História:
estudantes idealistas, sem subsídios e compromissos com governos
Maio de 1968, o
estudante Daniel Marc Cohn-Bendit com Alan Geismar e Jacques
Sauvageot, foram os protagonistas do episódio
Em Maio de 1968 (mais referido como Maio de 68) uma greve
geral estala na França. Rapidamente adquire significado e proporções revolucionárias, mas é desencorajada pelo Partido Comunista Francês, de orientação Stalinista, e finalmente suprimida pelo governo, que acusa os Comunistas de tramarem contra a República.
Alguns
filósofos e historiadores afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento
revolucionário mais importante do século
XX, porque não se deveu a uma camada restrita da
população, como trabalhadores ou minorias, mas a uma insurreição popular que
superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe.
Começou
como uma série de greves estudantis que irromperam em algumas universidades e escolas de ensino secundário em Paris, após confrontos com a administração e a polícia. A tentativa do
governo gaullista de esmagar essas greves com mais ações policiais no Quartier
Latin levou a uma escalada do conflito que culminou numa greve geral de
estudantes e em greves com ocupações de fábricas em toda a França, às quais
aderiram dez milhões de trabalhadores, aproximadamente dois terços dos
trabalhadores franceses. Os protestos chegaram ao ponto de levar o general de
Gaulle a criar um quartel general de operações militares para obstar à
insurreição, dissolver a Assembleia Nacional e marcar eleições parlamentares para 23 de
Junho de 1968.
O
governo estava em vias de colapso (de Gaulle chegou a refugiar-se
temporariamente numa base da força aérea na Alemanha), mas a situação revolucionária dissipou-se quase tão rapidamente
quanto havia surgido. Os operários voltaram ao trabalho, seguindo a direção da Confédération Générale du Travail, a federação sindical de esquerda, e do Partido Comunista Francês (PCF). Após as eleições, em Junho, o partido Gaullista emergiu
ainda mais poderoso do que antes.
A
maioria dos insurretos eram adeptos de ideias esquerdistas, comunistas ou anarquistas. Muitos viam os eventos como uma oportunidade para sacudir os
valores da "velha sociedade", contrapondo ideias avançadas sobre a educação, a sexualidade e o prazer. Entre eles, uma pequena minoria, como o Ocidente, professava ideias de direita.
Um
filme de Bernardo Bertolucci, Os
Sonhadores, narra a história de três jovens que,
durante o Maio de 1968, veem a revolução acontecer pela janela do quarto. No
extras de um DVD do filme há um documentário sobre a época.
Daniel Marc Cohn-Bendit (Montauban, 4 de abril de 1945) é um
político francês de
nacionalidade alemã do
partido ecologista Die Grünen, foi deputado europeu e co-presidente do grupo parlamentar Grupo
dos Verdes/Aliança Livre Europeia. Foi líder estudantil protagonista da
massiva movimentação popular em maio de 1968 em Paris.
Cohn-Bendit fala perfeitamente o francês e o alemão.
Daniel Cohn
Daniel Cohn-Bendit nasceu na França, filho de
judeus alemães refugiados na França em 1933 fugidos do Nazismo. Aos 14
anos, optou pela nacionalidade alemã porque, segundo ele, não queria se
sujeitar ao serviço militar francês.
Membro da Federação
Anarquista, e depois do movimento "Negro e Vermelho", ele se definiu
mais tarde como liberal-libertário. Em 1967, enquanto é estudante de Sociologia da Universidade de Nanterre, começa o movimento de contestação que levará ao Movimento de 22 de
Março em 1968. É colocado na "lista negra" dos estudantes da
faculdade. Na sequência da evacuação das salas pela polícia em 2 de maio, está
entre os estudantes que ocupam a Sorbonne em 3 de maio. Será, junto com Alan Geismar e Jacques Sauvageot,
uma das principais figuras de Maio de 68. Em 21 de maio, enquanto está em Berlim, é proibido de retornar à França. Em 28 de maio, com o cabelo tingido e
óculos escuro, volta para Sorbonne, onde é aclamado. O slogan "Somos todos
judeus alemães" demonstra o apoio dos jovens a quem a imprensa chama de
"Dany, o vermelho".
Em 2010 declarou apoio à candidatura de Marina Silva a
presidência do Brasil. No
segundo turno das eleições assinou documento em apoio à candidatura de Dilma Rousseff. O
documento dizia que "por trás de José Serra, a direita
brasileira vem mobilizando tudo o que há de pior em nossas sociedades"
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