinha, à infantaria e a outras guarnições, constam gravados inúmeros nomes de
importantes oficiais franceses, assim como diversas localidades nas quais se
travaram decisivas batalhas no âmbito do expansionismo francês – Toulouse, Lille, Luxemburgo, Düsseldorf,Maastricht, Nápoles, Madrid, Porto, foz
do rio Douro e Cairo, por
exemplo. No solo, situa-se o memorável Túmulo do soldado desconhecido ("Ici
repose un soldat français mort pour la patrie"). As cinzas do incógnito
combatente francês, morto durante os sangrentos conflitos da Primeira Guerra Mundial, ali repousam
desde 1920.
Projetado
por Jean Chalgrin, o Arco do Triunfo é, ainda e desde sempre, símbolo
do patriotismo e orgulho francês.
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