Nesta época de festivais, tenho ouvido inúmeros
questionamentos sobre música. Muitos me perguntam, a música mudou? Ao que
respondo, nos limites dos meus parcos conhecimentos sobre a
matéria, claro que
não. A música foi e será sempre a mesma. Não evoluiu, tampouco apresentou retrocesso.
A música continua sendo um processo em que harmonias se completam, ou se
entrelaçam, ou se chocam, à obtenção de uma linha melódica que seja considerada
aprazível e que mexa com quase todos os nossos sentimentos. Até os mais
recônditos.
Quem de nós não tem uma música como a sua preferida, ou
várias? Uma que o faça relembrar alguma data marcante, um encontro, uma paixão,
um desencontro, uma silhueta feminil vista só uma vez, mas que ficou marcada na
nossa memória graças aos acordes que a acompanhavam? Acho que ninguém, nem os
mais frios assassinos. Esquizofrênicos, talvez, por, segundo afirmam os
especialistas do ramo, não apresentarem nenhum ranço de sentimento.
Quando fui estudante de música, mais precisamente de piano,
açulado por minha mãe, que acreditava estar diante de um futuro Stravinsky,
senti a minha pequenez ante o instrumento e, um desconforto, que me conduziu
abandonar aquele estudo. Jamais a música. A qual venero e me entrego.
No decorrer da minha vida – já ultrapassada da média
brasileira – vivo dos juros concedidos pela Providência, mas me fazendo
acompanhar pela música, vi, em meio a ela, nascerem inúmeros gêneros musicais e
desparecerem outros tantos.
Dos clássicos que conhecia, passei pela valsa, pelo lundu,
pelo samba-de-roda, samba tradicional, samba canção, samba exaltação – das
escolas de samba – rumba, foxtrote, twist, o incipiente rock de Elvis Presley,
bossa-nova, lambada, axé, pelo dos sapateados irlandeses, adotados pelos
americanos nos seus musicais hollywoodianos através de astros como Fred Astaire
e Gene Kelly. Gêneros e mais gêneros, tantos quantos a criatividade humana é
capaz de concebê-los. Nem todos bons para mim, mas, por certo, amados por
muitos viventes.
Diante de tamanha
euforia, começaram a descortinar-se, no meio musical, novas denominações para
cada um deles. A cada batida diferente vinha um apelido: Bossa Nova, Dance
Music, Música Eletrônica, Pop, Rock, Pé de Serra, Música Acústica, essa última que
aos incautos nada diz, pois se todo instrumento é acústico, logo a música
produzida por eles é, sem dúvida, acústica.
Foi em busca dos porquês dessa famigerada designação que me
predispus pesquisar, pesquisa essa que fica comigo e repasso a vocês, para que
não encontremos alguém que nos chame de idiotas quando confessarmos que não
sabemos o que é música acústica.
E a
explicação a essa minha curiosidade resultou, sem tirar nem por, no quanto se
segue: “musica acústica refere-se exclusiva ou principalmente a música que
utiliza instrumentos que produzem som totalmente acústicos, em oposição aos
meios eletrônicos. Dado que instrumentos eletrônicos são uma invenção muito recente na história da música, quase todos os instrumentos musicais são acústicos e
posteriormente quase todas as músicas. O termo "música acústica" é um retrônimo, cunhado
após o invento de instrumentos elétricos, como a guitarra elétrica, Órgão Hammond e os sintetizadores. Música
acústica pode ainda ser ampliada usando amplificadores
eletrônicos. No entanto, estes dispositivos de amplificação devem ser
separados do instrumento amplificado e da necessidade de reproduzir o seu som
natural com precisão. Após a popularidade do programa de televisão MTV Unplugged, com
atuações de artistas em shows acústicos (embora na maioria dos casos ainda
eletricamente amplificado), que costumam contar com instrumentos eletrônicos
tornaram-se coloquialmente referida como concertos "desconectados".
Aprenderam?
Eu ainda tenho cá minha dúvidas.
Bom dia para todos vocês.
LCFACÓ

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