sexta-feira, 24 de maio de 2013

SÉRIE: MESTRES MUNDIAIS DA ARTE PICTÓRICA


GIOVOVANNI BELLINI
A Festa dos Deuses - Giovanni Bellini - 1514 (National Gallery of Art of Washington).
Giovanni Bellini, também chamado em sua terra natal de Giambellino, (Veneza, c. 1430 - idem, 1516) foi um pintor do Renascimento. O mais famoso de uma família de pintores de mesmo sobrenome, era cunhado e amigo de Mantegna, e teve Tiziano entre seus aprendizes. É considerado como renovador da pintura da escola veneziana, movendo-a para um estilo mais sensual e policromático. Pelo uso de cores claras de lenta secagem, Bellini criou sombras detalhadas, profundidade e ricos coloridos. Suas fluentes e coloridas paisagens tiveram um grande efeito no seu tempo.

Sua última obra foi Festa dos Deuses, para o duque Afonso de Ferrara, mas morreu antes de terminar, tarefa legada a seu pupilo Tiziano (1490-1576).
A pintura é de tal modo delicada que os seus contornos são praticamente imperceptíveis, o que revela a criatividade e o talento de Bellini aos 88 anos de idade.
DIEGO VELÁZQUEZ
A rendição de Breda, A tomada de Breda ou As lanças é um óleo sobre tela, pintado antes de 1635 por Diego Velázquez, que se encontra exposta no Museu do Prado, Madrid.
Para entender esta obra de Velázquez do um ponto de vista histórico tem que remontar-se um pouco ao que estava a suceder no final do século XVI e início do XVII. Os Países Baixos (liderados pelo seu nobre mas importante, Guilherme de Orange) estavam imersos na Guerra dos Oitenta Anos ou guerra de Flandres, na qual lutavam pela independência da Espanha.
Em 1590, com Maurício, príncipe de Orange (quarto filho de Guilherme) como estatúder das Províncias Unidas dos Países Baixos, a cidade de Breda foi tomada pelos holandeses. A trégua dos doze anos manteve o país em calma entre 1609 e 1621. Quando o rei da Espanha Filipe IV subiu ao trono em 1621, a trégua expirou e a guerra recomeçou. A intenção de Filipe IV era recuperar esta cidade tão importante da qual poderia manobrar-se para outras conquistas.
Filipe IV nomeou como chefe supremo da expedição à Breda seu melhor estrategista ao seu serviço naquela época, o aristocrata genovês Ambrósio de Spinola, que se pôs no comando de 30.000 homens, ademais dum bom número de generais espanhóis, como os famosos militares marquês de Leganés e D. Carlos Coloma.
A cidade de Breda era defendida por Justino de Nassau, da casa de Orange. O cerco à cidade foi uma lição de estratégia militar.
As crônicas da época contam que a defesa de Breda chegou a ser heróica, mas finalmente a guarnição teve que se render. Justino de Nassau capitulou a 5 de Junho de 1625. Foi uma capitulação honrosa que o exército espanhol reconheceu como tal, admirando no seu inimigo a valentia dos assediados.
Velázquez desenvolve o tema sem vanglória nem sangue. Os dois protagonistas estão no centro da cena e parecem dialogar mais como amigos do que como inimigos. Justino de Nassau aparece com as chaves de Breda na mão e faz ademão de ajoelhar-se, o qual é impedido pelo seu adversário que põe uma mão sobre seu ombro para evitar que se humilhe. Neste senso, é uma ruptura com a tradicional representação do herói militar, que costumava representar-se erguido sobre o derrotado, humilhando-o. Igualmente afasta-se do hieratismo que dominava os quadros de batalhas.”


"Washington cruzando o Delaware", 1851, é uma obra do pintor alemão Emanuel Gottlieb Leutze e está exposta no Metropolitan Museum de Nova Iorque.
É para o denodo e para a bravura do líder inconteste que Leutze aponta, ao armar a cena em que George Washington que se mantém em pé sobre a frágil e instável embarcação, em pose de destemor, tão firme e pomposa quanto a presença do pavilhão ao seu lado.
Emanuel Gottlieb Leutze foi levado de sua cidade natal Schwäbisch Gmünd, Württemberg, na Alemanha para os Estados Unidos ainda criança. Morreu em 1954, em Washington, D.C, aos 53 anos de vida.”

PIERO DELLA FRANCESCA




“A representação de uma imagem que lembra um retrato, a natureza em sua volta, o nu, o uso de técnicas de perspectiva, a criação do volume na pintura e a representação de um período medieval em "O Batismo de Cristo" são características fortes do autor dessa obra, o matemático e artista italiano Piero Della Francesca (1416-1492).
Piero fez parte do Quattrocento, nome dado à segunda fase do movimento Renascentista italiano. Ele foi um dos responsáveis pela consolidação das técnicas da perspectivas na pintura e era profundamente religioso.
A obra foi concluída em 1445 e está exposta no National Gallery, em Londres. Originalmente era o painel central de um grande tríptico. Piero usou a paisagem da região da Úmbria na pintura, na Itália central.”



PIERRE-AUGUSTE RENOIR



As grandes banhistas – Pierre- Auguste Renoir - 1887, Philadelphia Museum of Art, em Filadélfia.
Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade.
Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois à Itália. Na Itália, Renoir conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. O que mais lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael. A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista.
As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias. Esse novo período em sua arte, ele chamou de período Ingres. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes banhistas" que só ficou pronta em 1887.”
EDVARD MUNCH


Edvard Munch (1863 - 1944) foi um dos poucos pintores escandinavos a ter sucesso mundial. Influenciado por Bosch, Bruegel, El Greco, Van Gogh e Goya, tornou-se o gigante do expressionismo, estilo que representa as sensações subjetivas d`alma, as expressões (e não impressões) transmitidas a realidade objetiva.
O quadro "A dança da vida" (1899-1900) é quase uma narrativa em forma de pintura. Duas figuras femininas cercam um casal completamente alheio ao que acontece ao redor. A mulher de branco da esquerda é jovem e simboliza a pureza do primeiro amor, virgem como a cor branca que seu vestido indica. A da direita, mais velha e vestida de preto, simboliza a perda das ilusões amorosas que vem com a experiência. A obra está exposta no Museu Munch, em Oslo.”

François Boucher nasceu em Paris, em 1703, e morreu ali mesmo em 1770. O pintor foi um dos principais artistas decorativos de sua época. Embora tenha vivido num século dominado pelo Barroco, identificava-se mais com o Rococó. Suas pinturas eram cheias de encanto e sedução, repletas de ninfas nuas em cenas mitológicas e alegóricas. O quadro "Odalisca" (1745) está exposto no Museu do Louvre, em Paris. A jovem nua deitada numa cama em meio a vários lençóis faz pose provocante e flerta com o espectador. Nessa pintura, Boucher quis mostrar os excessos frívolos de meados do século XVIII.”






Nenhum comentário:

Postar um comentário