quinta-feira, 24 de outubro de 2013

MIGUEL ÂNGELO NICOLELIS

Série: grandes cientistas brasileiros

Miguel Nicolelis

Nicolelis durante entrevista para o programa Roda Viva
Dados gerais

Nome de nascimento
Miguel Ângelo Nicolelis
Nacionalidade
Residência
Nascimento
7 de março de1961 (52 anos)
Local
Progenitores
Mãe
Atividade
Campo(s)
Instituições
Alma máster


Miguel Angelo Laporta Nicolelis (São Paulo7 de março de 1961) é um médico e cientista brasileiro. É filho da escritora Giselda Laporta Nicolelis. Foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista "Scientific American". Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Nicolelis é o primeiro cientista a receber da instituição americana no mesmo ano o Pioneer e o Transformative R01 e o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science.
Lidera um grupo de pesquisadores da área de Neurociência da Universidade Duke (DurhamEstados Unidos), no campo de fisiologia de órgãos e sistemas, na tentativa de integrar o cérebro humano com máquinas (neuropróteses ou interfaces cérebro-máquina). O objetivo das pesquisas é desenvolver próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal. Nicolelis e sua equipe foram responsáveis pela descoberta de um sistema que possibilita a criação de braços robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. O trabalho está na lista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sobre as tecnologias que vão mudar o mundo.
Nicolelis formou-se em Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Na mesma instituição, cursou o doutorado em Fisiologia Geral, onde sofreu grande influência de César Timo-Iaria. O pós-doutorado foi realizado no Hospital Universitário Hahnemann (associado ao Drexel University College of Medicine) (naFiladélfia). Professor titular de Neurobiologia e Engenharia Biomédica e co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University.
Nicolelis também concebeu e lidera o projeto do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, na capital do Rio Grande do Norte. Em Natal, uma das linhas de pesquisa de Nicolelis visa caracterizar a resposta tecidual ao implante dos mesmos eletrodos utilizados nas pesquisas que são desenvolvidas em seu laboratório na Universidade Duke. Os primeiros resultados desta linha de pesquisa receberam destaque internacional ao serem divulgados na prestigiosa revista PLoS ONE, trabalho este totalmente desenvolvido no Brasil.
No dia 26 de julho de 2011 o Jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria relatando a cisão entre Miguel Nicolelis e Sidarta Ribeiro . Uma versão recorrente no meio acadêmico dá conta de que a saída desses professores se deu por um egocentrismo crescente por parte dos últimos, especialmente devido a críticas de Nicolelis relacionadas ao baixo impacto das pesquisas desenvolvidas por eles. Informações obtidas com frequentadores do Instituto citam como fator desencadeador da saída de Sidarta Ribeiro, indicado por Nicolelis para ser o primeiro diretor do IINN, em 2005, um pedido para que Ribeiro deixasse de utilizar a garagem do Instituto, bem como a sala que ocupava, que deu origem a um novo laboratório do IINN-ELS [2].

Manifesto da Ciência Tropical
Em 23 de novembro de 2010, Nicolelis divulgou um documento de sua autoria intitulado Manifesto da Ciência Tropical: um novo paradigma para o uso democrático da ciência como agente efetivo de transformação social e econômica no Brasil. Nele, sugere que o Brasil encontra-se diante de uma oportunidade única de potencializar seu desenvolvimento científico e educacional, através da cooperação entre ambos, e propõe quinze medidas necessárias para o país firmar-se como uma liderança mundial na produção e uso democratizante do conhecimento. O documento repete a ênfase na descentralização da produção científica e na aproximação entre pesquisa e escola, seguindo o exemplo do Instituto Internacional de Neurociências de Natal.
Em 28 de fevereiro de 2013 Miguel e equipe conseguiram conectar dois ratos pelos sinais de seus cérebros.

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