Cidade / Educação
Por
Yuri
Abreu
A
crise nas universidades federais do Brasil também está presente na maior
instituição de ensino do estado, a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A situação se agravou após um decreto
publicado em janeiro que determinava o corte de um terço das verbas pelo
governo da Presidente Dilma Rousseff. Estudantes chegaram a se queixar em
atrasos mensais nos auxílios moradia e alimentação.
Além disso, bolsas como as da Proext
(Pró-Reitoria de Extensão), que atende aos alunos dos cursos de extensão da
Universidade chegaram a ficar em atraso durante três meses em 2014, sem contar
os salários dos funcionários terceirizados que, segundo eles, foram pagos no
último dia 20. Outras queixas por parte dos
universitários são com relação às condições de alguns prédios como o Pavilhão
de Aulas 3 (PAF-3), em Ondina, e o Instituto de Letras, no mesmo campus.
“Alguns deles estão reclamando,
principalmente, da falta de aparelhos de ar condicionado. Em algumas salas há
apenas ventiladores”, comentou a estudante do 9º semestre do curso de
Bacharelado Interdisciplinar em Artes, Ive Oliveira. Ela, que é bolsista do
Proae (Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil) – que dá
auxilio a estudantes da própria Universidade –, teme que essa situação atual da
instituição venha a prejudicar o benefício que recebe. “Houve até, desta vez,
um pequeno atraso de cinco dias no pagamento da bolsa neste mês. Mas, pra gente
que depende deste auxílio e tem contas a pagar, fica uma preocupação no ar”,
salientou.
GARANTIAS
No entanto, apesar da situação de dificuldade que vive as universidades federais, o vice-reitor da UFBA, Paulo César Miguez de Oliveira, garantiu que a instituição vai manter o apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil. “Mesmo com as medidas na redução dos gastos, faremos o possível para que estas atividades essenciais não sejam comprometidas. Temos essa responsabilidade para com os alunos. É um momento em que conclamamos a comunidade universitária a avançar na questão da racionalização dos recursos”, disse.
No entanto, apesar da situação de dificuldade que vive as universidades federais, o vice-reitor da UFBA, Paulo César Miguez de Oliveira, garantiu que a instituição vai manter o apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil. “Mesmo com as medidas na redução dos gastos, faremos o possível para que estas atividades essenciais não sejam comprometidas. Temos essa responsabilidade para com os alunos. É um momento em que conclamamos a comunidade universitária a avançar na questão da racionalização dos recursos”, disse.
Com
relação a eventuais demissões de servidores terceirizados, Oliveira diz que a
situação vai depender do tipo de ajuste que for feito junto às empresas que
prestam serviços a universidade. “Vamos também fazer de uma forma que não haja
prejuízo a eles. Estamos em um momento de alerta com relação à saúde
financeira, não só na UFBA como em outras federais pelo Brasil. Por isso o
momento é de reduzir o consumo e, por sua vez, as despesas”, ressaltou.
Em
carta aberta publicada na noite da última segunda-feira, a instituição informou
que a restrição de recursos será mantida ao longo do ano. Serviços como água,
energia elétrica, telefonia, serviço de correios, passagens, diárias,
homenagens e apoio a eventos sofrerão com corte de gastos. Uma comissão foi
criada para analisar a situação econômica da universidade e deve concluir seus
trabalhos no mês de abril.
NORMALIZAÇÃO
Através de nota, o Ministério da Educação (MEC), informou que com o objetivo de garantir o pleno funcionamento dos serviços prestados pelas Universidades e Institutos Federais, o Governo Federal autorizou a liberação de 1/12 dos recursos destinados às instituições federais já a partir deste mês. A medida permitirá que as instituições, que têm autonomia para gerir seus recursos, normalizem seus calendários de pagamento do custeio e investimentos.
Através de nota, o Ministério da Educação (MEC), informou que com o objetivo de garantir o pleno funcionamento dos serviços prestados pelas Universidades e Institutos Federais, o Governo Federal autorizou a liberação de 1/12 dos recursos destinados às instituições federais já a partir deste mês. A medida permitirá que as instituições, que têm autonomia para gerir seus recursos, normalizem seus calendários de pagamento do custeio e investimentos.
Ainda
de acordo com o comunicado, o MEC ressalta ainda que está em diálogo permanente
com as Universidades e Institutos para trabalhar em parceria e esclarecer
eventuais dúvidas. Até março desse ano, foram repassadas as Universidades e aos
Institutos, R$ 1,4 bilhões para as atividades de custeio e investimento.
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