sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ANTÔNIO CONSELHEIRO

Líder social e religioso brasileiro*

Antônio Conselheiro (1830-1897) foi um pregador religioso e líder social brasileiro, que liderou o movimento de Canudos, na Bahia. Sob sua orientação e liderança, milhares de pessoas morreram vítimas dos ataques de soldados do governo brasileiro.
Antônio Conselheiro exerceu a profissão de comerciante em Quixeramobim, no Ceará, onde nasceu. Em seguida, viajou pelo interior do nordeste exercendo várias profissões: caixeiro, escrivão e mestre-escola.

Vários traumas foram cruciais para que Antônio Conselheiro criasse uma legião de seguidores: abandono da esposa, a miséria e fome no nordeste, chacina de parentes próximos. A partir de então, tornou-se um ascético e errante.
Conselheiro fazia pregações místicas e dava conselhos por onde passava, conquistando uma multidão de fanáticos. Em 1877 ocorreu grande seca no nordeste. Nessa época, muitos flagelados buscaram alimentação e ajuda do governo, o que não conseguiam, sendo comum o caminho para a bandidagem. Nesse contexto, Antônio Conselheiro surge como um catalisador dos problemas, atuando como líder religioso e social. Para muitos, Conselheiro era um profeta enviado por Deus.
Conselheiro instalou-se num arraial chamado Canudos, perto do rio Vaza-Barris, o que ele intitulou de Belo Monte. Seguiram-se sucessivas perseguições promovidas pelo governo republicano brasileiro, pois o movimento aparentemente messiânico representava um perigo ao poder estabelecido, já que se tinha formado uma sociedade paralela.
Depois de várias expedições, finalmente o povo de Canudos rendeu-se de forma corajosa, depois de muitas baixas do exército fortemente armado do governo. A quarta expedição que derrotou o exército de canudos ocorreu em 5 de abril de 1897.
Antônio Conselheiro morreu em 1897, não há indícios da causa de sua morte. A guerra de Canudos está registrada no livro “Os Sertões”, escrito por Euclides da Cunha.
NR/ O escritor sergipano, radicado em Salvador- Bahia, José Calazans Brandão da Silva, professor emérito da Universidade Federal da Bahia, foi o maior pesquisador da vida de Antônio Conselheiro e da Guerra de Canudos. A proposito, quando o escritor peruano Mario Vargas Llosa começou a escrever o romance A Guerra do Fim do Mundo sobre o evento de Canudos, veio a Salvador, onde passou vários dias, para buscar junto ao professor José Calazans subsídios sobre ela e Antônio Conselheiro.
Tais esclarecimentos acima postados se encontram no livro do titular deste Blog, Luiz Carlos Facó, Sergipanos Ilustres na Bahia.  
Fonte: e-Biografias



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