Monumento único de Salvador
Num pequeno largo no bairro de Santo Antonio, fica
localizada a chamada Cruz do Pascoal. É um
monumento que teria sido erguido por
um cidadão português chamado Pascoal Marques de Almeida em 1743. Pouco se sabe
sobre o mesmo. Existem apenas referências, mas nada de concreto. Cita-se, por
exemplo, que o referido cidadão teria trazido de Portugal para o Brasil o culto
a Nossa Senhora da Porta do Céu, culto este iniciado no Bahia na Igreja do
Carmo em Salvador.Cruz do Pascoal em diversos ângulos
Nossa Senhora da Porta do Céu
Conta-se que este culto teve inicio com D. João de
Cândia, o chamado Príncipe Negro, nascido em 1578 na Ilha de Ceilão – atual Sri
Lanka – Foi batizado em Goa sendo nomeado em 1591 herdeiro do reino (Cândia).
Em 1610 vem para Portugal a seu pedido e por ordem de Felipe II fica instalado
no convento de São Francisco em Lisboa. Em 1625 adquire um pedaço de terra em
Telheiras que será conhecido como “Quinta do Príncipe”. Nesse terreno manda
erigir uma igreja, e depois um convento, sob a invocação de Nossa Senhora da
Porta do Céu, que entrega aos franciscanos, destinando-o à convalescença dos
religiosos, devido ao clima ameno do local. Depois doa ao convento grande número
de alfaias preciosas destinadas ao culto litúrgico. Em 1632, ele próprio habita
uma das casas contíguas à clausura, com a qual tinha comunicação interior, a
fim de fazer vida com os religiosos. Já havia renunciado ao título de príncipe
de Cândia.
Morre em 1642, na casa da Mouraria, tendo sido, a seu pedido, sepultado "na sua hermida de Telheiras".
Morre em 1642, na casa da Mouraria, tendo sido, a seu pedido, sepultado "na sua hermida de Telheiras".
Convento de Telheiras - Portugal
Devido a proximidade com a Igreja/ Convento do
Carmo e a razão de ser do monumento, há de se pensar que Pascoal Marques de
Almeida tenha sido um sacerdote ou monge desse mesmo convento. Poderia ter
dirigido uma campanha de arrecadação de recursos junto à comunidade e ao
próprio governo da época.
Não é muito crível que um simples cidadão pudesse levantar ou mandado construir um monumento no Centro Histórico de Salvador.
Agora, vamos analisar o monumento em si, seu estilo, o que representa. Uns dizem: “é uma coluna toscana e um nicho inspirado nas torres das igrejas do século XVIII”. Outros que: “trata-se de um oratório público de sete metros de altura! Ainda outros que: “era um ponto de reza antes mesmo da construção do marco. Com a sua edificação o local virou um ponto de peregrinação para onde levas de pessoas se deslocavam apenas para rezar.
Gregório de Matos assim se expressou sobre a Cruz do Pascoal: É um dos monumentos mais expressivos e pitorescos da Bahia. A este recanto pacífico da Bahia se visita para ver este monumento de fé ingênua e pitoresca expressão. É um símbolo dessa fé que, no meio da vida nos interrompe constantemente, no caminho, lembrando dever e destino, numa mudez pacífica que não deixa de acordar memórias e obrigações. A gente se benze, mas não esquece a Cruz do Pascoal”.
Vamos trocar em miúdo como se diz popularmente a questão da coluna: é uma coluna toscana; não apresenta base e dispõe de sete módulos de altura, o fuste (1)é liso, sem caneluras (2), e o capitel (3) simples, com aneletes (4) (toros).
1) Fuste: O corpo da coluna, entre a base e o capitel.
2) Caneluras: são estrias ou sulcos verticais de secção semicircular ao longo do fuste das colunas ou pilares antigos. Na coluna dórica, são separadas por arestas vivas; na coluna jônica e na coríntia, por nervuras. A ordem toscana nunca apresenta caneluras, as quais são opcionais para as outras ordens.
3) capitel é a extremidade superior de uma coluna, de um pilar ou de uma pilastra, cuja função mecânica é transmitir os esforços para o fuste.
Não é muito crível que um simples cidadão pudesse levantar ou mandado construir um monumento no Centro Histórico de Salvador.
Agora, vamos analisar o monumento em si, seu estilo, o que representa. Uns dizem: “é uma coluna toscana e um nicho inspirado nas torres das igrejas do século XVIII”. Outros que: “trata-se de um oratório público de sete metros de altura! Ainda outros que: “era um ponto de reza antes mesmo da construção do marco. Com a sua edificação o local virou um ponto de peregrinação para onde levas de pessoas se deslocavam apenas para rezar.
Gregório de Matos assim se expressou sobre a Cruz do Pascoal: É um dos monumentos mais expressivos e pitorescos da Bahia. A este recanto pacífico da Bahia se visita para ver este monumento de fé ingênua e pitoresca expressão. É um símbolo dessa fé que, no meio da vida nos interrompe constantemente, no caminho, lembrando dever e destino, numa mudez pacífica que não deixa de acordar memórias e obrigações. A gente se benze, mas não esquece a Cruz do Pascoal”.
Vamos trocar em miúdo como se diz popularmente a questão da coluna: é uma coluna toscana; não apresenta base e dispõe de sete módulos de altura, o fuste (1)é liso, sem caneluras (2), e o capitel (3) simples, com aneletes (4) (toros).
1) Fuste: O corpo da coluna, entre a base e o capitel.
2) Caneluras: são estrias ou sulcos verticais de secção semicircular ao longo do fuste das colunas ou pilares antigos. Na coluna dórica, são separadas por arestas vivas; na coluna jônica e na coríntia, por nervuras. A ordem toscana nunca apresenta caneluras, as quais são opcionais para as outras ordens.
3) capitel é a extremidade superior de uma coluna, de um pilar ou de uma pilastra, cuja função mecânica é transmitir os esforços para o fuste.
Coluna Toscana
Base Cruz do Pascoal
Base Toscana
Modelos de colunas
Parece que esclarecemos a matéria,
desde que ninguém é obrigado a conhecer tudo sobre arquitetura।
Outra coisa que nos intriga desde que conhecemos a
Cruz do Pascoal é o porque da própria coluna. Ninguém denomina o monumento de
Coluna do Pascoal. Sempre é Cruz do Pascoal e efetivamente a peça tem uma cruz
na sua extremidade. Pequena, mas tem.
A
pequena cruz
Em relação à coluna a cruz é quase imperceptível.
Destacados, mesmo, são a coluna e o nicho onde deveria abrigar uma imagem de
Nossa Senhora do Pilar. Estamos assim dizendo – deveria abrigar – porque não se
vê a presença da santa neste nicho. Certamente para que não a roube.
Nossa Senhora do Pilar
Há uma corrente de opinião de que a Coluna do Pascoal – permita-nos assim denominá-la- teria a pretensão de representar o Círio Pascal que no sincretismo da religião católica simboliza a Luz de Cristo que ilumina o manto material e espiritual, possibilitando a volta do reino da morte ao reino da vida, ou seja, uma nova e renovada esperança na fé cristã.
Vejam a descrição do Cirio Pascal de
pessoas que entendem do assunto:
“O Círio Pascal é uma vela grande, adornada geralmente com uma cruz, grãos de incenso, o ano atual e as letras gregas “alfa” e “ômega” que são a primeira e última letra do alfabeto grego, correspondentes à letra A e Z de nosso alfabeto. Elas significam que “Deus é o princípio e o fim de todas as coisas”.
“O Círio Pascal é uma vela grande, adornada geralmente com uma cruz, grãos de incenso, o ano atual e as letras gregas “alfa” e “ômega” que são a primeira e última letra do alfabeto grego, correspondentes à letra A e Z de nosso alfabeto. Elas significam que “Deus é o princípio e o fim de todas as coisas”.
Círio Pascoal - Velas
Postado por Historia de Salvador-Cidade Baixa às 18:57
Nenhum comentário:
Postar um comentário