Texto
de Helô Sampaio
Eu
agora dou risadas com este nosso noticiário político. Já me cansei de tentar
levar este país a sério. Não dá. A novidade agora é deputado-presidiário.
Adequado, diga-se de passagem. Só que ele não devia estar sozinho na
cela. Tem um bocado de coleguinhas na Câmara Federal que deveriam lhe fazer
companhia. O mandato do cabra foi defendido pela Câmara dos ‘300 picaretas’,
como dizia Lula. Muito dos picaretas hoje fazem parte do Governo. E eu que
cheguei a acreditar no discurso dos ‘meninos’ do PT que atacavam a ‘direita’,
que defendiam a Decência e a Moral. É que eu também acreditava em sacis, Papai
Noel, e em virgens e puras – que nem a Perséfone da novela.
Acho
que os deputados defenderam o presidiário já antevendo os dias que virão, e
quem sabe, poderão estar na mesma situação. Preferiram salvar o Donadon para
terem o próprio couro salvo, se amanhã for outro dia. Os ‘cabras’ votaram
sabendo que o cara continuava preso, que não poderia andar livremente nas ruas,
não poderia votar, mas poderia sair da penitenciária para fazer leis. Leis que
até poderão livrar a vagabundagem de ir em ‘cana’. Fala sério!
Ainda
bem que STF deu um ‘sapeca iaiá’ na galera, suspendendo a decisão. Depois que
ganhara palmada na bundinha, resolveram revogar ontem, dia 3, outra molecagem:
a tal de votação secreta. Vivemos num país democrático, com ampla liberdade de
expressão, mas o Congresso faz votação secreta. Por medo de quê, qual é a
alegação? Para não sofrer pressão do Excutivo? Não estamos mais numa ditadura.
Deputado, bote a boca no trombone e denuncie a pressão. O nome disso é proteção
para malandragem.
Eu
sou tão ingênua que até acreditei que ‘a mulher do governo’ tinha boas
intenções, que iria assumir compromisso com o povo brasileiro – e não apenas
com o partido e o cara que a elegeu. Que nada! A cada dia, fico pasma, não
acreditando nas barbaridades que acontecem e que ninguém toma providência.
Temos agora a exportação de médicos.
Eu
não sou contra a vinda de médicos da Bolívia, Peru, Cuba, Japão ou de onde
vierem. Se nós não temos profissionais em número suficiente, ‘que vengam los
toros’. E a agilidade com que as coisas foram resolvidas? Pode tudo em vésperas
de eleição até trazer profissionais que chegarão sem nenhuma avaliação. É duro!
Temos lei, ou não? Em tempos normais, exigem exames comprobatórios até de
brasileiros que estudam fora. Agora, porteiras abertas!
E
também, me responda, meu bonitinho: o que pode fazer um doutor de Cuba ou da
Espanha, quando entra no hospital, atende ao primeiro das centenas de pacientes
espalhados no corredor e pede um exame de Raio X, e o aparelho está quebrado ou
não tem? O doutor faz o quê? Manda para outro lugar, onde haja aparelho. E
chama então o outro paciente, que chega com um corte, um talho profundo.
Pena que não tem luva, fio para sutura, gaze...
O
nosso sistema de saúde está falido. Os hospitais nos grandes centros – Itabuna,
Ilhéus, Feira, Conquista – vivem entupidos porque, nos municípios vizinhos, o
hospital não tem aparelhos, não tem material de limpeza, remédios, não tem nada.
É a nossa realidade. Há poucos meses, a mulher do meu sobrinho teve complicação
na gravidez, correu risco de vida – ela e a criança. O médico teve consciência
das limitações locais, e recomendou a transferência para Salvador. Ela foi
internada no Hospital José Maria de Magalhaes, um hospital-referencia, e hoje,
ela e a neném Beatriz, estão ótimas. Mas, e quem não tem condições? Vira apenas
um número a mais na estatística de natimortos. Alguém quer saber a dor que a
gente passa?
Engarrafamentos
quilométricos, assaltos, movimentos populares fechando vias. Somos massacrados
por todo lado. Onde vai parar a incompetência do poder público? Me diga, minha
bonitinha, o que é que eu, euzinha posso fazer pela comunidade do um vilarejo
que pede melhorias? Eles fecham a rodovia, e a bonitinha aqui fica dentro do
carro xingando e maldizendo a hora que votou nos ‘home’ que não fazem nada para
resolver. É duro ficar parado por três, quatro horas. Ninguém merece!
Deixam
a galera quebrar tudo, incendiar pneus, roubar e quebrar lojas, tudo em nome da
democracia. E nós não podemos nem reclamar pois logo nos chamam de
‘patricinhas’, que somos da ‘zelite’. Mas o que fazem é baderna! O Governo tem
é que meter na cadeia os marginais de rosto coberto que ficam incitando a
população para as molecagens. Ainda bem que Otto Alencar – depois que soube de
mortes em engarrafamentos – está tomando providências para impedir esses
absurdos. Qualquer ‘dois gatos pingados’ fecham a cidade. Quer protestar,
neguinho, vai acampar na prefeitura, na casa do prefeito, dos vereadores e
deputados, ou faça greve de fome. Não pode é sair incendiando, roubando e
danificando empresas que não tem nada a ver, e perturbando a nossa vida, nosso
trabalho.
Ligo
para ‘chorar pitangas’ com minha amiga Iracema Dias, que neste último sábado,
passou três horas parada no transito por causa de um evento religioso no Parque
de Exposições. Eu a esperava para o almoço e ela chegou para o jantar. Ainda
bem que Cris tinha preparado umas cocadinhas de leite para ela e eu me diverti
comendo quase todas. Nada como uma coisinha doce e gostosa para passar a raiva
(e não era eu que estava no engarrafamento). Mas agora, minha lindinha, vamos
preparar esta cocadinha, para esquecer engarrafamentos, e ganhar uns graminhas
a mais em gostosura.
Cocadinha
de leite de Cris
Ingredientes:
-- Um coco grande ralado
-- Um quilo de açúcar
-- 200g de leite em pó
-- Um coco grande ralado
-- Um quilo de açúcar
-- 200g de leite em pó
Modo
de preparar:
-- Colocar tudo em uma panela e levar ao fogo até que solte do fundo da panela
Simples assim. E muito saborosa. Dá para superar as aporrinhações. Experimente!
-- Colocar tudo em uma panela e levar ao fogo até que solte do fundo da panela
Nenhum comentário:
Postar um comentário