Série: Mulheres que fizeram e fazem História
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Maria Quitéria de Jesus Medeiros,
filha de um fazendeiros portugueses, nasceu em Feira de Santana, na Bahia,
em 1792. Ela se tornou a heroína mais respeitada de toda a Guerra da
Independência quando, vestida de homem e usando o nome do cunhado, José
Cordeiro de Medeiros, lutou com valentia na saga baiana para derrotar os
colonizadores portugueses e consolidar a independência do Brasil.
Maria
Quitéria saiu de casa para lutar no Batalhão dos Periquitos, comandado pelo
avô do poeta Castro Alves. Seus pais, embora portugueses, a estimularam e a
apoiaram em seus objetivos e patriotismo. Sua valentia e destemor puderam ser
confirmados por seus companheiros, entre outras, nas importantes batalhas de
Itapuã e Pirajá. Na primeira, por exemplo, Maria Quitéria, ou soldado
Medeiros, como era conhecida, invadiu sozinha uma trincheira inimiga e acabou
levando dois prisioneiros para o acampamento.
Descoberta
sua verdadeira identidade, Maria Quitéria recebeu como prêmio a promoção ao
posto de primeiro-cadete. Recebeu também o título de Cavaleiro da Ordem
Imperial do Cruzeiro do Sul.
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O seu entusiasmo contaminou outras
mulheres. Centenas delas seguiram o seu exemplo e passaram a integrar a
Companhia Feminina, criada pelo Exército e comandada por ela. Em Foz do
Paraguaçu, Maria Quitéria e suas companheiras, com água até o peito,
conseguiram o feito heroico de impedir o desembarque dos inimigos.
Quando os conflitos se aproximaram do
centro de Salvador , os colonizadores organizaram a fuga. Na madrugada do dia
dois de julho, Madeira de Melo, comandante português, embarcou 6 mil soldados,
4 mil marinheiros e 2 mil funcionários, em 84 navios e zarpou rumo a Portugal.
No mesmo dia de 2 de julho de 1823, ao meio dia, as tropas brasileiras entraram
em Salvador. À sua frente estava a heroína Maria Quitéria.
Fonte: Barão em Foco- Coletânea
História do Brasil
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