Comemoração:
Hoje é Centenário de JOSÉ CARLOS
FACÓ, meu pai. Sobre ele, em breves, mas talentosas linhas, assim discorreu meu
irmão Jorge Alberto:
“José Carlos Facó -
29.11.1913-29.11.2013
José
Carlos Facó, nascido em Beberibe, interior do Ceará, com apenas 19 anos
desembarcou em Salvador a fim de exercer uma atividade no serviço público
estadual da Bahia, por indicação do seu tio, Capitão João Facó, então
secretário de Segurança Pública do Estado.
Foi amor à primeira vista. Apaixonou-se de maneira irresistível pela cidade que o acolheu com tanto carinho. Para evidenciar isso é bom narrar um episódio ocorrido no Rio de Janeiro quando ali passava um período de férias. Almoçando com um grupo de amigos alguns dias após ter chegado àquela cidade declarou, em tom melancólico, que estava com saudade de sua terra. Um dos presentes, de modo irônico, perguntou se sentia falta do Ceará. Qual Ceará nada, respondeu, eu sou baiano da gema. O que provocou risadas generalizadas.
Foi amor à primeira vista. Apaixonou-se de maneira irresistível pela cidade que o acolheu com tanto carinho. Para evidenciar isso é bom narrar um episódio ocorrido no Rio de Janeiro quando ali passava um período de férias. Almoçando com um grupo de amigos alguns dias após ter chegado àquela cidade declarou, em tom melancólico, que estava com saudade de sua terra. Um dos presentes, de modo irônico, perguntou se sentia falta do Ceará. Qual Ceará nada, respondeu, eu sou baiano da gema. O que provocou risadas generalizadas.
Ainda muito jovem, aos 22 anos, casou-se com a quase menina, Alice, de 16 anos, sua companheira por muitos anos, de cuja união nasceram os filhos Luiz Carlos e Jorge. Com uma família constituída e trabalhando em tempo integral, tornaram-se fatores preponderantes no impedimento de seu ingresso no Curso de Direito, um grande sonho que acalentava.
Leitor compulsivo, adquiriu com isso uma cultura razoável, desenvolvendo ao mesmo tempo uma técnica de redação concisa, fato este que talvez o tenha incentivado a enveredar pelo caminho das letras. No início dos anos 1940 escreveu um livro sobre Administração Pública, tema até então de pouco conhecimento. A obra recebeu elogios, inclusive surgiram notas de destaque publicadas em jornais locais.
Ocupou vários cargos de relevância na Administração Estadual e foi eleito para Assembleia Legislativa por 5 mandatos. Seu desempenho esteve sempre voltado em defesa do interesse público e bem estar comum.
Aparentava frieza em determinadas ocasiões, talvez procurando ocultar a timidez típica de seu temperamento, quando na realidade era um ser humano dos mais sensíveis. Sendo o mais velhos de 11 irmãos, acolheu em seu lar alguns deles, em oportunidades diferentes, que vieram estudar e trabalhar aqui. Orientava-os e incentivava-os como se fosse um pai, contando para isso com o apoio irrestrito de Alice. Era notório o amor que dedicava aos filhos e netos, tendo ainda a felicidade de presenciar a formatura de dois deles, Marcos e Cyntia.
No ensejo desta data marcante, seu centenário de nascimento, nós, filhos, noras, netos, bisnetos, irmãos, sobrinhos, amigos e todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver consigo, queremos reverenciá-lo pelo legado que nos deixou de honradez, honestidade, lealdade, simplicidade e o grande respeito que demonstrava pelos menos favorecidos.
Obrigado por tudo. O amaremos e o seguiremos sempre. Só nos resta aplaudi-lo por sua brilhante trajetória nessa vida. Um beijo.”
Jorge
Alberto.
A par desse texto singelo, que não
merece adições sequer de vírgulas, porém exemplar, impregnado de carinho e
emoção, a bem da verdade, só tenho a acrescentar que nosso pai, no segundo
governo de Antônio Carlos Magalhães, exerceu o cargo de Secretário de Estado.
Sucedeu a Luiz Viana Neto na Secretaria das Municipalidades, extinta no governo
subsequente. E o fez com excepcional habilidade, devotando especial atenção à
politica municipalista e a implantação de diversas estâncias
hidrominerais. Dentre as quais destaco a
do Jorro, Itapicuru e a de Caldas de Cipó. Nessa última, em reconhecimento aos
serviços que ali implantou, o povo daquele município batizou a praça principal
da cidade com o seu nome.
Enfim, dizer que foi com ele que eu e
meu irmão aprendemos a dizer amém e a praticar, sem desvios, os princípios
éticos, morais e os bons costumes.
LCFACÓ.
Xará sei das virtudes e competência de seu pai. Por algum tempo fui assistente de José Candido (então Deputado Estadual) e me foi possível conhecer os bons políticos de então. Me associo às homenagens.
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