Texto de Edilson
Rodrigues Silva
À
noite, aqueles dois assaltantes resolveram entrar naquela casa de praia que
estava em reforma.
Logo na
entrada o primeiro ladrão notou um grande cartaz onde estava escrito:
“Cuidado! Cão
corintiano e antissocial”.
- Você
não falou que à noite não tinha cachorro aqui. Disse o primeiro marginal.
- Eu
disse! Foi o que deu para perceber durante o dia. O dono trás os cães com ele e
depois ele os leva de volta para a cidade. Pode ficar tranquilo. Não tem
perigo. Olha! Eu vou por aqui e você vai pelos fundos
- Ok!
Disse o segundo bandido.
- Ok!
Concordou o primeiro ladrão.
Assim
que eles se separaram o primeiro ladrão foi até os fundos da casa e depois de
uns minutos o meliante voltou correndo mais rápido que The flash. Ele passou
pelo segundo ladrão e disse:
-
Corre mano!...Corre!...Corre! E saiu correndo mais que raio em direção a
rua.
O
segundo bandido, atônito, e sem saber o que fazer também começou a correr na
mesma direção.
Depois,
mais calmos, os dois marginais se encontraram:
- Cara!
O que foi que aconteceu? Você viu alguma coisa? Era gente? Era um cachorro? Ele
te mordeu? Perguntou o segundo bandido.
- Não,
não era gente não. Eu sai correndo foi por causa do cachorro. Disse o primeiro
meliante.
- Cachorro! Você viu o cachorro? Perguntou o segundo bandido.
- Sorte minha que eu não vi o cachorro não. Mano, eu vi foi o prato da fera. Cara nós tivemos muita sorte. Só pelo tamanho do prato em que ele come deu pra ver que se ele tivesse nos encontrado nós estaríamos fritos, não ia sobrar nada para contar história. Disse aliviado o primeiro ladrão.
No dia
seguinte, na casa em reforma:
-
Ôxente! Ô Juca! Cê viu o que aconteceu com a caixa de massa de cimento? Ela
está cheia de marca de pé de gente. Será que entrou ladrão aqui? Perguntou um
dos operários.
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