quinta-feira, 26 de março de 2015

GROOVADA CHEGA PARA RESGATAR A CULTURA DOS TAMBORES DA BAHIA

ENTRETENIMENTO

O som das ruas da Bahia será preservado

                                                       Foto: Divulgação

 Os instrumentistas baianos Márcio Brasil, Gustavo Di Dalva e Cara de Cobra começaram a idealizar o projeto no início de 2014, poucos meses depois os ensaios já estavam acontecendo e dessa forma a Groovada passou a ganhar vida. Filhos do Olodum e da Timbalada, os percussionistas já tocaram juntos com artistas como Luiz Caldas, Gilberto Gil e Ivete Sangalo.
Eles enxergam a Groovada como uma forma de resgatar o movimento de percussão de rua em Salvador e dar continuidade ao que os mestres Neguinho do Samba, Jackson, Prego e tantos outros construíram na formação dos grandes percussionistas brasileiros da atualidade.
Criar ritmos e trazer de volta o uso de instrumentos percussivos afro baianos, que estão sendo deixados de lado, são alguns dos objetivos da Groovada. A bateria percussiva funciona como uma espécie de laboratório, que incialmente foi divulgado apenas através da internet, e já ensaia com cerca de 50 percussionistas, curiosos e iniciantes no Largo Santo Antônio, no bairro do Barbalho.
Inspirada em baterias como do Lordes, Coruja, Badauê, Muzenza, Ilê Ayê, Comanche, Apache do Tororó, Gigantes de Bagdá, Olodum, Timbalada, Bragadá, entre outras, a Groovada tem a intenção de contribuir e levar adiante a ideia de escola de percussão de rua para outras gerações, não deixando esse movimento cair no esquecimento, nem perder as suas origens.

Além da formação de rua, a Groovada já está ensaiando e gravando com uma banda de palco, composta por: voz, gaita, viola caipira, viola machete, teclado, dez percussionistas e bateria. Samyres Fonseca é o nome da vocalista da Groovada.
Ela começou a cantar aos seis anos, quando já ouvia o inesquecível Michael Jackson. Aos 10 aprendeu a tocar violão, aos 14 fez o seu primeiro show profissional na Praça de Serrinha (BA) e de lá pra cá não parou mais.
Cantou em bandas de forró da região, montou um trio que se chamava Soul Black, foi passar uma temporada em Camaçari, também na Bahia, seguiu para Morro de São Paulo e pouco tempo depois gravou o seu primeiro CD. Aos 21 anos foi viver novas e enriquecedoras experiências com a música na Alemanha. E agora está dando voz ao projeto Groovada.
As gravações resultaram em um CD com sete canções inéditas e autorais. “Don’t Cry”, "Balde d'Água", "Sinto sol", "Virou amor", "Dengo", "Afro dendê" e "Acordo e rezo” estão no set list do disco, que tem a produção musical de Márcio Brasil, Gustavo Di Dalva e Cara de Cobra, idealizadores da Groovada.
No repertório dos shows, que devem começar a acontecer em abril, o Grupo pretende resgatar a Bahia antiga e acertar na linguagem abordada também através de canções de Lazzo, Moraes Moreira, Olodum, Muzenza e Ilê Ayê.

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