quinta-feira, 22 de agosto de 2013

POL POT

O LÍDER MAIS SANGUINÁRIO DE TODOS OS TEMPOS
  
   
Nascido em uma família rica, Saloth Sar estudou na França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de estudantes cambodjanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que por essa razão perderam sua bolsa de estudo e se sentiram atraídos pelo leninismo (paralelamente a Ho Chi Min, que luta contra a ocupação francesa no Vietnã). Nesse período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que descreve a Revolução Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução Russa.

No início de 1953, retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista Indochinês, que possuía poucos quadros cambodjanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, ao qual Saloth Sar se filia, mudando seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que em 1966 muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monarquistas aliam-se ao Khmer vermelho contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penhé tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa democrática». Tem início aí o genocídio cambojanos: uma grande parte da população é massacrada de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietnam invade o Cambodja e destitui o Khmer vermelho. Pol Pot lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de proa do Khmer vermelho. Em 1989 o Vietnã retira-se do Camboja e Pol Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz continuando a lutar contra o novo governo de coalizão. O Khmer vermelho consegue então manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas do Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes importantes do Khmer vermelho também desertam e Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas depois foi preso pelo chefe militar do Khmer vermelho, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. Seu corpo foi queimado na área rural do Camboja, com várias centenas de ex-Khmer vermelhos presentes.
Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como República Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh as pagodas, teatros e museus da cidade viraram chiqueiros para porcos. Ele defendia uma sociedade 100% agrária, ordenou a destruição de qualquer rastro de tecnologia. No campo, o trabalho começava ás 4 h da manhã e terminava ás 10 da noite. Os camponeses recebiam xícara de arroz a cada 2 dias. Mais de 90% da classe artística foi exterminada.

NR/ Durante o período de 1970 a 1975 quer pela fome, ações do Khmer Vermelho e por ordem direta de Pol Pot, foram mortos mais de dois milhões de cambojanos, num genocídio jamais visto em qualquer outro ponto do nosso planeta.   


Nenhum comentário:

Postar um comentário