Sir Artur Conan Doyle
Sherlock Holmes é um
personagem de ficção da literatura britânica criado
pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e
início do século XX que
aparece pela primeira vez no romance Um estudo em Vermelho editado e
publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em
Novembro de 1887. Sherlock
Holmes ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e alógica dedutiva.
Sherlock Holmes
ainda hoje é um dos mais atraentes personagens dos romances policiais.
Carismático e astuto, fez do método científico e da lógica dedutiva suas
melhores armas. Sua habilidade para desvendar crimes aparentemente insolúveis,
até mesmo para Scotland Yard, transformou seu nome em sinônimo de detetive.
Um Estudo em Vermelho (1887) primeiro
livro protagonizado por Holmes.
Estátua de Sherlock Holmes em Londres.
A primeira aparição
de Sherlock Holmes se deu em 1887 na
revista Beeton's Christmas Annual na história de A Study in Scarlet. Em Fevereiro de 1891, o romance The Sign of the Four foi publicado
em outra revista, Lippincott’s Magazine. Em Junho de 1891 Holmes
estreia na Strand Magazine com o conto A Scandal in Bohemia. O conto obteve
tanto sucesso que garantiu a Holmes um longo tempo de publicações na Strand Magazine (até
1927), tendo todas suas histórias publicadas lá desde então.
O personagem
Sherlock Holmes tornou-se tão poderoso que, como pouquíssimas vezes na
história, engoliu o seu criador; raramente se ouve falar em Sherlock Holmes
como "o personagem criado por Conan Doyle", mas
sim de Conan Doyle como "o homem que criou Sherlock Holmes".
O cenário
The Sherlock Holmes Museum, no 221B da Baker Street.
Fachada do museu.
Não é necessário
viver na Inglaterra para
conhecer o lar de Sherlock Holmes; o 221B Baker Street é um
dos endereços mais famosos de Londres e
abriga hoje um museu com o nome do personagem. As histórias do detetive se
passam entre vários cartões postais da capital inglesa.8
A Londres de Sherlock Holmes
Um dos locais mais
visitados por Sherlock Holmes, entre um caso e outro, pois Holmes sempre estava
de viagem marcada, é a Charing Cross Station. Quando a investigação era em Londres, Holmes
não deixava de passar pela Fleet Street, pela Oxford Street, pela Strand, no Pall Mall, e na Tottenham Court Road, endereços recorrentes
dos contos do personagem .
O fiel escudeiro
Sherlock Holmes
teve a maior parte de suas histórias relatadas pelo seu colega de quarto e fiel
escudeiro Dr. Watson, que
várias vezes ficou surpreso com o rápido raciocínio de Holmes, que conseguia
muitas vezes ler os pensamentos de Watson, satirizando a cena em que C. Auguste Dupin lê os
pensamentos de seu colega em Os Assassinatos da Rua Morgue de Edgar Allan Poe. Watson
esteve presente na maioria das histórias de Holmes.
Os romances
Sherlock Holmes
aparece ao todo em cerca de 60 obras de autoria de Arthur Conan Doyle, compostas por cerca de 56 contos e 4 romances,
onde Sherlock Holmes resolvia casos insolúveis até mesmo para a Scotland Yard. O
personagem habita o imaginário de jovens e adultos há mais de 150 anos.
Personalidade
Sherlock Holmes (direita) e o Dr. John H. Watson, por Sidney Paget.
Holmes costuma ser
uma pessoa arrogante, que está correta sobre inúmeros assuntos e com palpites
certeiros. A primeira amostra de sua exatidão é descrita em "Um Estudo em
Vermelho". Quando Watson e Holmes se conhecem, em alguns poucos segundos
Holmes já sabia que ele estivera no Afeganistão.
Além do aspecto erudito, não demonstra muitos
traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. Apesar disso, em
alguns contos o Dr. Watson diz
que a "máscara gelada" de Holmes cai às vezes, dando mais humanidade
a Sherlock Holmes.
Orgulhoso, parece
dominar vários assuntos sem Doyle descrever seus estudos. Holmes apresenta
alguns hábitos peculiares como a prática de artes marciais como boxe, esgrima de armas brancas e de bengala.
Watson relata também a aparência física de
Holmes. Muito alto, possui mais de um metro e oitenta, extremamente magro,
pálido, nariz fino. Pratica exercícios físicos apenas se exigidos em sua
profissão de detetive. Dependendo do enigma do caso em que estiver envolvido,
passa horas fumando cachimbo, que diz esclarecer a mente. Além do uso habitual
da cocaína em
protesto a monotonia, e diz-se que é um exímio violinista.
Holmes tem como característica não gostar que
o interrompam em suas reflexões. Não se vê Holmes estudando sobre tudo, mas
domina incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, tais como História, Química, Geologia, Línguas,
Anatomia, Literatura Sensacionalista, etc.
Generalidades
Um retrato de Sherlock Holmes por Sidney Paget de
The Strand Magazine, em 1891 "O Homem com a boca torta".
Segundo Conan
Doyle, criador do personagem, Sherlock Holmes viveu em Londres, no
apartamento 221B Baker Street, entre os anos 1881 e 1903, durante o
último período da época Victoriana, onde passou muitos anos na companhia do seu amigo
e colega, Dr. Watson. Hoje esse
endereço é um museu dedicado a Sherlock Holmes.
Sherlock Holmes
descreve-se como um "detetive consultor" (um dos exemplos é o início
do livro "O Signo dos Quatro"), o que significa que as pessoas vêm-lhe
pedir conselhos sobre os seus problemas, ao invés de se dirigir a elas. Doyle
conta-nos que Holmes é capaz de resolver os problemas a ele propostos sem sair
do seu apartamento, apesar de este não ser o caso em diversas de suas mais
interessantes histórias, que requerem a sua presença in situ. A sua
especialidade é resolver enigmas singulares, que deixam a polícia desnorteada,
usando a sua extrema faculdade de observação e dedução.
Holmes demonstra,
ao longo das suas histórias, uma capacidade de dedução e um senso de observação
impressionantes, ajudados por uma cultura geral extensa e variada (ele é capaz
de identificar a marca de um tabaco somente pelo seu cheiro e pela cor de suas
cinzas). Quando envolvido com algum problema, pode passar noites sem dormir ou
comer, o que inquieta o seu amigo Watson. Mestre na arte do disfarce23 ,
maneja com habilidade a espada e
daria, segundo Watson, um bom pugilista.24
Outra de suas
marcas registradas, a frase: "Elementar, meu caro Watson", foi criada
no teatro, com muitas outras particularidades, como o cachimbo curvo do
detetive. Muito embora alguns aleguem
que se trate de uma das primeiras falas do personagem em seu romance de estreia Um
Estudo em Vermelho (1887), ela não se encontra no original nem em
outras traduções do texto. No resto de toda a obra, a frase não torna a
acontecer, aí sim tendo sido popularizada pelas adaptações das aventuras.
FONTE: WIKIPÉDIA
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