A área das Cataratas
do Iguaçu (em espanhol: Cataratas
del Iguazú) é um conjunto de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizada entre
o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil 20%,
e o Parque Nacional Iguazú em Missiones, na Argentina 80%, fronteira entre os dois países. A área total de
ambos os parques nacionais,
correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e é
considerada Patrimônio Natural da Humanidade.
O Parque Nacional
argentino foi criado em 1934; e o
Parque Nacional brasileiro, em 1939, com o propósito
de administrar e proteger o manancial de água que
representa essa catarata e o
conjunto do meio ambiente ao seu redor. Os parques tanto brasileiro
como argentino passaram a ser considerados Patrimônio da Humanidade em 1984 e 1986,
respectivamente. Desde 2002 o Parque Nacional do Iguaçu é um dos sítios
geológicos brasileiro.
Historicamente, o
primeiro europeu a achar as Cataratas do Iguaçu foi o espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, no ano de 1541.
As Cataratas do
Iguaçu participaram da campanha mundial de escolha das Sete maravilhas naturais do mundo,
organizada pela Fundação New 7 Wonders. As cataratas ficaram entre
as 28 finalistas da campanha, que durou até o fim do ano 2011 quando foi
atingido o número de 1 bilhão de votos.
Toponímia
Vista aérea
das Cataratas do Iguaçu
Seu nome vem das
palavras Tupi ou Guarani y ɨ (água)
e ûasú waˈsu (grande). Reza
a lenda que
um deus planejava
se casar com uma bela mulher chamada Naipi, que fugiu com seu amante mortal
Tarobá em uma canoa. Com
raiva, o deus cortou o rio, criando as cachoeiras e condenando os amantes a uma
queda eterna. O primeiro europeu a descobrir as cataratas foi o conquistador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, em 31 de Janeiro de1542, por qual
uma das quedas no lado argentino foi nomeada. As quedas foram
redescobertas por Boselli no final do século XIX, e uma das
quedas da Argentina é nomeada com seu nome.
Geografia
Imagem de
satélite das Cataratas.
O sistema consiste
de 275 cachoeiras ao longo de 2,7 km do rio Iguaçu. Algumas
das quedas individuais têm até 82 metros de
altura, embora a maioria tenha cerca de 64 metros. A Garganta do Diabo (em espanhol: Garganta
del Diablo), uma queda em forma de U, tem 82 metros de
altura, 150 metros de largura e 700 metros de comprimento, é a mais
impressionante de todas as cataratas e marca a fronteira entre a Argentina e o Brasil.
Dois terços das
cataratas ficam em território
argentino. Cerca de 900 metros dos 2,7 km de comprimento, não tem água
que flui sobre ele. A borda da tampa de basalto recua
cerca de 3 mm por
ano. A água do baixo Iguaçu se
acumula em um cânion que
drena no rio Paraná, a uma
curta distância da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A junção entre a
água marca a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Existem
pontos nas cidades de Foz do Iguaçu, no Brasil, Puerto Iguazú, na Argentina, e Ciudad del Este, no Paraguai, que têm
acesso ao rio Iguaçu, onde as
fronteiras dos três países podem
ser vistas, uma popular atração turística para os visitantes das três cidades.
Turismo
A maioria dos
visitantes alcançam as quedas do lado argentino através
da cidade de Puerto Iguazú. O Brasil (e
também o Paraguai) exige
dos cidadãos de
alguns países que entram pela Argentina a obtenção de vistos, o que é demorado.
Por exemplo, os visitantes da América do Norte que vêm da Argentina para ver as cataratas do
lado brasileiro devem solicitar pessoalmente um visto no consulado brasileiro
na cidade argentina de Puerto Iguazú.
Existem dois aeroportos internacionais
perto das Cataratas do Iguaçu: o Aeroporto Internacional de Foz do
Iguaçu (IGU) e o Aeroporto Internacional Cataratas del
Iguazú (IGR). Ambos os aeroportos estão a vários quilômetros das
Cataratas do Iguaçu e das cidades vizinhas de Foz do Iguaçu, no Brasil, e
Puerto Iguazú, na Argentina. A LAN Airlines e
a Aerolíneas Argentinas tem voos diretos a partir de Buenos Aires e
várias companhias aéreas brasileiras como a TAM, Gol oferecem serviços das principais cidades brasileiras até Foz do Iguaçu.
Acesso
As quedas podem ser
alcançadas a partir das duas principais cidades dos dois lados das cataratas,
Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, no
Brasil, e Puerto Iguazú, na província de Missiones, Argentina, bem como
a partir de Ciudad del Este, no Paraguai, do outro
lado do rio Paraná. As quedas
são compartilhados pelo Parque Nacional Iguazú (Argentina) e
pelo Parque Nacional do Iguaçu (Brasil). Os dois
parques foram designados Patrimônio Mundial da UNESCO em 1984 e 1987,
respectivamente.
No lado brasileiro, existe uma passarela ao
longo do cânion com uma extensão para a base inferior da Garganta do Diabo. O passeio
de helicóptero que
oferece vistas aéreas das quedas estão disponíveis apenas no lado brasileiro, a
Argentina proibiu tais excursões devido aos seus efeitos nocivos sobre o
meio ambiente. Do Aeroporto de Foz do Iguaçu o
parque pode ser alcançado por táxi ou ônibus. Há uma taxa de entrada para o
parque. Ônibus gratuitos frequentes são fornecidos para vários pontos dentro do
parque. A cidade de Foz do Iguaçu está a cerca de 20 km de distância e o
aeroporto está entre o parque e a cidade.
O acesso pela
Argentina é facilitado pelo Trem Ecológico. O trem
leva os visitantes diretamente para a entrada da Garganta do Diabo, bem como
as trilhas superiores e inferiores. O Paseo Garganta del Diablo é
uma trilha de um quilômetro de
comprimento que leva o visitante diretamente sobre as quedas da Garganta do
Diabo. Outras passagens permitem o acesso ao trecho alongado de quedas do lado
argentino e á balsa que liga a ilha de San Martin.
Ao ver Iguaçu, a
ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, teria
exclamado "Pobre Niágara!". As Cataratas do Iguaçu também são
muitas vezes comparadas com as Cataratas Vitória, na África Austral, que
separa a Zâmbia e
o Zimbabwe. Iguaçu é
mais ampla, mas porque ela é dividida em cerca de 275 quedas discretas e
grandes ilhas, Victoria é a maior cortina de água no mundo, com mais de 1.600 m
de largura e mais de 100 m de altura.
Com o alagamento
do Salto de Sete Quedas em 1982, Iguaçu
atualmente tem o segundo maior fluxo médio anual do que o de qualquer cachoeira
do mundo, depois das Cataratas do Niágara, com uma taxa média de 1.746 m³/s. Seu fluxo
máximo registrado foi de 12.800 m³/s.8 Em
comparação, a vazão média das Cataratas do Niágara é de 2.400 m³/s, com uma
vazão máxima gravada de 8.300 m³/s.9 O
fluxo médio nas Cataratas Vitória é de 1.088 m³/s, com uma vazão máxima
registrada de 7.100 m³/s.
Muitas cataratas têm entre 30 m e 150 m
na Garganta do Diabo, enquanto nas Cataratas Vitória alcançam mais de 300 m. No entanto, Iguaçu
oferece uma vista melhor e passarelas, além disso, seu formato permite vistas
espetaculares. Em um certo ponto uma pessoa pode estar cercada por 260 graus de
cachoeiras. A Garganta do Diabo, tem água derramando-se
nela a partir de três lados. Da mesma forma, visto que Iguaçu é dividida em
várias pequenas quedas, pode-se ver estas uma porção de cada vez. Vitória não
permite isso, pois é essencialmente uma cachoeira que cai em um canyon e é
imensa demais para ser apreciada ao mesmo tempo (com exceção do ar).
As Cataratas do
Iguaçu foi escolhida como uma das Sete Novas Maravilhas da
Natureza, organizada pela Fundação New 7 Wonders. As
cataratas estavam entre as 28 finalistas da campanha, que durou até 2011 quando
provavelmente atingiu o número de 1 bilhão de votos. Outra concorrente e também
vencedora brasileira no concurso foi a Floresta Amazônica. Em fevereiro de 2009, foi a quinta classificada
no Grupo F, a categoria de lagos, rios e cachoeiras.
Lenda
Uma linda lenda tupi-guarani explica
o surgimento das Cataratas do Iguaçu. "Há muitos anos atrás, o Rio Iguaçu corria
livre, sem corredeiras e nem cataratas. Em suas margens habitavam índios caingangues,
que acreditavam que o grande pajé M’Boy era o deus-serpente, filho
de Tupã. Ignobi,
cacique da tribo, tinha uma filha chamada de Naipi, que iria ser consagrada ao
culto do deus M’Boy, divindade com a forma de grande serpente.
Tarobá, jovem
guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem
para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos
desceram o rio numa canoa.
M’Boy, furioso com
os fugitivos, na forma de uma grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se,
provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das
cataratas. Envolvidos pelas águas, caíram de grande altura. Tarobá
transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipí,
em uma pedra junto da grande cachoeira,
constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o
deus-serpente, permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua
amada sem poder tocá-la.
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