Czarina da Rússia
Catarina,
a Grande, ficou conhecida como uma déspota esclarecida em função das reformas
executadas no Império Russo sob influência do Iluminismo.
Catarina
II ou, como mais popularmente ficou conhecida, Catarina, a Grande (1729-1796),
foi uma imperatriz (czarina) russa de origem alemã. Uma das representantes da
linhagem de monarquias que governaram sob a influência dos ideais iluministas,
a déspota esclarecida Catarina esteve à frente do Império Russo entre os anos
de 1762 a 1796 e buscou modernizar o Estado, efetuando uma reforma
administrativa, estimulando a agricultura e o comércio, além de reorganizar o
exército.
Nascida
Sophie Friederike Auguste, princesa von Anhalt-Zerbst, Catarina era filha de nobres
prussianos e aos 15 anos de idade foi enviada a Moscou, capital da Rússia, para
conhecer seu futuro esposo, o Grão-duque Pedro Holstein-Gottorp. Desde o
início, procurou se instruir com a cultura russa, aprendendo o idioma e
estudando a religião cristã ortodoxa, na qual foi batizada em 1745, passando a
se chamar Catarina Alexeievna.
Neste
mesmo ano, casou-se com o Grão-duque, posteriormente nomeado Pedro III, ao
assumir o trono em 1761, com a morte da czarina Izabel. A ambição de Catarina
era chegar ao trono, o que ocorreu em 1762 após supostamente ter criado um
plano, em aliança com alguns generais do exército, para retirar do trono seu
marido e posteriormente assassiná-lo. A primeira de suas ações foi estabelecer
uma aliança com o rei Federico da Prússia, o que gerou insatisfação da nobreza
russa. A situação de insatisfação foi contornada mais tarde com uma série de
medidas que beneficiou os nobres.
Entre
1766 e 1768, Catarina convocou o Congresso para debater e aprovar algumas
reformas, mas não obteve êxito. Entretanto, por iniciativa própria, dividiu o
território russo em 44 províncias e foram criados distritos em cada uma delas,
nos quais a nobreza formava uma assembleia para governá-los, além de obter
vários privilégios. Promulgou em 1785 a Carta da Nobreza, que garantia isenção
de impostos aos nobres e aumentava seus poderes.
Essas
medidas mostraram a influência Iluminista sobre seu governo, já que as reformas
dos estados eram uma das características dos déspotas esclarecidos. Catarina
trocava constantemente correspondências com os filósofos franceses Diderot e
Voltaire, e buscou incentivar o conhecimento, como a construção da Universidade
de Moscou, em 1783. Ainda criou leis diminuindo o uso da tortura e da pena de
morte, permitiu a liberdade de culto, secularizou ainda algumas propriedades
eclesiásticas em proveito do Estado e passou a manter conventos e igrejas.
No
âmbito militar, conduziu guerras com vários reinos para conseguir acesso ao
mar, o que conseguiu em 1772, resultando na conquista de territórios e na
aproximação com a Europa Central. Contra o Império Turco-Otomano realizou duas
guerras, entre 1768 e 1985, nas quais incorporou às fronteiras do Império Russo
a costa setentrional do Mar Negro e a península da Criméia.
Catarina,
a Grande, foi uma das mais famosas czarinas russas, tendo seu reinado terminado
em 1796, ano de sua morte.
Fonte: Brasil Escola
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