GIOVOVANNI BELLINI
“A Festa dos Deuses - Giovanni Bellini - 1514 (National Gallery of Art of Washington).
Giovanni Bellini, também
chamado em sua terra natal de Giambellino, (Veneza, c. 1430 - idem, 1516) foi
um pintor do Renascimento. O mais famoso de uma família de pintores de mesmo
sobrenome, era cunhado e amigo de Mantegna, e teve Tiziano entre seus
aprendizes. É considerado como renovador da pintura da escola veneziana,
movendo-a para um estilo mais sensual e policromático. Pelo uso de cores claras
de lenta secagem, Bellini criou sombras detalhadas, profundidade e ricos
coloridos. Suas fluentes e coloridas paisagens tiveram um grande efeito no seu
tempo.
Sua última obra foi Festa
dos Deuses, para o duque Afonso de Ferrara, mas morreu antes de terminar,
tarefa legada a seu pupilo Tiziano (1490-1576).
A pintura é de tal modo
delicada que os seus contornos são praticamente imperceptíveis, o que revela a
criatividade e o talento de Bellini aos 88 anos de idade.
DIEGO VELÁZQUEZ
“A rendição de Breda, A tomada de Breda ou
As lanças é um óleo sobre tela, pintado antes de 1635 por Diego Velázquez, que
se encontra exposta no Museu do Prado, Madrid.
Para entender esta obra
de Velázquez do um ponto de vista histórico tem que remontar-se um pouco ao que
estava a suceder no final do século XVI e início do XVII. Os Países Baixos
(liderados pelo seu nobre mas importante, Guilherme de Orange) estavam imersos
na Guerra dos Oitenta Anos ou guerra de Flandres, na qual lutavam pela
independência da Espanha.
Em 1590, com Maurício,
príncipe de Orange (quarto filho de Guilherme) como estatúder das Províncias
Unidas dos Países Baixos, a cidade de Breda foi tomada pelos holandeses. A
trégua dos doze anos manteve o país em calma entre 1609 e 1621. Quando o rei da
Espanha Filipe IV subiu ao trono em 1621, a trégua expirou e a guerra
recomeçou. A intenção de Filipe IV era recuperar esta cidade tão importante da
qual poderia manobrar-se para outras conquistas.
Filipe IV nomeou como
chefe supremo da expedição à Breda seu melhor estrategista ao seu serviço
naquela época, o aristocrata genovês Ambrósio de Spinola, que se pôs no comando
de 30.000 homens, ademais dum bom número de generais espanhóis, como os famosos
militares marquês de Leganés e D. Carlos Coloma.
A cidade de Breda era
defendida por Justino de Nassau, da casa de Orange. O cerco à cidade foi uma
lição de estratégia militar.
As crônicas da época
contam que a defesa de Breda chegou a ser heróica, mas finalmente a guarnição
teve que se render. Justino de Nassau capitulou a 5 de Junho de 1625. Foi uma
capitulação honrosa que o exército espanhol reconheceu como tal, admirando no
seu inimigo a valentia dos assediados.
Velázquez desenvolve o
tema sem vanglória nem sangue. Os dois protagonistas estão no centro da cena e
parecem dialogar mais como amigos do que como inimigos. Justino de Nassau
aparece com as chaves de Breda na mão e faz ademão de ajoelhar-se, o qual é
impedido pelo seu adversário que põe uma mão sobre seu ombro para evitar que se
humilhe. Neste senso, é uma ruptura com a tradicional representação do herói
militar, que costumava representar-se erguido sobre o derrotado, humilhando-o.
Igualmente afasta-se do hieratismo que dominava os quadros de batalhas.”
EMANUEL
GOTTLIEB LEUTZ
"Washington cruzando o Delaware", 1851, é uma obra
do pintor alemão Emanuel Gottlieb Leutze e está exposta no Metropolitan Museum
de Nova Iorque.
É para o denodo e para a
bravura do líder inconteste que Leutze aponta, ao armar a cena em que George
Washington que se mantém em pé sobre a frágil e instável embarcação, em pose de
destemor, tão firme e pomposa quanto a presença do pavilhão ao seu lado.
Emanuel Gottlieb Leutze
foi levado de sua cidade natal Schwäbisch Gmünd, Württemberg, na Alemanha para
os Estados Unidos ainda criança. Morreu em 1954, em Washington, D.C, aos 53
anos de vida.”
PIERO
DELLA FRANCESCA
“A representação de uma
imagem que lembra um retrato, a natureza em sua volta, o nu, o uso de
técnicas de perspectiva, a criação do volume na pintura e a representação
de um período medieval em "O Batismo de Cristo" são características
fortes do autor dessa obra, o matemático e artista italiano Piero
Della Francesca (1416-1492).
Piero fez parte do Quattrocento,
nome dado à segunda fase do movimento Renascentista italiano. Ele foi um dos
responsáveis pela consolidação das técnicas da perspectivas na pintura e era
profundamente religioso.
A obra foi concluída em
1445 e está exposta no National Gallery, em Londres. Originalmente era o painel
central de um grande tríptico. Piero usou a paisagem da região da Úmbria na
pintura, na Itália central.”
PIERRE-AUGUSTE RENOIR
“As
grandes banhistas – Pierre- Auguste Renoir - 1887, Philadelphia Museum of Art, em
Filadélfia.
Desde o princípio sua obra
foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não
faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de
porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir
realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente
impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve
um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para
uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde
retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira,
com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade.
Em 1881, Renoir passaria
a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois à Itália. Na Itália,
Renoir conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. O que mais
lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael. A viagem foi
uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista
em grande estilo renascentista.
As figuras de suas obras
tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da
mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos,
formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias. Esse novo período em sua
arte, ele chamou de período Ingres. Nesta nova fase não houve mais espaço para
pintura ao ar livre.
Renoir começaria a
realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes
banhistas" que só ficou pronta em 1887.”
EDVARD MUNCH
“Edvard Munch (1863 - 1944) foi um dos poucos pintores escandinavos a ter sucesso
mundial. Influenciado por Bosch, Bruegel, El Greco, Van Gogh e Goya, tornou-se
o gigante do expressionismo, estilo que representa as sensações subjetivas
d`alma, as expressões (e não impressões) transmitidas a realidade objetiva.
O
quadro "A dança da vida" (1899-1900) é quase uma narrativa em forma
de pintura. Duas figuras femininas cercam um casal completamente alheio ao que
acontece ao redor. A mulher de branco da esquerda é jovem e simboliza a pureza
do primeiro amor, virgem como a cor branca que seu vestido indica. A da
direita, mais velha e vestida de preto, simboliza a perda das ilusões amorosas
que vem com a experiência. A obra está exposta no Museu Munch, em Oslo.”
“François
Boucher nasceu em Paris, em 1703, e morreu ali mesmo em 1770. O pintor foi um
dos principais artistas decorativos de sua época. Embora tenha vivido num
século dominado pelo Barroco, identificava-se mais com o Rococó. Suas
pinturas eram cheias de encanto e sedução, repletas de ninfas nuas em cenas
mitológicas e alegóricas. O quadro "Odalisca" (1745) está exposto no Museu do Louvre, em Paris.
A jovem nua deitada numa cama em meio a vários lençóis
faz pose provocante e flerta com o espectador. Nessa pintura,
Boucher quis mostrar os excessos frívolos de meados do século XVIII.”
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