Ardilosamente, uma vez estavam os dois em uma
praia quando seu irmão percebeu Órion mergulhado
na água e somente com a cabeça de fora. Apolo mostrou-lhe
aquele objeto escuro para a sua irmã, desafiou-a em acertá-lo. Vaidosa e sem
saber que se tratava da cabeça de Órion,
ela prontamente retesou o arco e acertou-a com sua flecha. As ondas trouxeram o
corpo de Órion até a
praia e ela, em sua dor, não querendo que o amado desaparecesse para sempre,
colocou-o entre as estrelas do céu, onde ele aparece como um gigante com cinto
e espada, vestindo pele de leão e segurando uma clava, acompanhado pelo seu
cão, Sírius.
Era muito severa também com os mortais que ousavam
desafiá-la. Certa vez, como de costume banhava-se nas águas das fontes
cristalinas; quando foi surpreendida pelo caçador Acteon que ali se dirigiu para saciar a sede. A vê-lo
transformou-o em um veado e tornou-o vítima da sua própria matilha que o
estraçalhou. Depois que Agamêmnon matou
um cervo em um bosque consagrado a deusa, exigiu do grego o sacrifício de sua
filha, Ifigênia, para que
os ventos voltassem a soprar e permitissem a partida da frota grega para Tróia.
Posteriormente, teve pena da jovem e não deixou que ela fosse sacrificada e levou-a
consigo até seu santuário e ali Ifigênia tornou-se
sacerdotisa. Foi frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares e é
conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, e foi ao longo dos
tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas.
(Colaboração de Renato Monteiro Kloss: rkloss@onda.com.br)
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