sábado, 5 de outubro de 2013

TRÊS MULHERES DA PESADA

Personagens históricas

ARTEMÍSIA I DE CÁRIA

Artemísia I de Cária se tornou governante da Jônia, cliente dos persas. Ela é lembrada por sua
participação na Batalha da Salamina, no contextos das Guerras Médicas. Ela mesmo aconselhou o rei Xerxes a não confrontar os gregos pelo mar. Porém, o rei ignorou o seu conselho e ela participou da batalha comandando cinco navios, em 480 a.C. Em determinado momento, os gregos estiveram próximos de capturar o seu trirreme, quando ela pensou em um plano ardiloso para fugir.

Rapidamente, ela afundou um navio persa, fazendo os gregos pensarem que ela estava lutando ao lado deles. Assim, deixaram-na em paz. Xerxes, assistindo de uma colina próxima, achou que ela tivesse afundado um navio inimigo, e elogiou sua bravura. O rei persa ficou tão orgulhoso, que disse: “Meus homens se transformaram em mulheres, e minhas mulheres em homens”. Artemísia tentou convencer Xerxes a recuar para a Ásia Menor, contrariando os conselhos de outros generais. No fim, os persas sofreram uma grande derrota.
FU HAO
 

Fu Hao foi uma consorte do rei Wu Ding, da dinastia Shang, por volta de 1200 a.C. Ela também foi alta sacerdotisa e general militar, algo incomum no seu tempo. Sua tumba foi descoberta intacta em Yinxu, com os tesouros conservados. Os estudiosos modernos encontraram registros sobre ela em inscrições em artefatos em osso. Estas inscrições mostram que ela liderou várias campanhas militares.

Os vizinhos Tu lutaram contra os Shang durante muitas gerações, mas Fu Hao os venceu em uma única batalha. Ela ainda liderou outras campanhas contra os vizinhos Yi, Qiang e Ba, sendo que a batalha contra estes últimos representou a maior emboscada registrada na História da China. Com um exército de 13 mil soldados, ela foi a maior líder militar do seu tempo.

AH-HOTEP I

Ah-hotep I foi uma figura tão importante no período do Novo Império, que chega a ser considerada, pelos estudiosos, como a principal fundadora da 18ª Dinastia do Egito, no séc. XVI a.C. Ela teve uma vida longa e influente e governou como regente após a morte de seu pai. Neste período, permitiu que seus dois filhos – Kamose e Ahmose I – unificassem o reino após a expulsão dos hicsos. Aliás, ela foi uma das responsáveis pela expulsão deste povo do Egito.

Viveu até os noventa anos e foi enterrada ao lado de Kamose, em Tebas. Armas e joias encontradas na tumba de Ah-hotep I incluem um machado retratando Ahmose I derrubando um soldado hicso e voando em direção à rainha, o que reforça o seu papel na expulsão dos hicsos. Desta forma, ela ficou conhecida como a rainha guerreira. Ela foi homenageada com uma estela, encomendado por Ahmose I no templo de Amon-Rá, que elogia seus feitos militares.

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