RECOLHIDOS POR LUIZ
CARLOS FACÓ
Bahia, boa Bahia,
Grande berço hospitaleiro.
Hoje os filhos de outras terras
Em teu seio é forasteiro.
Será pois que a terra mater
Quer assim se tornar hostil?
O brasileiro é um só.
Vá pra puta que pariu.
Versos atribuídos a Silvio Valente. Tais versos contêm resposta
aos artigos de Simões Filho, quando da campanha de Juracy Magalhães, ao Governo
da Bahia, em 1950, nos quais o articulista chamava o candidato e seus seguidores
de holandeses.
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão
cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe – que faz a palma
É chuva – que faz o mar.
Castro Alves.
Ó mar salgado quanto do teu sal
São lagrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Por que fosse nosso ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa.
De Knut Hamsun, poeta e escritor norueguês, vencedor do premio
Nobel de 1920:
Será hoje que verei, uma vez última
O homem, a terra, o sanguíneo crepúsculo?
Deixará meu coração de bater esta noite?
É o adeus a todas as coisas? que importa.
Nada termina com a morte.
Nascemos, morremos e tornamos a nascer,
Homens, vida terrestre, púrpura da aurora.
A morte é uma parada no abrigo do sono,
E a vida, um alvorecer continuamente renovado,
Por entre os mortos, despertaremos.
De origem popular:
Sino, coração
de aldeia.
Coração, sino
da gente.
Um a sentir
quando bate,
O outro a
bater quando sente.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Com pena
peguei da pena,
Com pena de
te escrever.
A pena caiu
da mão,
Com pena de
te esquecer.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Cabeça,
cabeça,
Que
desconsolo.
Por fora
tanto cabelo,
Por dentro
não tem miolo.
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