sexta-feira, 27 de setembro de 2013

MÚSICA ACÚSTICA


Nesta época de festivais, tenho ouvido inúmeros questionamentos sobre música. Muitos me perguntam, a música mudou? Ao que respondo, nos limites dos meus parcos conhecimentos sobre a
matéria, claro que não. A música foi e será sempre a mesma. Não evoluiu, tampouco apresentou retrocesso. A música continua sendo um processo em que harmonias se completam, ou se entrelaçam, ou se chocam, à obtenção de uma linha melódica que seja considerada aprazível e que mexa com quase todos os nossos sentimentos. Até os mais recônditos.
Quem de nós não tem uma música como a sua preferida, ou várias? Uma que o faça relembrar alguma data marcante, um encontro, uma paixão, um desencontro, uma silhueta feminil vista só uma vez, mas que ficou marcada na nossa memória graças aos acordes que a acompanhavam? Acho que ninguém, nem os mais frios assassinos. Esquizofrênicos, talvez, por, segundo afirmam os especialistas do ramo, não apresentarem nenhum ranço de sentimento.
Quando fui estudante de música, mais precisamente de piano, açulado por minha mãe, que acreditava estar diante de um futuro Stravinsky, senti a minha pequenez ante o instrumento e, um desconforto, que me conduziu abandonar aquele estudo. Jamais a música. A qual venero e me entrego.    
No decorrer da minha vida – já ultrapassada da média brasileira – vivo dos juros concedidos pela Providência, mas me fazendo acompanhar pela música, vi, em meio a ela, nascerem inúmeros gêneros musicais e desparecerem outros tantos.
Dos clássicos que conhecia, passei pela valsa, pelo lundu, pelo samba-de-roda, samba tradicional, samba canção, samba exaltação – das escolas de samba – rumba, foxtrote, twist, o incipiente rock de Elvis Presley, bossa-nova, lambada, axé, pelo dos sapateados irlandeses, adotados pelos americanos nos seus musicais hollywoodianos através de astros como Fred Astaire e Gene Kelly. Gêneros e mais gêneros, tantos quantos a criatividade humana é capaz de concebê-los. Nem todos bons para mim, mas, por certo, amados por muitos viventes.
Diante de tamanha euforia, começaram a descortinar-se, no meio musical, novas denominações para cada um deles. A cada batida diferente vinha um apelido: Bossa Nova, Dance Music, Música Eletrônica, Pop, Rock, Pé de Serra, Música Acústica, essa última que aos incautos nada diz, pois se todo instrumento é acústico, logo a música produzida por eles é, sem dúvida, acústica.
Foi em busca dos porquês dessa famigerada designação que me predispus pesquisar, pesquisa essa que fica comigo e repasso a vocês, para que não encontremos alguém que nos chame de idiotas quando confessarmos que não sabemos o que é música acústica.
                       E a explicação a essa minha curiosidade resultou, sem tirar nem por, no quanto se segue: “musica acústica refere-se exclusiva ou principalmente a música que utiliza instrumentos que produzem som totalmente acústicos, em oposição aos meios eletrônicos. Dado que instrumentos eletrônicos são uma invenção muito recente na história da música, quase todos os instrumentos musicais são acústicos e posteriormente quase todas as músicas. O termo "música acústica" é um retrônimo, cunhado após o invento de instrumentos elétricos, como a guitarra elétrica, Órgão Hammond e os sintetizadores. Música acústica pode ainda ser ampliada usando amplificadores eletrônicos. No entanto, estes dispositivos de amplificação devem ser separados do instrumento amplificado e da necessidade de reproduzir o seu som natural com precisão. Após a popularidade do programa de televisão MTV Unplugged, com atuações de artistas em shows acústicos (embora na maioria dos casos ainda eletricamente amplificado), que costumam contar com instrumentos eletrônicos tornaram-se coloquialmente referida como concertos "desconectados".
                        Aprenderam? Eu ainda tenho cá minha dúvidas.
Bom dia para todos vocês.
LCFACÓ
   



   




   

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