A história
A
história da tradicional marca francesa teve início com a permissão dada pelo
rei Luis XV ao bispo de Metz, monsenhor Louis De Montmorency-Laval, para fundar
em 1764 a fábrica de vidros e cristais Saint-
Anne na então
vila de Baccarat, localizada na província de Lorraine, à leste da França.
Estavam implantadas as raízes daquela que viria a ser uma das mais conceituadas
cristalerias do mundo. Seu objetivo era criar uma “vidraria de arte” para
concorrer com as da Bohemia, extremamente famosa na época. Inicialmente a nova
empresa fabricava placas de vidro para janelas, espelhos, copos e taças. Após
diversas invasões durante a Revolução Francesa e as guerras do império, a
fábrica ressurgiu como uma cristaleria e já com o nome de BACCARAT graças ao
industrial belga Gabriel Aimé d’Antiques. O primeiro cristal fabricado pela
empresa data de 15 de novembro de 1816, quando o primeiro forno entrou em
operação.-
Logo
em seguida, em 1817, foi transformada em primeira cristaleira da França e
ganhou notoriedade por seus candelabros, castiçais, lustres, opalinas, pesos de
papel, objetos de adorno e os famosos acessórios para mesa, além de ter sido a
primeira a fazer cristal colorido e luminárias em 1827. Desde então, a marca é
sinônimo universal de lapidação precisa, manufatura delicada em objetos únicos
e nas formas mais variadas. Seus produtos lapidados com esmero, logo ganharam
ávidos consumidores entre os nobres e os mais abonados, o que contribuiu para
criar a fama mundial da marca. De reis a plebeus abastados, BACCARAT se
transformou em status e opulência, charme e sofisticação real. A fábrica
sobreviveu às guerras e revoluções, sempre produzindo copos, garrafas, baldes
(muitos encomendados com monogramas), seus tradicionais lustres em cascata,
abajures, joias, bijuterias, frascos de perfumes, vasos, candelabros,
esculturas, maçanetas, entre outros.
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Comprada em 1988 pela Sociedade do Louvre (Société du Louvre), corporação
francesa controlada pelo grupo Taittinger, que atua nos segmentos de hotelaria,
perfumaria e bebidas, proprietário das porcelanas Haviland, a BACCARAT se
modernizou desenvolvendo novos setores, como em 1991 quando surgiram os
clássicos brincos Creoles, que abriram as portas para a primeira coleção de
jóias lançada em 1993, a relojoaria e a perfumaria (lançou seus primeiros
perfumes em 1997), aumentando sua visibilidade e mudando de cara: a coleção de
jóias, com peças pequenas e mais baratas, se tornou campeã de vendas. Nesta
coleção, a marca formulou um refinamento e tonalidades que traziam pedras
preciosas e semipreciosas como safira, rubi, turmalina, topázio e jade. Além
daquelas taças de cristal transparente e finíssimo, trabalhado a mão com
diamante, que chega a custar US$ 785 cada uma, a BACCARAT também passou a
produzir taças coloridas, com aparência mais jovem, que custam aproximadamente
US$ 80 cada uma.
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Obras de arte
O cristal BACCARAT é fabricado a partir da junção de água, areia, potássio e chumbo (33%), misturados e aquecidos a mais de 1.200 graus, transformando-se numa massa uniforme e maleável que permite criar as mais variadas formas. A coloração é obtida com a adição de elementos como ouro, cromo e manganês. As peças são lapidadas à mão como pedras preciosas, em processo artesanal cheio de caprichos e requintes. O vidro ainda é soprado pelos operários (não por máquinas) e a decoração dos cristais é feita uma a uma, a mão. É uma espécie de fábrica de objetos de arte, mas suas peças, muito caras e de estilo antigo, andavam meio sem mercado. A perfeição do design e da manufatura trouxe à marca incontáveis prêmios em mais de dois séculos de existência. Mais que fama, a BACCARAT tem tradição: é a primeira cristaleria da França. Nenhum outro cristal é tão conhecido e distribuído em centenas de países no mundo.
Fonte: Mundo das Marcas
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