O LÍDER MAIS SANGUINÁRIO DE TODOS OS TEMPOS
Nascido em uma família rica, Saloth Sar estudou na França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de
estudantes cambodjanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que por essa razão perderam sua bolsa de estudo e se sentiram
atraídos pelo leninismo (paralelamente
a Ho Chi Min, que luta
contra a ocupação francesa no Vietnã). Nesse
período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que
descreve a Revolução
Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução
Russa.
No início de 1953, retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a
independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista
Indochinês, que possuía poucos quadros cambodjanos. Em 1960 foi fundado o
Partido dos Trabalhadores Khmers, ao qual Saloth Sar se filia, mudando seu nome
para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que em 1966 muda sua
denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado
pela dominação vietnamita sobre seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os
monarquistas aliam-se ao Khmer vermelho contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penhé tomada
pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa
democrática». Tem início aí o genocídio cambojanos: uma grande parte da
população é massacrada de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietnam invade o Cambodja e destitui o Khmer vermelho. Pol Pot
lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura
de proa do Khmer vermelho. Em 1989 o Vietnã retira-se do Camboja e Pol Pot
recusa-se a cooperar com o processo de paz continuando a lutar contra o novo
governo de coalizão. O Khmer vermelho consegue então manter as tropas do governo
afastadas até 1996, ano em que as tropas do Khmer, desmoralizadas, começam a
desertar. Vários líderes importantes do Khmer vermelho também desertam e Pol
Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze
membros da sua família em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo.
Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas depois foi preso pelo chefe militar do
Khmer vermelho, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a
uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a
floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias
depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. Seu
corpo foi queimado na área rural do Camboja, com várias centenas de ex-Khmer
vermelhos presentes.
Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como
República Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh as pagodas,
teatros e museus da cidade viraram chiqueiros para porcos. Ele defendia uma
sociedade 100% agrária, ordenou a destruição de qualquer rastro de tecnologia.
No campo, o trabalho começava ás 4 h da manhã e terminava ás 10 da noite. Os
camponeses recebiam xícara de arroz a cada 2 dias. Mais de 90% da classe
artística foi exterminada.
NR/ Durante o período de 1970 a 1975
quer pela fome, ações do Khmer Vermelho e por ordem direta de Pol Pot, foram
mortos mais de dois milhões de cambojanos, num genocídio jamais visto em
qualquer outro ponto do nosso planeta.
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