Vilão
ou vítima?
Lee Harvey Oswald (Nova Orleans, 18 de outubro de 1939 — Dallas, 24 de novembro de 1963) foi, de acordo com três investigações do
governo dosEstados Unidos e Interpol,
o Guerrilheiro(Milícia, de fundamento – Político
e o único assassino do presidente John F. Kennedy,
baleado em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963.
Um fuzileiro
naval que desertou para
a União Soviética e treinamento em Cuba, com Fidel Castro e
mais tarde retornou a seu país, Oswald foi preso sob suspeita de ter matado o
oficial de polícia J. D. Tippit,
sendo posteriormente conectado ao assassinato
do presidente Kennedy.
Ele negou qualquer
responsabilidade pelos crimes. Dois dias depois, em 24 de novembro de 1963, enquanto era transferido sob custódia policial
da cadeia municipal para a cadeia estadual, Oswald foi baleado e mortalmente
ferido por Jack Ruby.
Em 1964,
a Warren Commission concluiu que Lee Harvey Oswald agiu sozinho no assassinato do
presidente Kennedy, conclusão alcançada posteriormente por investigações
do FBI e
do Departamento de Polícia de Dallas e arquivos secretos da Interpol.
Biografia
Oswald em sua época de fuzileiro naval
Oswald e a esposa Marina em Minsk
Oswald sendo detido no Texas Theatre, após o
assassinato de Kennedy
O rifle Carcano com que supostamente Oswald
atirou em John Kennedy
Oswald sendo assassinado por Jack Ruby na frente
de jornalistas, policiais e da televisão ao vivo
Infância
Lee Harvey Oswald nasceu em Nova Orleans, Luisiana. Seu pai, Robert Edward Lee Oswald, Sr., morreu
dois meses após o nascimento de Lee. Sua mãe, Marguerite Frances Claverie,
criou sozinha Lee e seus dois irmãos mais velhos, Robert e John Pic.3
Antes de completar 18 anos, Oswald morou em vinte e duas cidades
diferentes, e devido a isso frequentou doze escolas distintas, a maioria nos
arredores de Nova Orleans, Covington e Dallas. Viveu em um orfanato por treze meses,
entre 1942 e 1943, pois sua mãe não tinha condições de
criá-lo. Criança reservada e temperamental, Oswald foi para Nova York morar
com seu irmão John, que entrara para a Guarda
Costeira, mas teve de deixar a casa
após supostamente ameaçar a esposa de Pic com uma faca e agredir sua mãe. Denunciado por não
frequentar a escola, foi colocado sob supervisão psiquiátrica em um
reformatório juvenil chamado Youth House, onde foi diagnosticado pelo Dr.
Renatus Hartogs como tendo "um desvio de personalidade patente, com
características esquizóides e tendências passivo-agressivas". Foi recomendado então um tratamento
psiquiátrico mais aprofundado.
Seu comportamento na escola pareceu melhorar durante seus últimos meses
em Nova York.
Em janeiro de 1954,
sua mãe decidiu voltar para Nova Orleans com Lee, evitando desta forma que ele
recebesse o tratamento psiquiátrico recomendado. Antes de completar o ensino médio,
Oswald deixou a escola e se alistou noCorpo
de Fuzileiros Navais. Disléxico, ele tinha problemas em soletrar e escrever
coerentemente. Ainda assim era um leitor voraz, e aos 15 anos afirmava sermarxista por suas leituras relacionadas ao tema.
Serviço militar
Apesar de suas professadas simpatias marxistas, Oswald alistou-se no
Corpo de Fuzileiros Navais em 24 de outubro de 1956, uma semana depois de seu décimo sétimo
aniversário. Ele idolatrava seu irmão Robert, e usava constantemente o anel de
fuzileiro pertencente a ele. Entrar para o exército pode também ter sido uma
maneira de escapar de sua mãe superprotetora.
Nos Fuzileiros, Oswald foi treinado no uso do rifle M1
Garand, mas sua principal
qualificação foi como operador de radar. Ao terminar o curso de formação, ele foi
realocado em julho de 1957 para
a base aérea de El Toro em Irvine, Califórnia,
e três meses depois para a base aérea de Atsugi, Japão. Atsugi era a base de operações dos aviões
espiões U-2 que
sobrevoavam a União Soviética, e como controlador de radar Oswald pode ter obtido informações
confidenciais que posterioramente foram passadas aos soviéticos.
Oswald enfrentou a corte marcial em
duas ocasiões: inicialmente por atirar acidentalmente contra o próprio ombro
com uma arma de mão não autorizada, e depois por brigar com o sargento que ele
pensou ser o responsável pela punição recebida em seu primeiro julgamento.
Tempos depois, ele foi punido por outro incidente: servindo de sentinela uma
noite nas Filipinas,
Oswald inexplicavelmente disparou seu rifle contra a selva.
Vida na União Soviética
e Cuba
Em outubro de 1959,
Oswald (Ideologia Comunista) viajou para a União Soviética tendo estado em Cuba, "Curso de Guerrilha", um dos melhores, senão o melhor da
época, naquela ilha de Fidel Castro,
segundo Interpol(na
Inteligência da Polícia Internacional). Ele tinha então idade documental -
presumida de 19 anos, e a viagem foi planejada com antecedência. Além de ter
estudado russo por
conta própria, ele economizou 1,500 dólares de seu salário de fuzileiro, conseguiu ser
dispensado antes do prazo obrigatório alegando que sua mãe estava doente, tirou
um passaporte e
enviou diversos formulários de matrícula fictícios para universidades
estrangeiras para conseguir um visto de estudante.
Depois de passar dois dias com sua mãe em Fort Worth,
em 20 de setembro de 1959 Oswald
partiu de Nova Orleans em um navio com destino à França. Ele passou pela Inglaterra, Suíça e Finlândia,
antes de finalmente conseguir um visto de estudante no consulado soviético
em Helsinki e
cruzar a fronteira finlandesa-soviética, chegando a Moscou em 16 de outubro.
Oswald quase que imediatamente informou a seu guia da agência de viagens
o desejo de se tornar cidadão soviético. Ao ser informado em 21 de outubro que
sua requisição de cidadania havia sido negada, ele cortou o pulso direito na
banheira de seu quarto de hotel. Após tratar o ferimento superficial, os
soviéticos o mantiveram sob observação psiquiátrica em um hospital.
Em 31 de outubro, Oswald visitou a embaixada dos Estados Unidos em Moscou, dizendo que
queria renunciar a sua cidadania americana. Ele relatou então a oficiais
soviéticos que servira como operador de radar no Corpo de Fuzileiros, e que
teria informações que seriam do interesse deles. Quando o Departamento de
Marinha dos EUA foi alertado do fato, mudou o certificado de dispensa de Oswald
de "honorável" para "indesejável".
Embora quisesse permanecer em Moscou e frequentar a Universidade
Estatal, Oswald foi mandado
para Minsk,
capital da então República
Socialista Soviética da Bielorrússia.
Ele foi empregado como operador de torno mecânico na
fábrica de eletrônicos Gorizon, indo morar em um apartamento subsidiado e
totalmente mobiliado pela empresa e recebendo, além de seu salário, benefícios
da Sociedade Russa da Cruz Vermelha. Durante sua estada de trinta meses em Minsk, Oswald ficou sob
vigilância constante da KGB. Em
janeiro de 1961,
supostamente entediado com as opções limitadas de diversão na cidade, ele começou
a negociar com a embaixada dos EUA em Moscou o retorno a seu país natal.
Na mesma época, Oswald conheceu Marina Prusakova em um baile. A
estudante de farmácia de
19 anos advinda de uma família de Leningrado estava
morando então com seus tios em Minsk. Lee e Marina casaram-se em 30 de abril de 1961, menos de seis semanas após terem se conhecido.
Seu primeiro filho, June, nasceu em 15 de fevereiro de 1962.
Depois de quase um ano de burocracia e espera, em 1 de junho de 1962 a jovem família deixou a União Soviética e
partiu em direção aos Estados Unidos. Mesmo antes dos incidentes de 22 de novembro de 1963, Oswald ganhou notoriedade na imprensa dos EUA
como o americano que havia desertado para a URSS e voltado.
Retorno ao Texas
De volta aos Estados Unidos, os Oswalds mudaram-se para a região de Dallas/Fort Worth, onde a mãe e o irmão de Lee moravam. Ele tentou escrever suas memórias
com comentários sobre a vida soviética em um pequeno manuscrito chamado The
Collective, mas logo desistiu da ideia. Sua procura por retorno literário
no entanto o colocou em contato com uma comunidade fechada de émigrés anticomunistas.
Enquanto o beligerante e arrogante Oswald era meramente tolerado, eles
simpatizaram com Marina, em parte por ela estar em um país estrangeiro sem
qualquer conhecimento de inglês (que
seu marido se recusou a ensiná-la, dizendo que não queria esquecer russo)
e também por Oswald ter começado a espancá-la. Por não demonstrar que
abandonaria o marido, os émigrés russos desistiram de ajudá-la pouco tempo
depois.
Em outubro de 1962,
Oswald começou a trabalhar na empresa de artes gráficas Jaggars-Chiles-Stovall,
onde provavelmente utilizou os equipamento fotográficos e tipográficos para
criar documentos falsificados, incluindo alguns em nome de seu pseudônimo,
Alek James Hidell. Acusado de ineficiência, falta de atenção e precisão no
trabalho e rudeza com os colegas, Oswald foi demitido na primeira semana de
abril de 1963.
Assassinato do presidente
Kennedy
De acordo com investigações do governo dos Estados Unidos,
Oswald atirou contra John F. Kennedy e
duas outras pessoas às 12:30 da tarde de 22 de novembro de 1963, resultando na morte de Kennedy. O relatório
da Comissão Warren, divulgado em 1964,
concluiu que as balas foram disparadas de uma carabina italiana calibre 6.5 mm que Oswald empunhou de
uma janela no sexto andar do depósito de livros onde trabalhava, enquanto a
comitiva do presidente passava pela Dealey Plaza em Dallas.
Morte
Oswald foi assassinado dois dias após o crime por Jack
Ruby, gerente de casas de
prostituição com ligações com a máfia( segundo Interpol, "Ajuste de Contas e
queima de arquivo", por despesas com drogas e outros envolvimentos criminosos),
de origem judaica e militante do Partido Democrata.27 O
assassinato ocorreu num prédio público de Dallas, durante a transferência de
Oswald para uma outra prisão. Foi o primeiro assassinato transmitido ao vivo na
História, e causou grande comoção nacional. Jack Ruby alegou razões passionais
para cometer o crime, e diz que pensou que seria visto como herói nacional. De
facto, jornalistas e testemunhas presentes à cena do crime aplaudiram quando
ficaram a saber que Oswald tinha sido baleado. Mas Ruby foi condenado à pena
capital. No entanto, nunca chegou a ser executado: morreu em 1967, vítima de cancro, enquanto esperava pela sua execução. Até hoje
não há qualquer evidência de que Ruby tenha feito parte de uma conspiração: ao que tudo indica, agiu sozinho (exactamente
como Oswald, segundo algumas versões dos factos). Ruby sempre foi visto por
familiares, empregados e amigos como emocionalmente instável, e mentalmente
insano.
Lee Harvey Oswald encontra-se enterrado no cemitério de Fort Worth, Texas, ao lado da sua mãe (que faleceu em 1981). Chegou a ser exumado da sua cova, quando
alguns investigadores e a imprensa duvidaram que a pessoa ali enterrada fosse,
de facto, Oswald. Mas exames comprovaram, sem margem de dúvida, que quem estava
sepultado ali era realmente ele.
Fonte: Wikipédia
Nenhum comentário:
Postar um comentário