História
O Museu Nacional dos Coches localiza-se
junto ao rio Tejo, na Praça Afonso de Albuquerque, na freguesia de Santa
Maria de Belém, em Lisboa, Portugal.
Era
antigamente uma escola de arte equestre, o Picadeiro Real
do Palácio de Belém, construída pelo arquiteto italiano Giacomo Azzolini, em1726. Em 1905, foi transformado num museu pela rainha D.
Amélia, esposa do rei D. Carlos, sob o nome Museu dos Coches
Reais que, após o golpe republicano, teve o seu nome alterado.
É o museu
da rede pública mais visitado de Portugal. Em 2008
recebeu 228 570 visitantes, em 2009 197,7 mil visitantes. Em 2013 recebeu
189.015 visitantes (o núcleo de Vila Viçosa recebeu 8.276). Em 2014 recebeu um
total de 206.887 visitantes.
Feitos em Portugal, Itália, França, Áustria e Espanha,
os coches abrangem três séculos e vão dos mais simples aos mais sofisticados. A galeria
principal, no estilo Luís XVI, é ocupada por duas filas de coches
construídos para a realeza portuguesa. A coleção começa pelo coche de viagem de Filipe
II de Portugal (III de Espanha), de madeira e couro negro,
do século XVII. Os coches são forrados a veludo vermelho e ouro, com
exteriores esculpidos e decorados com alegorias e as armas reais,
trabalho denominado talha dourada.
As filas terminam com três enormes coches barrocos feitos
em Roma para o embaixador português no Vaticano D.
Rodrigo Almeida e Menezes, futuro marquês de Abrantes, em embaixada enviada ao
papa Clemente XI a mando do rei D.João V. Estes coches têm
interiores luxuosos e esculturas douradas em tamanho natural, durante
muitos anos nenhum monarca europeu enviou embaixadas ao Vaticano por não se
conseguir igualar tamanha magnitude.
Destacam-se ainda, entre outros, os Coches da
Coroa, de D João V e a Carruagem da Coroa, mandada executar por D João VI,
quando regressou do Brasil e que foi utilizado pelos dois últimos reis nas suas
aclamações.
A galeria seguinte tem outros exemplos de
carruagens reais, incluindo cabriolés de duas rodas e berlindas da
Família Real. Têm também uma sege, veículo considerado o primeiro táxi de
Lisboa, pintado de preto e verde, as cores dos táxis até à década de 90. Esta
sege do século XVIII, com janelas que parecem óculos, foi fabricada
durante a época de Pombal. A galeria superior exibe arneses, trajos da corte e
retratos a óleo da família real.
O último
coche deste museu que foi utilizado foi a Carruagem da Coroa, quando da visita
de Isabel II de Inglaterra a Portugal, em 1957.
O Museu Nacional dos Coches possui ainda um anexo
no Paço Ducal de Vila Viçosa, onde veem-se algumas viaturas de aparato,
sendo o seu forte viaturas de campo, caça e passeio. Estava em Vila Viçosa o
landau onde foram assassinados o rei D.Carlos I e seu filho o
príncipe herdeiro Luís Filipe, onde se podem observar os buracos de bala feitos
no atentado de 1908. Este veículo encontra-se, desde 2008, no
Museu em Lisboa.
Adjudicado durante o Governo de José
Sócrates e finalizado em 2012, o projeto de construção do novo Museu dos
Coches destinou-se à execução das contrapartidas do Casino Lisboa, num
investimento de 35 milhões de euros.
Está construído o novo edifício, nos terrenos das
antigas Oficinas Gerais do Exército, na zona de Belém ocupando mais de 15 mil
metros quadrados.
O projeto é do arquiteto brasileiro Paulo
Archias Mendes da Rocha e parte das suas reservas já estão na nova
estrutura, onde também já estão depositados os materiais do centro de
documentação e biblioteca do atual museu.
As obras começaram em Março de 2009 com demolições
de edifícios, na Avenida da Índia até aquela data ocupados pelo Instituto
de Gestão do Património Arquitetônico e Arqueológico.
A 1.ª pedra foi lançada a 1 de Fevereiro de 20104 ,
com um prazo previsto de 2 anos.
O novo edifício tem uma área bruta de construção de
12.000 metros quadrados distribuídos entre área de exposição (7.500 metros
quadrados) e áreas complementares (incluindo um auditório e oficinas de
manutenção e conservação dos coches).
Tem ainda a existência de 7.500 metros quadrados
destinados a estacionamento e ainda uma área de espaços exteriores de 13.500
metros quadrados.
O valor global da obra (sem IVA) é de 27 milhões de
euros, verba que foi paga com as receitas provenientes do Casino de Lisboa.
Em abril de 2012 foi anunciado que o novo Museu dos
Coches deverá estar concluído em finais de 2013, mantendo-se um polo no antigo
edifício onde o espólio agora se encontra.
Em Março de 2013 foi anunciado pelo secretário de
Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier que o novo edifício do Museu dos Coches
vai abrir ao público na segunda metade de 2014.
Em outubro de 2013, o secretário de Estado da
Cultura, Jorge Barreto Xavier, considerou que o novo Museu dos Coches “foi um
erro, não é prioritário” e precisou que até ao momento, o novo museu custou ao
Estado 189 mil euros, estimando que até ao final de 2013 o edifício – fechado -
custe ao erário público entre 200 e 300 mil euros. Valores que contrastam com
os custos anuais de abrir o museu: três milhões de euros.
No edifício antigo, o museu custa menos de um
milhão de euros por ano e tem receitas inferiores a 500 mil euros/ano .
O novo edifício do Museu dos Coches abrirá ao
público a 22 de maio de 2015, data em que o museu celebra 110 anos, afirmou em janeiro
de 2015 o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
A transferência dos coches do atual Museu Nacional
para o seu novo edifício começou na em 23 de março de 2015 e o primeiro coche a
ser transferido foi o Landau do Regicídio.
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