Autoria
desconhecida
Mara era
uma jovem índia, filha de um cacique, que vivia sonhando com o amor e um
casamento feliz. Certa
noite, Mara adormeceu na rede e teve um sonho estranho.
Um jovem loiro e belo descia da Lua e dizia que a amava. O jovem, depois de lhe
haver conquistado o coração, desapareceu de seus sonhos como por encanto.
Passado algum tempo, a filha do cacique, embora virgem, percebeu que esperava
um filho. Para surpresa de todos, Mara deu à luz uma linda menina, de pele
muito alva e cabelos tão loiros quanto à luz do luar.
Deram-lhe o nome de
Mandi e na tribo ela era adorada como uma divindade. Pouco tempo depois, a
menina adoeceu e acabou falecendo, deixando todos amargurados. Mara sepultou a
filha em sua oca, por não querer separar-se dela. Desconsolada, chorava todos
os dias, de joelhos diante do local, deixando cair leite de seus seios na
sepultura. Talvez assim a filhinha voltasse à vida, pensava. Até que um dia
surgiu uma fenda na terra de onde brotou um arbusto.
A mãe
surpreendeu-se; talvez o corpo da filha desejasse dali sair. Resolveu então
remover a terra, encontrando apenas raízes muito brancas, como Mandi, que, ao
serem raspadas, exalavam um aroma agradável. Todos entenderam que a criança
havia vindo à Terra para ter seu corpo transformado no principal alimento
indígena. O novo alimento recebeu o nome de Mandioca, pois Mandi fora sepultada
na oca.
Extraído: Contos Covil do Orc
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