Líder
social e religioso brasileiro*
Antônio Conselheiro
(1830-1897) foi um pregador religioso e líder social brasileiro, que liderou o
movimento de Canudos, na Bahia. Sob sua orientação e liderança, milhares de
pessoas morreram vítimas dos ataques de soldados do governo brasileiro.
Antônio Conselheiro exerceu
a profissão de comerciante em Quixeramobim, no Ceará, onde nasceu. Em seguida,
viajou pelo interior do nordeste exercendo várias profissões: caixeiro,
escrivão e mestre-escola.
Vários traumas foram
cruciais para que Antônio Conselheiro criasse uma legião de seguidores:
abandono da esposa, a miséria e fome no nordeste, chacina de parentes próximos.
A partir de então, tornou-se um ascético e errante.
Conselheiro fazia pregações
místicas e dava conselhos por onde passava, conquistando uma multidão de
fanáticos. Em 1877 ocorreu grande seca no nordeste. Nessa época, muitos
flagelados buscaram alimentação e ajuda do governo, o que não conseguiam, sendo
comum o caminho para a bandidagem. Nesse contexto, Antônio Conselheiro surge
como um catalisador dos problemas, atuando como líder religioso e social. Para
muitos, Conselheiro era um profeta enviado por Deus.
Conselheiro instalou-se num
arraial chamado Canudos, perto do rio Vaza-Barris, o que ele intitulou de Belo
Monte. Seguiram-se sucessivas perseguições promovidas pelo governo republicano
brasileiro, pois o movimento aparentemente messiânico representava um perigo ao
poder estabelecido, já que se tinha formado uma sociedade paralela.
Depois de várias
expedições, finalmente o povo de Canudos rendeu-se de forma corajosa, depois de
muitas baixas do exército fortemente armado do governo. A quarta expedição que
derrotou o exército de canudos ocorreu em 5 de abril de 1897.
Antônio Conselheiro morreu
em 1897, não há indícios da causa de sua morte. A guerra de Canudos está
registrada no livro “Os Sertões”, escrito por Euclides da Cunha.
NR/ O escritor sergipano,
radicado em Salvador- Bahia, José Calazans Brandão da Silva, professor emérito
da Universidade Federal da Bahia, foi o maior pesquisador da vida de Antônio
Conselheiro e da Guerra de Canudos. A proposito, quando o escritor peruano
Mario Vargas Llosa começou a escrever o romance A Guerra do Fim do Mundo sobre o
evento de Canudos, veio a Salvador, onde passou vários dias, para buscar junto
ao professor José Calazans subsídios sobre ela e Antônio Conselheiro.
Tais esclarecimentos acima
postados se encontram no livro do titular deste Blog, Luiz Carlos Facó,
Sergipanos Ilustres na Bahia.
Fonte: e-Biografias
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