Série: O ABC da cultura inútil
Marisa
De Lucia
E
pensar que seu primeiro aroma era de óleo de oliva
Primeiro surgiu o sabão, inventado pelos fenícios em
600 a.C. Mais tarde, os espanhóis acrescentaram óleo de oliva para dar um
cheiro mais suave. Mas quem deu o nome de sabonete foram os franceses da cidade
de Savona, de onde tiraram a palavra Savon (sabão) e Savonnette (sabonete no
diminutivo).
Conta-se que para fazer o sabão, os fenícios ferviam
água com banha de cabra e cinzas de madeira, o que o tornava mais pastoso. Já o
sabão sólido só apareceu no século VII, quando os árabes descobriram o processo
de saponificação, uma mistura de óleos naturais, gordura animal e soda
cáustica, que endurece depois de fervida.
Em 1878, Harley Procter, dono de uma fábrica de
velas e sabão, disse para seu primo, o químico James Gamble, que queria
produzir um sabão branco, cremoso e delicadamente perfumado. Assim se chegou à
nova fórmula, que produzia uma rica espuma e tinha uma consistência homogênea.
Logo que inventaram a luz elétrica, Harley Procter
previu que a eletricidade poderia acabar de uma vez com o seu lucrativo negócio
de velas, e decidiu então promover o seu novo sabão inventando em 1978 o “Roger
& Gallet”, primeiro sabonete redondo, envolto artesanalmente em papel
drapeado.
Consta que o sabonete mais antigo, que é
comercializado até hoje, é o Lux, cuja primeira fabricação data de 1925. No
Brasil, ele chegou em 1932, com o nome de Lever, empresa que o fabricava. A
primeira representante da marca foi a atriz Claudette Colbert, que interpretou
Cleópatra no cinema, em 1934.
O slogan “sabonete das estrelas de cinema” veio da
matriz da Lever, nos Estados Unidos, a partir da década de 50, uma vez que teve
como garotas propagandas Elizabeth Taylor, Lana Turner, Ava Gardner, Dorothy
Lamour, Judy Garland, Rita Hayworth, Grace Kelly, Joan Crawford, Kim Novak e
Gina Lollobrigida, entre outras.
Fonte: Blog Marie Louise
Nenhum comentário:
Postar um comentário