Com a presença de representantes culturais e
políticos de órgãos estaduais e da Prefeitura de
Salvador, aconteceu nessa segunda-feira (19) uma audiência pública na sede do
teatro Jorge Amado para debater sobre a questão do leilão do imóvel previsto
para acontecer no final deste ano.
O evento, promovido pelo vereador e presidente da
Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Tiago Correia, contou a
presença de Samuel Oliveira, representante do Desenbahia; Rômulo Cravo, chefe
de gabinete da Secretária de Cultura do Estado; Guilherme Bellintani,
Secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura; Fernando Guerreiro,
presidente da Fundação Gregório de Matos; Fernanda Tourinho Guerreiro, gestora
do teatro, da vereadora Aladilce Souza, além de artistas, produtores culturais
e formadores de opinião.
Durante a audiência, Rômulo Cravo, afirmou que
o Governo do
Estado assumirá a gestão do imóvel caso não encontrem uma solução até o fim do
prazo, reforçando o discurso do governador Jaques Wagner que declarou
recentemente que o teatro não fechará as portas. Representando a prefeitura, o
secretário Guilherme Bellintani declarou que o município tem interesse em fazer
do teatro um Centro de Cultura. “A prefeitura tem interesse em adquirir este
espaço, basta que o Desenbahia parcele esta dívida atual de aproximadamente 10
milhões”.
Um GT
(grupo de trabalho) foi criado pelos integrantes da mesa desta audiência para,
a partir de agora, traçar as questões burocráticas desta situação. O vereador
Tiago Correia disse que ficou bastante satisfeito com a atitude da prefeitura
em assumir esta responsabilidade, “Tinha certeza que uma solução seria
encontrada nesta audiência pública e que o prefeito ACM Neto teria a
sensibilidade com a nossa causa em permanecer vivo este importante espaço
cultural da nossa cidade”, finalizou o edil. Uma nova audiência está prevista
para o próximo o mês de setembro.
Entenda o caso
Em 2011,
a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) assinou com o Tribunal
de Justiça da Bahia um Termo de Cessão de Uso, com opção de compra, referente
ao imóvel do antigo Curso de Inglês Universal English Course (UEC), situado na
Pituba, onde funciona o Teatro Jorge Amado.
O curso
contratou, em 1995, uma operação de financiamento com o antigo Desenbanco para
construção de sua sede própria na Pituba. Com a extinção do órgão, as operações
de financiamento passaram à responsabilidade Desenbahia. A garantia para o
financiamento foi à própria sede do UEC. Em 2002, o curso tornou-se
inadimplente, obrigando a Desenbahia a ajuizar ação de execução objetivando a
recuperação do crédito.
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