Mitologia
Midas é um
personagem da mitologia grega, o rei da cidade de Frígia. É baseado
em um rei de mesmo
nome da Frígia (no meio da atual Anatólia, Turquia), do século VIII a.C., havendo sobre esse rei dois conhecidos mitos.
Tinha um filho chamado Litierses, que servia a ele como protetor (Litierses era
conhecido como "Ceifador de homens", devido à sua fama de decapitar
os inimigos). O principal mito atribuído a Midas, o de transformar em ouro tudo
o que tocava, adquiriu um caráter simbólico e metafórico na sociedade
contemporânea, sendo facilmente compreensíveis na nossa cultura analogias
simbólicas como a de um "complexo de Midas" (ver referências).
Descoberta Arqueológica
O Rei Midas
realmente existiu. Em 1054, pesquisadores do Museu de Arqueologia e
Antropologia da University of Pennsylvania sob a
liderança de Rodney Young, após escavações na Turquia, em Gordiom
(hoje Yassihüyük) antiga capital da Frígia,
localizaram o túmulo de Midas. O caixão mortuário estava muito bem preservado,
era feito de troncos de árvores e em sua volta havia vasos de cerâmica e metal,
taças, bandejas e outros recipientes e objetos. Ali houve, segundo Dr. Patrick E. McGovern da equipe de
arqueólogos da U.Penn, um banquete fúnebre para o Rei e quase todas as
iguarias e bebidas puderam ser identificadas. Cem foi a quantidade aproximada
de convidados nessa grande refeição, conforme avaliação dos especialistas.1
Mitos sobre Midas
Toque de ouro
Certa vez Baco (ou Dionísio, deus do
vinho) deu por falta de seu mestre e pai de criação, Sileno. O velho
andara bebendo e, tendo perdido o caminho, foi encontrado por alguns camponeses
que o levaram ao seu rei, Midas. Midas reconheceu-o, tratou-o com
hospitalidade, conservando-o em sua companhia durante dez dias, no meio de
grande alegria.
No décimo-primeiro
dia, levou Sileno de volta e entregou-o são e salvo a seu pupilo. Baco
ofereceu, então, a Midas o direito de escolher a recompensa que desejasse,
qualquer que fosse ela. Midas pediu que tudo em que tocasse imediatamente fosse
mudado em ouro. Baco
consentiu, embora pesaroso por não ter ele feito uma escolha melhor.
Midas seguiu
caminho, jubiloso com o poder recém-adquirido, que se apressou a pôr em prova.
Mal acreditou nos próprios olhos quando viu um raminho que arrancara de um carvalho
transformar-se em ouro em sua mão. Segurou uma pedra; ela mudou-se em ouro.
Pegou um torrão de terra; virou ouro. Colheu um fruto da macieira; ter-se-ia
dito que furtara do jardim das Hespérides.
Sua alegria não
conheceu limite e, logo que chegou à casa, ordenou aos criados que servissem um
magnífico repasto. Então verificou, horrorizado, que, se tocava o pão, este
enrijecia em suas mãos; se levava comida à boca, seus dentes não conseguiam
mastigá-la. Tomou um cálice de vinho, mas a bebida desceu-lhe pela boca como
ouro derretido, sua filha se encostou a ele e se transformou em ouro.
Consternado com
essa aflição sem precedentes, Midas lutou para livrar-se daquele poder:
detestava o dom. Tudo em vão, porém; a morte por inanição parecia aguardá-lo.
Ergueu os braços, reluzentes de ouro, numa prece a Baco, implorando que o
livrasse daquela destruição fulgurante. Baco, divindade benévola, ouviu e
consentiu. "a agua corrente desfaz o toque ", disse-lhe
Dyonisos,´´mergulhas o que tocastes num rio,e os objetos em que tocaste
voltarão a ser o que eram``. Midas correu a cumprir o que dissera o deus do
vinho e, com a água do rio Pactolo, que correu num jarro, foi banhando todos os
objetos em que tocara, restituindo-lhes a natureza primitiva, a começar pela
própria filha, que ele , então, pôde abraçar sem perigo de torná-la de ouro.
Dizem que Midas, ao se abaixar para colher a água na margem do rio, tocou na
areia com as mãos e que, por isso, ainda hoje, o rio Pactolo corre por sobre um
leito de areias douradas.
Orelhas de burro
Após os eventos
envolvendo o toque de ouro, (que não perdeu) Midas abandonou a riqueza e virou
um seguidor de Pã, deus dos
bosques (deus do ovo) . Um dia Pã afirmou tocar melhor do que Apolo, e o deus
do Sol resolveu fazer um duelo com Pã, julgado pelo deus Tmolo. Pã
agradou a todos com sua flauta, mas após
Apolo tocar sua lira Tmolo
deu o prêmio a ele. Midas indignou-se, questionou a decisão, e Apolo enfurecido
deu a Midas orelhas de burro.
Midas cobriu-as com
um turbante para seus seguidores não o perceberem. Apenas o cabeleireiro sabia
das orelhas, e devia guardar segredo. O cabeleireiro não estava conseguindo, e
para satisfazer sua vontade, cavou um buraco, falou "O Rei Midas tem
orelhas de burro!" dentro deste e cobriu-o de terra. Porém o junco que
cresceu no lugar do buraco "cantava" a frase sempre que recebia
vento, espalhando a história pelo reino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário