Por ALBERTO OLIVEIRA
O cidadão chega ao Aeroporto de
Salvador e tem a má ideia de tomar um suco. Vira-se e dá de frente com uma loja
de nome sugestivo: Tabuleiro.
Pede um suco de laranja. Vem a conta. E ele quase compra a passagem de
volta.
- R$ 10,50, diz a atendente.
- Mas foi só um suco... (por instantes ele temeu que ela tivesse
entendido "um saco" de laranjas).
Sim, porque em uma feira livre, esse é o valor que se cobra por um cento
da fruta.
Mas era mesmo o preço do suco.
Não é um bom motivo para o turista dar meia volta do aeroporto mesmo?
Depois a gente fica se perguntando como se explica termos as belezas naturais
que possuímos, a magia toda em torno da Bahia, e recebermos por ano uma
quantidade pífia de turistas.
Muito se deve porque atendemos mal (pessimamente, na verdade) e,
ainda por cima, cobramos como se cada turista fosse um idiota endinheirado
que só tivesse como opção na vida conhecer a Bahia.
A Baía de Todos os Santos é infinitamente mais bonita do que Cancun, mas
vive às moscas, se compararmos com o destino mexicano. É por essas e outras.
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