História universal
O Templo
de Karnak ou Carnaque tem este nome devido a uma aldeia
vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era
conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares").
Designa o templo principal destinado ao Deus Amon-Rá, como também tudo o que permanece do enorme complexo de
santuários e outros edifícios, resultado de mais de dois mil anos de
construções e acréscimos. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 km.
Existiam várias avenidas que faziam a ligação entre o Templo de Karnak, o Templo de Mut (esposa de Amon) e o Templo de Luxor. Além disso, não muito
longe, fica o templo de Montu, sendo que o de Khonsu (um dos templos mais bem conservados
do Egito) está dentro do próprio
complexo.
Foi iniciado por volta de 2200 a.C. e
terminado por volta de 360 a.C. O Templo de Karnak era naquela altura o
principal local de culto aos deuses de Tebas,
entre os quais: Amon, Mut e Khonsu, atingiu o seu apogeu durante a
XVIII dinastia, após a eleição de Tebas para capital do Egito. No maior templo do Egito nenhum pormenor
era descurado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000
pessoas. O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos,
antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias.
Atualmente é um dos locais mais procurados pelos turistas que
visitam o Egipto e pode ser admirado à noite um espetáculo de luz e som.
Os monumentos de Karnak, à margem
direita do Nilo, no Alto Egito, próximo a Luxor, integrando sítio histórico de
Tebas, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito, embora não poucas de suas
construções hajam desaparecido, por efeito da pilhagem secular de que foram
vítimas. Vestígios do Médio
Império atestam a importância de Karnak já a essa época histórica. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se
manteve como centro religioso do Império:
seu deus (sob a forma solarizada de Amon-Ra)
e seus sacerdotes adquirem um poder prodigioso, que chega a ameaçar a própria
instituição faraônica.
A construção mais importante do
conjunto de Karnak é o grande templo de Amon-Ra,
cujo plano, muito complexo, testemunha numerosas vicissitudes da história dos
faraós. O grande eixo Leste-Oeste é balizado por uma série de pátios e pilones;
medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipostila encerra verdadeira floresta de 134
colossais colunas em forma de enormes papiros. Com 21m de altura e diâmetro
de 4 m, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão de peso; os
nomes de Sethi I e Ramsés
II aí se veem inscritos,
repetidos indefinidamente. Numerosos edifícios secundários completam o grande
templo de Amon-Ra: capelas de Osíris, templo de Ptah, templo de Opeth etc. A parte S do complexo é chamada Luxor. Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20
anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe
da Ásia. Esfinges de pedra,
ao longo do eixo principal, parecem guardar as ruínas, na fímbria do deserto.
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