ENTRETENIMENTO
O som das ruas da Bahia será preservado
Foto: Divulgação
Os
instrumentistas baianos Márcio Brasil, Gustavo Di Dalva e Cara de Cobra
começaram a idealizar o projeto no início de 2014, poucos meses depois os
ensaios já estavam acontecendo e dessa forma a Groovada passou a ganhar vida.
Filhos do Olodum e da Timbalada, os percussionistas já tocaram juntos com
artistas como Luiz Caldas, Gilberto Gil e Ivete Sangalo.
Eles
enxergam a Groovada como uma forma de resgatar o movimento de percussão de rua
em Salvador e dar continuidade ao que os mestres Neguinho do Samba, Jackson,
Prego e tantos outros construíram na formação dos grandes percussionistas
brasileiros da atualidade.
Criar
ritmos e trazer de volta o uso de instrumentos percussivos afro baianos, que
estão sendo deixados de lado, são alguns dos objetivos da Groovada. A bateria
percussiva funciona como uma espécie de laboratório, que incialmente foi
divulgado apenas através da internet, e já ensaia com cerca de 50
percussionistas, curiosos e iniciantes no Largo Santo Antônio, no bairro do
Barbalho.
Inspirada
em baterias como do Lordes, Coruja, Badauê, Muzenza, Ilê Ayê, Comanche, Apache
do Tororó, Gigantes de Bagdá, Olodum, Timbalada, Bragadá, entre outras, a
Groovada tem a intenção de contribuir e levar adiante a ideia de escola de
percussão de rua para outras gerações, não deixando esse movimento cair no
esquecimento, nem perder as suas origens.
Além
da formação de rua, a Groovada já está ensaiando e gravando com uma banda de
palco, composta por: voz, gaita, viola caipira, viola machete, teclado, dez
percussionistas e bateria. Samyres Fonseca é o nome da vocalista da Groovada.
Ela
começou a cantar aos seis anos, quando já ouvia o inesquecível Michael Jackson.
Aos 10 aprendeu a tocar violão, aos 14 fez o seu primeiro show profissional na
Praça de Serrinha (BA) e de lá pra cá não parou mais.
Cantou
em bandas de forró da região, montou um trio que se chamava Soul Black, foi
passar uma temporada em Camaçari, também na Bahia, seguiu para Morro de São
Paulo e pouco tempo depois gravou o seu primeiro CD. Aos 21 anos foi viver
novas e enriquecedoras experiências com a música na Alemanha. E agora está
dando voz ao projeto Groovada.
As
gravações resultaram em um CD com sete canções inéditas e autorais. “Don’t
Cry”, "Balde d'Água", "Sinto sol", "Virou amor",
"Dengo", "Afro dendê" e "Acordo e rezo” estão no set
list do disco, que tem a produção musical de Márcio Brasil, Gustavo Di Dalva e
Cara de Cobra, idealizadores da Groovada.
No repertório dos shows, que devem começar a
acontecer em abril, o Grupo pretende resgatar a Bahia antiga e acertar na
linguagem abordada também através de canções de Lazzo, Moraes Moreira, Olodum,
Muzenza e Ilê Ayê.
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