Nicolas
Fouquet, Marquês de Belle-Île (Paris, 27 de janeiro de 1615 – Pinerolo, 23 de março de 1680)
foi um nobre francês, Superintendente de Finanças durante o reinado de Luís XIV. Devido ao seu modo extravagante e
estilo de vida ostensivo, Fouquet foi aprisionado pelo próprio Luís XIV
em 1661,
permanecendo encarcerado até sua morte. Um dos homens mais influentes de sua
época, Fouquet foi também proprietário do Castelo de Vaux-le-Vicomte, que
teria inspirado a construção de Versalhes.
O pai
de Nicolas, François IV Fouquet, de origem angevina, vendeu o seu lugar de
Conselheiro do Parlamento de Paris e
comprou o de maître des requêtes (mestre das petições). Este último
cargo colocou-o ao serviço do Cardeal Richelieu e
da sua política. A família Fouquet envolveu-se na Contrarreforma,
resposta católica ao crescimento do Protestantismo.
O casal teve quinze filhos dos quais sobreviveram doze, entre eles Nicolas
Fouquet, nascido em 1615.
Nicolas
Fouquet estudou no Colégio de Clermont, em Paris, que era detido pelos Jesuítas.
Em 1635 comprou, tal como o seu pai, um cargo de maître des requêtes.
Cinco anos mais tarde, casou com Louise Fouché. O pai desta, um parlamentar
afortunado, deu-lhe um grande dote. Em 1641, sua esposa faleceu, deixando-lhe
uma grande fortuna, com a qual adquiriu o domínio de Vaux-le-Vicomte.
Em 1650,
Fouquet adquiriu o cargo de Procurador Geral no Parlamento de Paris. Os
grandes, descendentes dos antigos senhores, e os oficiais, dos quais os
parlamentares fazem parte, opuseram-se violentamente à autoridade real durante
a Fronda.
Apesar de ser um oficial, Fouquet permaneceu fiel ao rei e ao Cardeal Mazarin,
que levava adiante a postura rígida de seu antecessor Richelieu.
Em 1651,
Fouquet casou-se com Marie-Madeleine de Castille, filha de um rico parlamentar.
Em 1653,
tornou-se Superintendente das Finanças juntamente com o
Marquês Abel Servien, em recompensa pela fidelidade ao Rei durante a Fronda. No
ano seguinte, comprou a casa de Saint-Mandé e depois, em 1658, a Belle-Islena
costa da Bretanha.
Em Fevereiro de 1659, depois da morte de Servien, Fouquet seguiu como único
Superintendente das Finanças.
No
dia 17 de agosto de 1661,
Fouquet recebeu p Rei e a corte para uma grandiosa recepção em comemoração ao
restauro do Castelo de Vaux-le-Vicomte. O refinado trabalho realizado pelo
arquiteto Louis Le Vau, o pintor Charles Le Brun e
pelo paisagista André Le Nôtre, transformaram o château num
símbolo do poder da nobreza francesa, fato este que desagradou profundamente o
Rei Luís XIV. Pouco tempo após a grande festa, o soberano ordenou a prisão de
Fouquet; considerando-o demasiadamente poderoso e ambicioso. Entre as acusações
havia uma suspeita (pouco fundada) de conspiração contra o Rei. Ao fim de um
processo que durou três anos, Fouquet foi condenado a passar 15 anos preso na
fortaleza de Pinerolo, na Itália,
onde morreu em 1680.
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