O balé é um das obras-primas da arte
Neste sábado e domingo, às 20h, será
apresentado no Teatro Castro Alves, Campo Grande o espetáculo A Sagração da Primavera, que
tem criação do argentino Oscar Araiz e coordenação de remontagem da bailarina
do Balé Teatro Castro Alves (BTCA) Anna Paula Drehmer.
O balé, que é considerado um marco da história da dança, foi criado pelo
russo Igor Stravinsky (1882-1971), com coreografia original
de Vaslav Nijinsky (1890-1950), e em 2013 está completando 100 anos
de existência. Entrada gratuita. Mais informações: (71) 3117-4899.
Viabilizada pelo BTCA Memória, a
remontagem é fruto da parceria entre o BTCA e a Escola de Dança da
Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura
do Governo do Estado (SecultBA). O projeto busca estabelecer diálogos e
conexões em processos de releituras de produções de dança, criadas
anteriormente e interpretadas por um grupo de artistas com perfis e formação
próprios. A força e ousadia do balé A Sagração da Primavera já inspiraram
várias versões, com destaque para as do francês Maurice
Béjart (1927-2007), em 1959, e da alemã Pina Bausch (1940-2009),
em 1973.
Em 1987, o BTCA montou sua própria versão com coreografia do argentino
Oscar Araiz, que retorna a Salvador para esta remontagem, 26 anos depois. “Voltar
à Bahia depois de muitos anos para fazer a mesma obra é muito particular,
porque há algo de novo, uma nova geração de dançarinos que vivem num outro
momento. E é interessante perceber que, ainda sendo outro momento, existe
aquela mesma entrega por parte dos dançarinos, que, apesar de serem jovens e
não terem tanta experiência, são artistas que fazem desse espetáculo mais do
que uma representação, uma celebração!”, comenta.
Projeto Btca Memória
Resgatando esta célebre coreografia,
o projeto BTCA Memória possibilita aos 20 jovens bailarinos do Curso de
Educação Profissional Técnico de Nível Médio em Dança da Escola de Dança da
FUNCEB, que foram selecionados em processo de audições, a oportunidade de participar de um processo de recriação coreográfica, vivenciado
de forma intensiva durante três meses como intérpretes. Esse contexto se
estabelece para esses jovens como um espaço não só de prática profissional, mas
de ensino-aprendizagem, com potencial de propiciar mudanças a partir da
aquisição de novas práticas e atitudes como artistas e, em especial, como
bailarinos participantes de um grupo de dança profissional.
Para Anna Paula Drehmer, coordenadora da remontagem, remontar o
espetáculo depois de 26 anos permite que alunos do curso profissionalizante da
Escola de Dança da FUNCEB tenham a oportunidade de adquirir conhecimentos
através de uma grande obra prima. “Repleta de signos e significados, e que traz
um coreógrafo de renome internacional”, acrescenta.
Se por um lado o projeto BTCA Memória beneficia uma nova geração de dançarinos que revivem grandes obras, por
outro, permite aos integrantes do BTCA a possibilidade de exercitarem
competências conquistadas como bailarinos ao longo das suas experiências,
atuando em outros papéis, participando do fazer da dança e tendo o prazer de
reverem a obra em outros corpos. Além disso, o projeto confere ao público a
oportunidade de rever gratuitamente um repertório e uma produção de um grupo
representativo da Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário