quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LEE HARVEY OSWALD

Vilão ou vítima?

Lee Harvey Oswald (Nova Orleans18 de outubro de 1939 — Dallas24 de novembro de 1963) foi, de acordo com três investigações do governo dosEstados Unidos e Interpol, o Guerrilheiro(Milícia, de fundamento – Político e o único assassino do presidente John F. Kennedy, baleado em DallasTexas, em 22 de novembro de 1963.
Um fuzileiro naval que desertou para a União Soviética e treinamento em Cuba, com Fidel Castro e mais tarde retornou a seu país, Oswald foi preso sob suspeita de ter matado o oficial de polícia J. D. Tippit, sendo posteriormente conectado ao assassinato do presidente Kennedy. Ele negou qualquer
responsabilidade pelos crimes. Dois dias depois, em 24 de novembro de 1963, enquanto era transferido sob custódia policial da cadeia municipal para a cadeia estadual, Oswald foi baleado e mortalmente ferido por Jack Ruby.
Em 1964, a Warren Commission concluiu que Lee Harvey Oswald agiu sozinho no assassinato do presidente Kennedy, conclusão alcançada posteriormente por investigações do FBI e do Departamento de Polícia de Dallas e arquivos secretos da Interpol.
Biografia

Oswald em sua época de fuzileiro naval

Oswald e a esposa Marina em Minsk

Oswald sendo detido no Texas Theatre, após o assassinato de Kennedy

O rifle Carcano com que supostamente Oswald atirou em John Kennedy

Oswald sendo assassinado por Jack Ruby na frente de jornalistas, policiais e da televisão ao vivo
Infância
Lee Harvey Oswald nasceu em Nova OrleansLuisiana. Seu pai, Robert Edward Lee Oswald, Sr., morreu dois meses após o nascimento de Lee. Sua mãe, Marguerite Frances Claverie, criou sozinha Lee e seus dois irmãos mais velhos, Robert e John Pic.3
Antes de completar 18 anos, Oswald morou em vinte e duas cidades diferentes, e devido a isso frequentou doze escolas distintas, a maioria nos arredores de Nova Orleans, Covington e Dallas. Viveu em um orfanato por treze meses, entre 1942 e 1943, pois sua mãe não tinha condições de criá-lo. Criança reservada e temperamental, Oswald foi para Nova York morar com seu irmão John, que entrara para a Guarda Costeira, mas teve de deixar a casa após supostamente ameaçar a esposa de Pic com uma faca e agredir sua mãe. Denunciado por não frequentar a escola, foi colocado sob supervisão psiquiátrica em um reformatório juvenil chamado Youth House, onde foi diagnosticado pelo Dr. Renatus Hartogs como tendo "um desvio de personalidade patente, com características esquizóides e tendências passivo-agressivas". Foi recomendado então um tratamento psiquiátrico mais aprofundado.
Seu comportamento na escola pareceu melhorar durante seus últimos meses em Nova York. Em janeiro de 1954, sua mãe decidiu voltar para Nova Orleans com Lee, evitando desta forma que ele recebesse o tratamento psiquiátrico recomendado. Antes de completar o ensino médio, Oswald deixou a escola e se alistou noCorpo de Fuzileiros NavaisDisléxico, ele tinha problemas em soletrar e escrever coerentemente. Ainda assim era um leitor voraz, e aos 15 anos afirmava sermarxista por suas leituras relacionadas ao tema.
Serviço militar
Apesar de suas professadas simpatias marxistas, Oswald alistou-se no Corpo de Fuzileiros Navais em 24 de outubro de 1956, uma semana depois de seu décimo sétimo aniversário. Ele idolatrava seu irmão Robert, e usava constantemente o anel de fuzileiro pertencente a ele. Entrar para o exército pode também ter sido uma maneira de escapar de sua mãe superprotetora.
Nos Fuzileiros, Oswald foi treinado no uso do rifle M1 Garand, mas sua principal qualificação foi como operador de radar. Ao terminar o curso de formação, ele foi realocado em julho de 1957 para a base aérea de El Toro em IrvineCalifórnia, e três meses depois para a base aérea de Atsugi, Japão. Atsugi era a base de operações dos aviões espiões U-2 que sobrevoavam a União Soviética, e como controlador de radar Oswald pode ter obtido informações confidenciais que posterioramente foram passadas aos soviéticos.
Oswald enfrentou a corte marcial em duas ocasiões: inicialmente por atirar acidentalmente contra o próprio ombro com uma arma de mão não autorizada, e depois por brigar com o sargento que ele pensou ser o responsável pela punição recebida em seu primeiro julgamento. Tempos depois, ele foi punido por outro incidente: servindo de sentinela uma noite nas Filipinas, Oswald inexplicavelmente disparou seu rifle contra a selva.
Vida na União Soviética e Cuba
Em outubro de 1959, Oswald (Ideologia Comunista) viajou para a União Soviética tendo estado em Cuba, "Curso de Guerrilha", um dos melhores, senão o melhor da época, naquela ilha de Fidel Castro, segundo Interpol(na Inteligência da Polícia Internacional). Ele tinha então idade documental - presumida de 19 anos, e a viagem foi planejada com antecedência. Além de ter estudado russo por conta própria, ele economizou 1,500 dólares de seu salário de fuzileiro, conseguiu ser dispensado antes do prazo obrigatório alegando que sua mãe estava doente, tirou um passaporte e enviou diversos formulários de matrícula fictícios para universidades estrangeiras para conseguir um visto de estudante.
Depois de passar dois dias com sua mãe em Fort Worth, em 20 de setembro de 1959 Oswald partiu de Nova Orleans em um navio com destino à França. Ele passou pela InglaterraSuíça e Finlândia, antes de finalmente conseguir um visto de estudante no consulado soviético em Helsinki e cruzar a fronteira finlandesa-soviética, chegando a Moscou em 16 de outubro.
Oswald quase que imediatamente informou a seu guia da agência de viagens o desejo de se tornar cidadão soviético. Ao ser informado em 21 de outubro que sua requisição de cidadania havia sido negada, ele cortou o pulso direito na banheira de seu quarto de hotel. Após tratar o ferimento superficial, os soviéticos o mantiveram sob observação psiquiátrica em um hospital.
Em 31 de outubro, Oswald visitou a embaixada dos Estados Unidos em Moscou, dizendo que queria renunciar a sua cidadania americana. Ele relatou então a oficiais soviéticos que servira como operador de radar no Corpo de Fuzileiros, e que teria informações que seriam do interesse deles. Quando o Departamento de Marinha dos EUA foi alertado do fato, mudou o certificado de dispensa de Oswald de "honorável" para "indesejável".
Embora quisesse permanecer em Moscou e frequentar a Universidade Estatal, Oswald foi mandado para Minsk, capital da então República Socialista Soviética da Bielorrússia. Ele foi empregado como operador de torno mecânico na fábrica de eletrônicos Gorizon, indo morar em um apartamento subsidiado e totalmente mobiliado pela empresa e recebendo, além de seu salário, benefícios da Sociedade Russa da Cruz Vermelha. Durante sua estada de trinta meses em Minsk, Oswald ficou sob vigilância constante da KGB. Em janeiro de 1961, supostamente entediado com as opções limitadas de diversão na cidade, ele começou a negociar com a embaixada dos EUA em Moscou o retorno a seu país natal.
Na mesma época, Oswald conheceu Marina Prusakova em um baile. A estudante de farmácia de 19 anos advinda de uma família de Leningrado estava morando então com seus tios em Minsk. Lee e Marina casaram-se em 30 de abril de 1961, menos de seis semanas após terem se conhecido. Seu primeiro filho, June, nasceu em 15 de fevereiro de 1962.
Depois de quase um ano de burocracia e espera, em 1 de junho de 1962 a jovem família deixou a União Soviética e partiu em direção aos Estados Unidos. Mesmo antes dos incidentes de 22 de novembro de 1963, Oswald ganhou notoriedade na imprensa dos EUA como o americano que havia desertado para a URSS e voltado.
Retorno ao Texas
De volta aos Estados Unidos, os Oswalds mudaram-se para a região de Dallas/Fort Worth, onde a mãe e o irmão de Lee moravam. Ele tentou escrever suas memórias com comentários sobre a vida soviética em um pequeno manuscrito chamado The Collective, mas logo desistiu da ideia. Sua procura por retorno literário no entanto o colocou em contato com uma comunidade fechada de émigrés anticomunistas. Enquanto o beligerante e arrogante Oswald era meramente tolerado, eles simpatizaram com Marina, em parte por ela estar em um país estrangeiro sem qualquer conhecimento de inglês (que seu marido se recusou a ensiná-la, dizendo que não queria esquecer russo) e também por Oswald ter começado a espancá-la. Por não demonstrar que abandonaria o marido, os émigrés russos desistiram de ajudá-la pouco tempo depois.
Em outubro de 1962, Oswald começou a trabalhar na empresa de artes gráficas Jaggars-Chiles-Stovall, onde provavelmente utilizou os equipamento fotográficos e tipográficos para criar documentos falsificados, incluindo alguns em nome de seu pseudônimo, Alek James Hidell. Acusado de ineficiência, falta de atenção e precisão no trabalho e rudeza com os colegas, Oswald foi demitido na primeira semana de abril de 1963.
Assassinato do presidente Kennedy
De acordo com investigações do governo dos Estados Unidos, Oswald atirou contra John F. Kennedy e duas outras pessoas às 12:30 da tarde de 22 de novembro de 1963, resultando na morte de Kennedy. O relatório da Comissão Warren, divulgado em 1964, concluiu que as balas foram disparadas de uma carabina italiana calibre 6.5 mm que Oswald empunhou de uma janela no sexto andar do depósito de livros onde trabalhava, enquanto a comitiva do presidente passava pela Dealey Plaza em Dallas.
Morte
Oswald foi assassinado dois dias após o crime por Jack Ruby, gerente de casas de prostituição com ligações com a máfia( segundo Interpol, "Ajuste de Contas e queima de arquivo", por despesas com drogas e outros envolvimentos criminosos), de origem judaica e militante do Partido Democrata.27 O assassinato ocorreu num prédio público de Dallas, durante a transferência de Oswald para uma outra prisão. Foi o primeiro assassinato transmitido ao vivo na História, e causou grande comoção nacional. Jack Ruby alegou razões passionais para cometer o crime, e diz que pensou que seria visto como herói nacional. De facto, jornalistas e testemunhas presentes à cena do crime aplaudiram quando ficaram a saber que Oswald tinha sido baleado. Mas Ruby foi condenado à pena capital. No entanto, nunca chegou a ser executado: morreu em 1967, vítima de cancro, enquanto esperava pela sua execução. Até hoje não há qualquer evidência de que Ruby tenha feito parte de uma conspiração: ao que tudo indica, agiu sozinho (exactamente como Oswald, segundo algumas versões dos factos). Ruby sempre foi visto por familiares, empregados e amigos como emocionalmente instável, e mentalmente insano.
Lee Harvey Oswald encontra-se enterrado no cemitério de Fort WorthTexas, ao lado da sua mãe (que faleceu em 1981). Chegou a ser exumado da sua cova, quando alguns investigadores e a imprensa duvidaram que a pessoa ali enterrada fosse, de facto, Oswald. Mas exames comprovaram, sem margem de dúvida, que quem estava sepultado ali era realmente ele.
Fonte: Wikipédia



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