segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MARIA QUITÉRIA

Série: Mulheres que fizeram e fazem História

       


  


Maria Quitéria de Jesus Medeiros, filha de um fazendeiros portugueses, nasceu em Feira de Santana, na Bahia, em  1792. Ela se tornou a heroína mais respeitada de toda a Guerra da Independência quando, vestida de homem e usando o nome do cunhado, José Cordeiro de Medeiros, lutou com valentia na saga baiana para derrotar os colonizadores portugueses e consolidar a independência do Brasil.
Maria Quitéria saiu de casa para lutar no Batalhão dos Periquitos, comandado pelo avô do poeta Castro Alves. Seus pais, embora portugueses, a estimularam e a apoiaram em seus objetivos e patriotismo. Sua valentia e destemor puderam ser confirmados por seus companheiros, entre outras, nas importantes batalhas de Itapuã e Pirajá. Na primeira, por exemplo, Maria Quitéria, ou soldado Medeiros, como era conhecida, invadiu sozinha uma trincheira inimiga e acabou levando dois prisioneiros para o acampamento.
Descoberta sua verdadeira identidade, Maria Quitéria recebeu como prêmio a promoção ao posto de primeiro-cadete. Recebeu também o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.

O seu entusiasmo contaminou outras mulheres. Centenas delas seguiram o seu exemplo e passaram a integrar a Companhia Feminina, criada pelo Exército e comandada por ela. Em Foz do Paraguaçu, Maria Quitéria e suas companheiras, com água até o peito, conseguiram o feito heroico de impedir o desembarque dos inimigos.
Quando os conflitos se aproximaram do centro de Salvador , os colonizadores organizaram a fuga. Na madrugada do dia dois de julho, Madeira de Melo, comandante português, embarcou 6 mil soldados, 4 mil marinheiros e 2 mil funcionários, em 84 navios e zarpou rumo a Portugal. No mesmo dia de 2 de julho de 1823, ao meio dia, as tropas brasileiras entraram em Salvador. À sua frente estava a heroína Maria Quitéria.

Fonte: Barão em Foco- Coletânea História do Brasil

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