Estátua
de um gato-maracajá (um
dos primeiros nomes conhecidos da ilha), construída em 1920 na Praia da
Guanabara
Vista da Estrada do Galeão, uma das principais
avenidas da ilha
A Ilha
do Governador localiza-se no lado ocidental do interior da Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro.
Compreende catorze bairros do município do Rio de
Janeiro. Faz parte da região da Zona Norte
do Rio de Janeiro.
História
Contendo
uma superfície de 36,12 quilômetros quadrados, compreende catorze bairros da
cidade do Rio de
Janeiro - Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão,Jardim
Carioca, Jardim
Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia
da Bandeira, Ribeira, Tauá e Zumbi -, com uma população total de
aproximadamente 210 mil habitantes. Tradicionalmente residencial, atualmente
apresenta características mistas, compreendendo ainda indústrias, comércio e
serviços.
Descoberta
em 1502 por navegadores portugueses, os índios Temiminós eram
os seus habitantes na época. Chamavam-na de "Ilha de Paranapuã",
termo que significa "colina do mar", pela junção de paranã,
"mar"4 e apuã,
"colina"5 ,
sendo também chamada de "Ilha dos Maracajás"
(espécie de grandes felinos,
então abundantes na região. "Maracajá" também era um outro nome dos
índios temiminós que habitavam a ilha6 .)
pelos índios Tamoios,
inimigos dos Temiminós.
Terra
natal de Arariboia,
foi abandonada pelos Temiminós em consequência dos ataques de inimigos Tamoios
e de traficantes franceses de pau-brasil, os quais foram definitivamente expulsos em
1567, pelos portugueses.
O
nome "Ilha do Governador" surgiu somente a partir de 5 de setembro de
1567, quando o governador-geral do então Estado do Brasil (e
interino da Capitania
do Rio de Janeiro) Mem de Sá doou
ao seu sobrinho, Salvador
Correia de Sá (o Velho - Governador e
Capitão-general da Capitania Real do Rio de Janeiro de 1568 a 1572), mais da
metade do seu território. Correia de Sá, futuro governador da capitania,
transformou-a em uma fazenda onde se plantava cana-de-açúcar, com um engenho
para produção de açúcar, exportado para a Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII.
Em
1663, foi lançado ao mar o Galeão Padre Eterno, na época o maior navio do mundo. O galeão foi construído num local da
ilha que passou a ser conhecido como Ponta do Galeão, originando o
atual bairro do Galeão.
No
século XIX, o Príncipe-Regente D. João utilizou
o seu espaço como coutada para
a caça.
Segundo a tradição, conta-se que a Praia da Bica recebeu
este nome por causa de uma fonte que costumava servir de banho ao jovem
príncipe D. Pedro, mais tarde D. Pedro I (1822-1831).
O desenvolvimento da Ilha do Governador, entretanto, só ocorreu a partir da
ligação regular da ilha com o continente, efetuada por barcas a vapor com
atracadouro na Freguesia desde 1838. Mais tarde, outros atracadouros foram
construídos no Galeão e na Ribeira, integrando a área à economia do café e à
atividade industrial (produção de cerâmica).
No
início do século XX, os bondes chegaram
à ilha, efetuando a ligação interna de Cocotá à Ribeira (1922), percurso
estendido posteriormente até ao Bananal e a outros pontos. Também é neste
século que se instalaram as unidades militares: a Base Aérea do Galeão, os
quartéis dos Fuzileiros Navais e a Estação de Rádio da Marinha, época em que o
bairro se constituía num balneário para a classe média da cidade do Rio de
Janeiro.
Em
23 de julho de 1981, através do Decreto Número 3 157, do então prefeito Júlio Coutinho,
no tempo do Governador Chagas Freitas,
o bairro da Ilha do Governador foi oficialmente extinto e transformado nos seus
atuais quatorze bairros oficiais.
Geografia
A
região por sua peculiar localização dentro da Baía de Guanabara, conta com
excelente ventilação, o que garante um clima bem mais ameno nos dias mais
quentes de verão. Essa vantagem, por outro lado, representa um risco quando se
tratam de grandes tempestades, pois o bairro fica sujeito a fortes vendavais e
a incidência acima do comum para a região de chuva de granizo.
A
arborização do bairro é bastante intensa, não apenas pela existência de
reservas naturais de Mata Atlântica dentro da área da aeronáutica no Galeão e da Marinha no Jardim
Guanabara, Bancários, Freguesia e bananal, mas também em diversas
áreas públicas e principalmente nos quintais das inúmeras residências por todo
o bairro, auxiliando na prevenção das ilhas de calor que se
formam em algumas regiões pouco arborizadas e excessivamente construídas dentro
de metrópoles. A APARU do Jequiá possui
uma preservação do ecossistema de manguezal bastante considerável, em função de sua
localização dentro da metrópole.
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